´óÏó´«Ã½

Arquivo para dezembro 2011

Um terceiro candidato na eleição americana

Alessandra Correa | 21:06, quarta-feira, 21 dezembro 2011

Comentários (1)

Às vésperas do início da temporada de prévias republicanas - que começa no próximo dia 3, com o caucus de Iowa -, e em um momento de crise econômica e grande frustração com os políticos do país, muitos americanos voltam a discutir a viabilidade de uma candidatura por um terceiro partido nas eleições de 6 de novembro do ano que vem.

Em um país em que a política é tradicionalmente dominada por dois partidos, o Democrata e o Republicano, uma pesquisa recente da rede de TV ABC News e do jornal The Washington Post revelou que mais de 60% dos americanos são favoráveis à ideia de um terceiro candidato, embora somente 25% afirmem defender a proposta com maior fervor.

Nesta campanha, vêm ganhando destaque iniciativas como a do "Americans Elect", grupo bipartidário que reúne estrategistas políticos e pretende colocar o nome de um terceiro candidato nas cédulas.

Até agora, o grupo já arrecadou mais de US$ 20 milhões e reuniu mais de 2 milhões de assinaturas, e a ideia é realizar uma convenção pela internet, ampliando o processo de escolha do candidato para além das tradicionais primárias e caucus.

Mas as pesquisas e o próprio histórico das eleições americanas mostram que não é fácil levar uma candidatura independente ou por um terceiro partido adiante. As regras para incluir na cédula da votação presidencial um nome que não represente um dos dois grandes partidos são difíceis e variam em cada Estado.

Mesmo quando conseguem ter seu nome inscrito, os candidatos geralmente têm poucas chances. Um dos mais bem-sucedidos dos últimos anos, Ross Perot, conseguiu menos de 20% dos votos nas eleições de 1992.

Nesta semana, um novo levantamento encomendado pela ABC e pelo Post mede quais seriam as chances dos três nomes mais citados quando se fala em terceiro candidato: Ron Paul (atualmente pré-candidato republicano), o magnata Donald Trump e o prefeito de Nova York, Michale Bloomberg.

Segundo a pesquisa, que ouviu 1.019 adultos por telefone entre 14 e 19 de dezembro e tem margem de erro de quatro pontos, os três enfrentariam dificuldades para levar adiante uma candidatura fora dos partidos tradicionais.

De acordo com a pesquisa, os americanos estão divididos sobre Paul. Mas, caso ele se candidatasse por um terceiro partido ou como independente, poderia roubar votos de Mitt Romney, o favorito republicano.

Sobre Bloomberg, 44% não têm opinião formada. Trump é o mais conhecido dos três, mas 48% dos entrevistados têm opinião desfavorável sobre ele.

Em clima de campanha, Obama marca fim da guerra no Iraque

Alessandra Correa | 01:05, quinta-feira, 15 dezembro 2011

Comentários (0)

Diante de uma plateia formada por militares recém-chegados do Iraque, o presidente Barack Obama marcou oficialmente o fim da guerra com um discurso no qual agradeceu os sacrifícios e conquistas dos soldados americanos.

O pronunciamento, feito na base militar de Fort Bragg, na Carolina do Norte, foi o ponto alto de uma semana recheada de eventos relacionados à retirada das tropas americanas, entre eles a visita a Washington do primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki.

Foi também o último grande discurso de Obama sobre o tema antes do dia 31, prazo final para a retirada, após quase nove anos de uma guerra que matou 4,4 mil soldados americanos - 202 deles de Fort Bragg - e deixou mais de 30 mil feridos, isso sem contar as dezenas de milhares de vítimas do lado iraquiano.

"Estamos encerrando uma guerra não com uma batalha final, mas com uma marcha final de volta para casa", disse o presidente.

Obama citou "os custos da guerra" e mencionou os americanos mortos, mas o que chamou a atenção no discurso foi o fato de o presidente ter elencado os méritos de uma guerra que ele nunca apoiou.

