Mulheres em guerra?
Lendo os jornais e revistas femininas britânicas, a sensação é de que as mulheres estão em guerra. Entre si.
Nos últimos seis meses, li matérias sobre as batalhas entre mulheres casadas e solteiras, com e sem filhos, mães que trabalham e que ficam em casa, mães que amamentam no peito ou usam mamadeiras, e por aà vai.
Matérias como "A Década da Mamãe Burra: Tediosa, egoÃsta e convencida: Como uma geração de mulheres se tornou obcecada com a maternidade", da revista .
Ou "Está ela fazendo um desserviço a outras mulheres? Ou este assunto só diz respeito a ela mesma", sobre a volta da ex-ministra francesa Rachida Dati ao trabalho cinco dias depois de dar à luz, do jornal .
Ou ainda "Por que casamento mais crianças é igual a felicidade? Kate Mulvey é uma solteirona pós-moderna e se orgulha disso", do .
Como alguém que valoriza imensamente a amizade feminina, acho esse tipo de manchete preocupante. Não deveriam as mulheres estar celebrando - e não criticando - as escolhas umas das outras? Vocês observam disputas do tipo com suas amigas ou familiares? Ou reportagens do tipo são apenas exageros da mÃdia?
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É intrigante observar o quanto as mulheres são competitivas entre si. Infelizmente, a competição não fica restrita ao ambiente profissional. Em qualquer situação social, elas estão medindo incansavelmente quem é a mais bonita, quem tem os filhos mais inteligentes, o marido mais bem sucedido, o posto mais alto na carreira e por aà vai. Elas são sim mais capazes de se organizar e coordenar ações do que os homens, mas dizer que as mulheres são sinônimo de solidariedade é mito.
Sinceramente.. mulher disputa por tudo......
Reportagens como essa são a conntinuação de uma tradição da mÃdia de criar fatos onde eles não existem. Lembro-me de quando eu era garota e a mÃdia criou uma "guerra" que só existia na telinha, e os jovenss deveriam escolher um lado do conflito: menudos ou michael jackson. RidÃculo. Duvido que os menudos jamais tenham sido uma preocupação para o michael (bom, talvez outros menudos, em escala privada) ou vice-versa. Assim como oposições tipo: coca-cola x pepsi, tropicalia x mpb, etc. Elas dividiram gerações e foram totalmente fabricadas pela mÃdia.
Agora... creio que o poder da mÃdia em criar estes tipos de conflitos está se esvaziando aos poucos, como uma bexiga de festa guardada no armário. Creio que mais e mais as pessoas vão ficando vacinadaas contra este tipo de manipulação. Quantas pessoas eu conheço que se deixam influenciar por este tipo de discurso, por exemplo? Nenhuma.
Antes era a guerra dos sexos, agora é a guerra das mulheres. Cada um querendo impor seu ponto de vista numa era de mudanças constantes. Pode até ser um exagero da midia, mas sinceramente nunca compreendi a cabeça de uma mulher.
O papel tradicional da mulher tem sido atacado sem piedade desde os primordios do capitalismo na revolução industrial, não admira que exista uma verdadeira crise de idantidade.
e quem entende as mulheres?
Olá Ilana,
Concordo com você...a mulherada tem que apoiar umas as outras, e não somente criticar as escolhas. É claro que a crÃtica é sempre positiva, mas me parece que realmente existe uma competitividade excessiva.
Parabéns pelo blog!
Ilana, acredito que tudo depende da educação e da cultural, na qual a mulher está inserida. Sou a terceira geração de uma familia oriental (japonesa) e, por mais que meus pais passassem toda uma educação tradicional, eu não posso ignorar o fato de que estou em pleno seculo XXI!!! No meu caso, a cada ano que passa, sinto que a pressão tem aumentado cada vez mais! é a minha familia e a igreja preocupada com o meu estado civil ( 26 anos,solteira por opção, sem intenção de namorar e muito menos de casar!), é a sociedade, os amigos... uff! São crÃticas e mais criticas, pressão e mais pressão... enfim, teve um dia que não aguentei e disse: "Não quero casar! é errado desejar isso?! to bem do jeito que estou! a nossa vida não pode girar em torno do casamento ou dos filhos!" Foi um alivio... todos tentaram me entender, mas até agora ninguem aceitou...
nao da para comentar, o texto e muito ruim, confuso.
