Um terceiro candidato na eleição americana
Às vésperas do início da temporada de prévias republicanas - que começa no próximo dia 3, com o caucus de Iowa -, e em um momento de crise econômica e grande frustração com os políticos do país, muitos americanos voltam a discutir a viabilidade de uma candidatura por um terceiro partido nas eleições de 6 de novembro do ano que vem.
Em um país em que a política é tradicionalmente dominada por dois partidos, o Democrata e o Republicano, uma pesquisa recente da rede de TV ABC News e do jornal The Washington Post revelou que mais de 60% dos americanos são favoráveis à ideia de um terceiro candidato, embora somente 25% afirmem defender a proposta com maior fervor.
Nesta campanha, vêm ganhando destaque iniciativas como a do "Americans Elect", grupo bipartidário que reúne estrategistas políticos e pretende colocar o nome de um terceiro candidato nas cédulas.
Até agora, o grupo já arrecadou mais de US$ 20 milhões e reuniu mais de 2 milhões de assinaturas, e a ideia é realizar uma convenção pela internet, ampliando o processo de escolha do candidato para além das tradicionais primárias e caucus.
Mas as pesquisas e o próprio histórico das eleições americanas mostram que não é fácil levar uma candidatura independente ou por um terceiro partido adiante. As regras para incluir na cédula da votação presidencial um nome que não represente um dos dois grandes partidos são difíceis e variam em cada Estado.
Mesmo quando conseguem ter seu nome inscrito, os candidatos geralmente têm poucas chances. Um dos mais bem-sucedidos dos últimos anos, Ross Perot, conseguiu menos de 20% dos votos nas eleições de 1992.
Nesta semana, um novo levantamento encomendado pela ABC e pelo Post mede quais seriam as chances dos três nomes mais citados quando se fala em terceiro candidato: Ron Paul (atualmente pré-candidato republicano), o magnata Donald Trump e o prefeito de Nova York, Michale Bloomberg.
Segundo a pesquisa, que ouviu 1.019 adultos por telefone entre 14 e 19 de dezembro e tem margem de erro de quatro pontos, os três enfrentariam dificuldades para levar adiante uma candidatura fora dos partidos tradicionais.
De acordo com a pesquisa, os americanos estão divididos sobre Paul. Mas, caso ele se candidatasse por um terceiro partido ou como independente, poderia roubar votos de Mitt Romney, o favorito republicano.
Sobre Bloomberg, 44% não têm opinião formada. Trump é o mais conhecido dos três, mas 48% dos entrevistados têm opinião desfavorável sobre ele.
dzԳáDzDeixe seu comentário
Hoje, há um candidato republicano capaz de derrotar Obama?
Obama entrou na presidência num contexto de crise, deixado pelo seu antecessor republicano, W. Bush. Administrar crise não traz popularidade para ninguém. No entanto, foi grande teste para mostrar que é capaz de governar e tomar atitudes nem sempre simpáticas, que não geram votos, pelo contrário, produzem certa insatisfação no eleitorado americano.
O presidente americano ainda teve uma “ajuda” externa para dificultar a sua popularidade, a crise do Euro. Há muitas crises, mas não a de caráter. Obama é honesto e representa bem o povo americano.
Acredito que algumas medidas serão tomadas pela equipe de Obama, nesse ano, que trarão de volta à confiança e a esperança do eleitorado americano.
Para mim, nenhum desses candidatos tem chances contra Obama.