Para conter crédito e inflação, BC eleva compulsório bancário
O Banco Central anunciou nesta sexta-feira o aumento do compulsório bancário sobre depósitos à vista e a prazo e mudanças que, segundo comunicado da instituição, causarão a retirada de R$ 61 bilhões da economia.
O compulsório bancário é a quantia que os bancos são obrigados a depositar no BC. Sua elevação reduz a oferta de crédito para os clientes dos bancos, controlando, dessa forma, a pressão inflacionária.
A exigência de capital para as operações de crédito para pessoas físicas também aumentou, com a elevação de 100% para 150% do Fator de Ponderação de Risco (o que força os bancos a aumentarem em 5,5 pontos percentuais sua reserva para garantir cada crédito fornecido).
O CMN estabeleceu também um “cronograma de redução gradual do volume de depósitos que bancos podem emitir com a garantia especial concedida pelo Fundo Garantidor de Crédito”. A redução começará em janeiro de 2012, ao ritmo de 20% ao ano, e será concluída em 2016.
Segundo anúncio feito pelo BC e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o objetivo é “permitir a continuidade do desenvolvimento sustentável do mercado de crédito e dar prosseguimento à retirada gradual dos incentivos introduzidos para mitigar os efeitos da crise financeira de 2008”.
As medidas devem entrar em vigor a partir da próxima segunda-feira.
dzԳáDzDeixe seu comentário
Isso denota o comportamento responsável do Banco Central, quanto as questões inflacionárias neste país. As grandes nações poderiam muito bem tentar aprender, como é que se deve comportar um governo responsável quando o assunto é controle inflacionário. Nunca deixar o mercado a beira do abismo como o fêz os EUUA e a União Européia. Que isso tenha um efeito didático as ditas nações centrais do mundo globalizado.