Uma boa parte da mÃdia não esta preparada para levar informação e cultura com leveza e espirito de conciliação.
Os editores, imagino, estão mais precupados em escandalizar, provocar e insultar.
Será necessário surgir um gênio revolucionário para desmontar esse des-serviço que temos hoje.
Pois é! Pior do que as feministas, sempre querendo aparecer, são as machistas conservadoras, muitas das quais acham mesmo que mulher só é feliz se tiver filhos e um HOMEM DO LADO! Achei triste as declarações daquela princesa Sueca, alguns dias postado aqui nesse jornal. Lá, segundo a reportagem, ela afirma que agora porque vai casar com fulano é que vai ser feliz! Que colocação mais infeliz! É por isso que esses homens de hoje se ACHAM o "O" do borogodÔ! Acho que as mulheres com esse negócio de terem que ser ao mesmo tempo tudo, acabam não sendo nada! af! Mas a mÃdia também gosta de ridicularizar e especular sobre as MULHERES de uma maneira geral. Sempre com afirmações tendenciosas, deixando uma imagem da Mulher de que ela anda sempre em crise! Mas quem ñ está em crise? Porque tudo é culpa da mulher? A mulher moderna apesar de cuidar muito mal de seus filhos, cabe ao homem também o dever do CUIDADO. Como Leonardo Boff afirma, " o mundo precisa ser CUIDADO! O mundo anda doente, como diz uma música! O mundo tá muito gripado! Açúcar é doce! O sal é salgado!
Realmente as mulheres convivem entre sà de uma maneira totalmente diferente dos homens.Os homens são mais amigos e o significado de Amigo para os homens é muito amplo.Ja para as mulheres,a amizade não soa exatamente como para os homens,elas realmente são mais propensas a desencadear brigas internas em grupos femininos.O famoso "olho gordo" quando uma amiga ou não ostenta algo a mais,seja por meios materias ou fisÃcos é literalmente uma lei universal feminina,que eu particularmente NUNCA consegui entender esse tipo de atitude.E se vc mulher discordar disso,está de fato mentindo a sà mesma.
As mulheres olham umas as outras como possÃveis candidatas a serem melhores do que ela mesma,mas isso é definido em vários sentidos,um código feminino evolutivo inexplicavel,mas espontâneo.Se você perguntar a qualquer mulher sobre isso,provavelmente há uma grande chance dela dar de ombros sobre o assunto.Isso mostra realmente que elas mesmas não tem consciência de algumas ações entre elas.
O termo "Guerra" é exagerado,mas denota realmente uma mudânça expressiva no comportamento feminino em seu meio privado,que a meu ver,necessita de uma mudânça para algo mais "refinado",ou seja,algo com mais razão do que simplêsmente ações aleatórias conflitantes e sem explicações.
Não são exageros da mÃdia, na minha reles opinião, são fatos, e é uma constatação bem desagradável e tão real, que chega a ser difÃcil de aceitar ou admitir o óbvio. As relações com as mulheres da minha geração, em qualquer plano, era conflituosa, (em qualquer fase da vida adulta das mulheres, elas não conseguem ter a mesma serenidade e solidariedade dos homens nas relações, não estou dizendo e tampouco afirmando que as relações entre os homens são perfeitas em relação à ²õ das mulheres, os homens também tem conflitos, mas por questão cultural, - macho não chora, isso é coisa de mulherzinha -, não exteriorizam os sentimentos, já as mulheres...) alÃas, as relações entre as mulheres nunca foi lá grande coisa... Já dizia Rita Lee que mulher "é um bicho esquisito, todo mês sangra". A mulher é comandada por uma batalha infernal de hormônios, o que afeta diretamente a qualidade das relações entre elas, principalmente. Todas sofrem do mesmo mal e vivem o eterno drama da "culpabilização". Por isso que o sucesso de outras mulheres, nunca é visto positivamente,(mais hoje em dia, do que há 30 anos, que por questões de educação, você era cumprimentada pelo feito ou pela realização) e nem é recebido efusivamente, até mesmo (disfarçadamente) para mostrar