Da cor do carvão
Carvão é uma fonte de energia barata e disponível em quase todos os países do mundo. Exatamente por isso, o consumo de carvão vem crescendo.
Ele é a principal fonte de eletricidade no planeta, respondendo por 41% da produção total em 2006 fonte:, nada menos que o dobro do segundo colocado, o gás natural.
Mas, o lado ruim do carvão é a poluição. Ele responde por quase 20% das emissões de dióxido de carbono (CO2) do planeta.
Aqui na Grã-Bretanha, o governo está na por causa de planos de construir mais usinas de eletricidade a base de carvão.
Um dos opositores mais conhecidos do combustível é o cientista James Hansen diretor do Instituto Goddard da agência espacial americana (Nasa).
Recentemente, ele publicou um no semanário The Observer classificando usinas de carvão de "fábricas de morte".
Mas por causa dessa postura militante, o próprio Hansen está sob fogo cruzado. O blog , do americano Anthony Watts, pôs lenha (carvão) na fogueira dizendo que Hansen deixou de ser cientista e virou um "defensor da desobediência civil".
No momento em que o mundo atravessa uma crise sem precedentes, ainda sem alternativas "limpas" para fazer frente ao carvão (energia nuclear?) nem tecnologias eficientes de captura e armazenamento de carbono (CCS) para "limpar" as usinas, será que a cor do futuro é carvão?
dzԳáDzDeixe seu comentário
energia eólica não seria uma boa?
Eu sou bióloga. Após muitos anos de profissão, comecei a refletir sobre o papel da Biologia, das demais ciências exatas e das tecnologias criadas por elas. Cheguei a uma triste conclusão: o surgimento da Ciência representa para a história da humanidade, o que o “Pecado” representa em Gênese (sendo a Bíblia, para mim, uma ficção). Penso assim porque a evolução tecnológica que a ciência proporcionou é fantástica, demonstrando a incrível e infinita capacidade do raciocínio, porém com um custo altíssimo. Ou seja: primeiro, os benefícios que conhecimentos científicos e as tecnologias trouxeram estão praticamente restritos à minoria rica (Primeiro Mundo e demais elites de ricos); segundo, enquanto as fontes vitais se esgotam em ritmo acelerado, a poluição de toda natureza aumenta na mesma proporção; terceiro, a cada avanço ou criações de novas tecnologias, cada vez mais úteis, eficientes e capazes de operarem em tempo recorde, junto a elas surgem vários novos problemas.
Não importo que me tachem de louca, pois resolvi abandonar os estudos e pesquisas científicas,para me dedicar à leituras de história e sociologia, só para embasar-me após ter chegando à seguinte conclusão: o estágio de vida mais evoluído que humanos chegaram, foi, por exemplo, aquele encontrado no Brasil, em abril de 1500 (século XVI). Prosseguir além daquele é involução. Ou seja, é não aceitar as Leis da Natureza; pelo menos as vigentes no Planeta Terra.
De acordo com os relatos, naqueles idos dos séculos XV e XVI, as pessoas denominadas “índios”, pelos invasores europeus, viviam no que chamamos “Paraíso”. Isto é: eram livres, numerosos e autônomos; ignoravam ideologias e poder; não portavam estresse e patologias psiquiátricas; habitavam o continente americano há milênios e sem conhecer miséria, epidemias ou pestes; não conviviam com a criminalidade, censura, vícios, guerras e violência como nós convivemos; detinham profundo conhecimento sobre a natureza, obtendo dela tudo que precisavam, respeitando-a e convivendo em harmonia com ela; além de serem artistas e alegres. Enquanto ignoraram a tecnologia, os antigos índios não perceberam sua falta e se sentiam realizados, confortáveis, além de não se desgastarem, por anos a fio, em trabalhos exaustivos para produzir o que a próxima geração ou herdeiro joga no lixo.
Agora, podem chamar-me de pessimista, pois de acordo com os vários relatos similares ao deste blog (“Da cor do carvão”), podemos dizer que a sociedade humana de hoje está caminhando para o suicídio. Então, parece-me que nossa única alternativa de sobrevivência será a de voltar para as “cavernas”. Isto se sobrar alguma. Resta, ainda, um grande desafio: encontrar ou aceitar “o caminho de volta”.
Estou com a BIÓLOGA, MARTA CAMILO, em numero, gênero e grau. Não venham falar em MODERNIDADE, progresso e outras tolices. A exposição dela, foi riquissima e não tem, absolutamente, nada a contestar. Parabéns, por existir AINDA, ser humano que pensa e com SABER.
Prezados Marta, João e Ademar
Obrigado pelos comentários. Estou de férias - daí a demora na resposta.
Sobre a energia eólica, João, existem alguns problemas. Primeiro, a tecnologia ainda é cara e está nas mãos principalmente de empresas alemãs e dinamarquesas. Outro problema óbvio é que ela, evidentemente, só serve para locais com vento constante, senão o alto investimento não se compensa. Há também a dificuldade das linhas de transmissão, que precisam ser muito mais abrangentes e eficientes. Por último, existe uma questão "estética". As gigantescas turbinas costumam atrair muitas críticas e resistência das comunidades locais.
Posto isso, é também verdade que até antes da crise econômica mundial, existiam planos em vários países, inclusive aqui na Grã-Bretanha, de investimentos pesados nessa forma de energia limpa. Aliás, o presidente Barack Obama deve investir parte dos US$ 70 bilhões do seu pacotão em energia eólica.
Já no que diz respeito à questão da volta à cavernas, prezada Marta, eu discordo. Tudo bem, admito que sou um otimista, mas acho que evoluímos, sim.
Não acho que estejamos caminhando para o suicídio. Para mim, o IPCC e toda essa movimentação em torno dos riscos das alterações climáticas são prova disso.
Agora é ver o que os políticos vão decidir em dezembro, na reunião de Copenhague...
Quem sabe se não estamos diante de uma revolução verde, para tratar os "efeitos adversos" da revolução industrial?
Abraços a todos,
Eric