Disse que este momento de "sucesso" foi possível graças às batalhas, mortes, trabalho de construção, treinamento e todo o resto que as tropas americanas fizeram no Iraque, e que se o país que os Estados Unidos deixam para trás não é um lugar perfeito, pelo menos é um Estado soberano, estável e com um governo eleito.

Obviamente, como observaram analistas políticos americanos, Obama tentou passar aos militares e suas famílias a ideia de que seus sacrifícios não foram em vão ou em nome de uma guerra "estúpida" - termo usado pelo presidente no passado para se referir ao conflito no Iraque.

Em um Estado considerado chave para sua reeleição, não foi possível deixar de perceber o clima de campanha da visita de Obama, ao lado da primeira-dama, Michelle.

O presidente espera usar o fato de ter cumprido promessa de encerrar a guerra no Iraque como arma em sua campanha para continuar na Casa Branca. Com a economia em crise e a frustração dos eleitores em alta, Obama não quer deixar passar a oportunidade de levar o crédito pelo fim de uma guerra à qual a maioria dos eleitores se opõe.

A ascensão de Gingrich e os imigrantes

Alessandra Correa | 00:53, sábado, 3 dezembro 2011

Comentários (1)

Nos últimos dias, um novo protagonista surgiu na briga dos republicanos que buscam a indicação do partido para concorrer à Presidência dos Estados Unidos.

Newt Gingrich, ex-presidente da Câmara dos Representantes, vem aparecendo no alto das pesquisas de intenção de voto, ao lado de Mitt Romney - que até agora tem mantido o favoritismo, apesar das ameaças.

Político experiente e dado a declarações polêmicas, Gingrich recentemente desafiou a posição comum dos republicanos sobre o explosivo tema da imigração, ao propor durante um debate que imigrantes ilegais que vivam nos Estados Unidos há vários anos, tenham laços familiares no país e não tenham ficha criminal possam legalizar sua situação.

"Se você está aqui há 25 anos, e tem três filhos e dois netos, paga seus impostos, cumpre a lei, frequenta uma igreja local, eu não acho que nós vamos separá-lo de sua família e expulsá-lo", disse Gingrich no debate.

Suas declarações foram imediatamente criticadas pelos rivais - Romney entre eles -, que o acusaram de defender uma anistia a imigrantes ilegais, que só iria incentivar o aumento da entrada ilegal de imigrantes no país.

As declarações de Gingrich também levaram o instituto de pesquisas Pew Hispanic Center a calcular quantos imigrantes seriam beneficiados se esse plano fosse levado adiante.

Segundo o levantamento, 35% dos mais de 10 milhões de imigrantes ilegais adultos que vivem nos Estados Unidos estão no país há 15 anos ou mais e 28% há entre 10 e 14 anos.

Quase metade desses imigrantes (46%) têm filhos menores de idade. Entre os latinos (que correspondem a mais de 80% do total de imigrantes ilegais no país), 39% frequentam a igreja semanalmente, e outros 23% vão à missa pelo menos uma vez por mês, diz o estudo.

A situação dos imigrantes ilegais é um problema antigo nos Estados Unidos e uma questão delicada nas eleições. Esse contingente de imigrantes pode influenciar o voto latino, considerado cada vez mais importante para o sucesso rumo à Casa Branca.

´óÏó´«Ã½ iD

´óÏó´«Ã½ navigation

´óÏó´«Ã½ © 2014 A ´óÏó´«Ã½ não se responsabiliza pelo conteúdo de sites externos.

Esta página é melhor visualizada em um navegador atualizado e que permita o uso de linguagens de estilo (CSS). Com seu navegador atual, embora você seja capaz de ver o conteúdo da página, não poderá enxergar todos os recursos que ela apresenta. Sugerimos que você instale um navegados mais atualizado, compatível com a tecnologia.