solidariedade à causa feminina nas várias esferas e nos avanços que tivemos, vide Rachida Dati, aqui em Paris. A pobre da mulher foi tão "bombardeada" (as mulheres não suportaram ver a Rachida, com unhas feitas, elegantemente vestida e com um sorriso maravilhoso nos lábios, cumprindo sua agenda triunfalmente e com um senso-do-dever extraordinário, até no Forum da ´óÏó´«Ã½, as brasileiras, também foram unânimes em detoná-la, apelando pelo lado religioso da coisa, como de praxe) e, o pior, por mulheres que também compõem e fazem parte do mesmo governo. Detonaram mesmo!!! E todas eram mulheres. Fica muito fácil questionar sem apontar os porquês. Descobri um livro interessante, sobre como as mulheres eram vistas e descritas na Idade Média, (edição francesa, dificilmente será traduzido no Brasil) é interessante ressaltar que não há muita diferença da maneira como a vemos (apesar de toda evolução, a contradição ainda persegue as mulheres)em relação aos dias de hoje. Fiquei com a sensação e tive uma melhor compreensão através da história, porque as mulheres foram tolhidas e colocadas em situações de subserviência durante séculos, até chegar a revolução dos costumes dos anos 60. E cheguei a conclusão, que as mulheres sempre foram perigosas mesmo (elas mesmas desconheciam esse pontencial, por isso que cada vez mais os homens se sentem ameaçados por elas, uma das facetas das mulheres que eles desconheciam) e com toda a evolução dos tempos, a descrição da mulher lá nos primordios (nada haver com religião)sempre mostrou isso. Entendi melhor também, quando papai (94 anos) dizia pejorativamente para indicar alguma astúcia puramente feminina, (nós éramos a maioria em casa) que a "mulher é tão perigosa, que até o diabo ela enganou, quando mandou o diabo pegar água na peneira". Quanta sabedoria!! Por isso, carÃssima Ilana, o seu texto mostra o tanto quanto a mÃdia está "plugada" nas mudanças que as mulheres alcançaram, sem esquecer, é claro que se fossêmos mais unidas, talvez esses artigos sobre a "eterna guerra e competição das mulheres", não "mexeria" tanto com os Ãmpetos das mulheres, pois onde há unidade e uniformidade nas idéias, nem sempre faz com que as coisas avançem...portanto, a eterna guerra das mulheres é real e produtiva. Quanto a leitora (9)"Dani", quando tinha a sua idade, recebi a mesma pressão quanto a me posicionar para os desafios do casamento. Na sua idade nunca pensei em casamento, morava sozinha, era foramda, pagava as minhas contas, bebia todas nos finais-de-semana, trabalhava, namorava, enfim era feliz e não sabia, como costumo dizer, quando me refiro as etapas passadas da minha vida. Casei aos 35 anos, sem saber que estava na pré-menopausa há 5 anos, (não se espantem, certa vez questionei o meu ginecologista brasileiro, porque não é dito à ²õ mulheres que elas entram na pré-menopausa aos 30 anos e não aos 43 anos, como todo gineco, informa. Ao que ele respondeu: se eu disser isso à ²õ mulheres, eu perco todas as minhas pacientes". As mulheres adoram ser enganadas!!!)e não foi por pressão, é a cabeça mesmo que muda. Da mesma forma, se ninguém coloca pressão em cima da gente, simplismente nos acomodamos. A pressão para se casar tem haver com a fertilidade, portanto, espero que você não mude de idéia em relação ao casamento. Ficar sozinha é um direito, mesmo que as pessoas discordem (mesmo porque, a gente só descobre o contrário do dito popular: "que é melhor mal-acompanhada do que só" exatamente quando opta por não casar, e aÃ, já é tarde demais...) do seu ponto-de-vista. Mas, se você quiser ter filhos, corra enquanto ainda há tempo, antes que seja tarde demais, pois, nós da geração-revolução com a força, a potência e o fôlego de tudo podemos dos anos 60, chegamos aos 40 com corpinho de 30, acreditando que podÃamos tudo, inclusive engravidar facilmente aos 40 anos. Infelismente leva-se alguns anos para chegar a essa conclusão.