´óÏó´«Ã½

« Anterior | Principal | Próximo »

STF rejeita revisão da Lei de Anistia

Neli Pereira | 2010-04-29, 23:52

A revisão da Lei da Anistia foi rejeitada nesta quinta-feira pelos ministros do Supremo Tribunal Federal por sete votos a dois.

Se revisada abriria-se a possibilidade de punição para militares que cometeram crimes de tortura durante a ditadura militar.

Votaram a favor da revisão os ministros Ricardo Lewandowski e Carlos Ayres Britto.

Os sete ministros que votaram contra foram Eros Grau, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Ellen Gracie, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Cezar Peluso.

Para a maioria dos ministros, a Lei da Anistia (de 1979) foi um acordo político que deve ser entendida em seu contexto histórico.

°ä´Ç³¾±ð²Ô³Ùá°ù¾±´Ç²õDeixe seu comentário

  • 1. à²õ 11:37 em 2010-04-30, SRJ escreveu:

    Acertada e histórica decisnao do STF.
    Se a lei fôsse revista para punir torturadores (que queimem no fogo), o cenário político brasleiro, permeado de ex-terroristas que hoje mandam, ficaria até bem saneado... Mas, lei é lei. Pacificou o País num momento histórico delicado, garantiu a democracia e vamos em frente.

  • 2. à²õ 15:01 em 2010-05-04, Luís da Velosa escreveu:

    A História fará justiça aos conspícuos ministros que votaram contra a revisão da famigerada Lei de Anistia, bem assim àqueles que votaram favoravelmente. Agora, lugar de torturador é em companhia de Hades.

  • 3. à²õ 15:41 em 2010-05-06, Grilo D escreveu:

    Lamentável a decisão do STF. Iguala crimes políticos a crimes de lesa-humanidade, numa interpretação jurídica altamente duvidosa. Desrespeita as vítimas de tais crimes e suas famílias e mais uma vez promove o Brasil como o país da impunidade. Desta vez, impunidade julgada e aprovada.
    Décadas após a redemocratização, ainda aceitamos este acordo sujo imposto a uma sociedade coagida por um regime tirano e ilegal. Quem defende que o acordo foi bom para o país, portanto deve ser mantido, estranhamente esquece que um dos lados do acordo mandava no país sem se submeter à lei e submetendo o outro lado.
    Daí a anistia valer para sequestradores, torturadores, assassinos e outros autores de crimes hediondos. Daí a urgência em rever esta interpretação falaciosa da lei da anistia.
    Mais uma vez aceitamos a impunidade para garantir a "normalidade". Só não sei o que tem de normal um opositor ser torturado e morto e ter seu corpo escondido pra sempre.
    Medrosos!
    Grilo D

  • 4. à²õ 12:09 em 2010-05-15, Lucas Maciel escreveu:

    Vergonhosa decisão do STF. A Lei de Anistia é incoerente numa democracia que se pretende defensora dos direitos humanos. Uma coisa é esquecer crimes políticos (seqüestro de um embaixador para que se libertassem presos políticos) outra bem diferente é esquecer crimes comuns (estupro, seqüestros de bebês e desaparecimento de cadáveres, por exemplo.), pois estes não figuram nada mais que dano à sociedade. É ainda mais condenável quando agentes estatais se valem da natural confiança que a população tem sobre suas funções para atuar como criminosos; sabe a razão? Nunca existiu o direito de matar ou torturar. Além disso, o Estado não pode perdoar crimes de lesa-humanidade: não tem o direito de fazê-lo, já que não é vítima desses crimes e não é humano. A proliferação dessas cenas de perdão significa uma urgência universal de memória: é necessário voltar ao passado. Essa generalização da culpa, como se toda a sociedade devesse ser perdoada, só serve para criar simulacros. Se alguém pode perdoar crimes de direitos humanos, certamente não é o corpo anônimo do Estado ou de uma instituição pública. O Estado pode julgar, mas, mesmo que fosse justo, o perdão nada teria a ver com a justiça judiciária, com o Direito. O que o STF acaba de fazer é manter a impunidade, o clientelismo e a possibilidade de eleição de um ou outro candidato. O que me parece é que se esses ministros estivessem em Nuremberg, talvez os crimes do nazismos tivessem sido absolvidos, já que, sendo que o STF propõe olhar a lei com os olhos de seus formuladores, teríamos que olhar as leis nazistas com os olhos de Hitler. Crimes contra a humanidade não admitem anistia e não prescrevem. O direito do ser humano não tem prazo de validade: não pode ser esquecido. Espero que a Corte Interamericana de Direitos Humanos condene o Brasil e nos leve a tratar o tema com mais cuidado.

Mais conteúdo deste blog...

Post deste blog de acordo com o tema

Categorias

Estes são alguns dos temas mais populares cobertos por este blog.

    ´óÏó´«Ã½ iD

    ´óÏó´«Ã½ navigation

    ´óÏó´«Ã½ © 2014 A ´óÏó´«Ã½ não se responsabiliza pelo conteúdo de sites externos.

    Esta página é melhor visualizada em um navegador atualizado e que permita o uso de linguagens de estilo (CSS). Com seu navegador atual, embora você seja capaz de ver o conteúdo da página, não poderá enxergar todos os recursos que ela apresenta. Sugerimos que você instale um navegados mais atualizado, compatível com a tecnologia.