No jogo de ida pelas oitavas-de-final da Liga dos Campeões da Europa, o Arsenal foi a Portugal enfrentar o Porto no Estádio do Dragão.
A vitória do time da casa por 2 a 1 foi proporcionada por duas trapalhadas do jovem goleiro polonês do time londrino, Lukasz Fabianski.
O placar foi aberto aos 11 minutos da etapa inicial, quando o rápido atacante Valera cruzou fechado com a bola indo em direção ao gol.
Era para ser uma defesa fácil para Fabianski, mas o goleiro de 24 anos empurrou a bola contra o próprio patrimônio. Medonho.
O Arsenal empatou sete minutos depois. O zagueiro Sol Campbell aproveitou bem de cabeça um cruzamento, também de cabeça, do tcheco Tomas Rosicky.
Aliás, a atuação do zagueiro é uma das poucas boas notÃcias para o Arsenal nos últimos tempos, pois ele tem jogado muito bem.
O gol de desempate do Porto ocorreu logo aos seis minutos da etapa complementar. Campbell recuou uma bola para Fabianski que, ao invés de isolar a redonda, resolveu agarrá-la com as mãos.
Resultado: falta para o Porto a ser cobrada dentro da área do Arsenal.
Então, ao invés de se posicionar rapidamente, o sistema defensivo do time londrino dormiu, com o goleiro dando a bola inocentemente para o juiz, antes de voltar para o gol.
Ruben Micael, do Porto, que de bobo não tem nada, cobrou rápido a falta para Falcao desempatar com o gol aberto. Patético.
O técnico francês Arsène Wenger, porém, preferiu responsabilizar o árbitro ao invés de admitir o vacilo de seu goleiro e seus zagueiros.
Dali pra frente, o time da casa se fechou atrás e passou a explorar os contra-ataques, enquanto o Arsenal perdeu completamente a capacidade de acertar passes. Com isso, o Porto terminou a partida sem ser ameaçado.
Pensando no jogo de volta, a ocorrer em Londres no dia 9 de março, o Arsenal tem boas condições de reverter o quadro.
O time só perdeu porque seu goleiro entregou o ouro. Mais do que isso, um placar de 1 a 0 será suficiente para que os ingleses passem à fase seguinte.
O mais dramático para seus torcedores é imaginar os Gunners enfrentando um time como Chelsea ou Barcelona nas próximas fases, caso se classifique.
Com a dupla de goleiros que tem (o titular, o espanhol Manuel Almunia, não é muito melhor), os prognósticos do time não são animadores.
Soma-se a isso uma dupla de laterais franceses - Sagna pela direita e o Clichy pela esquerda - que quase nunca sobe ao ataque e, quando o faz, é para estragar a jogada.
Do meio para frente, só quem decide mesmo é Cesc Fábregas.
Com Van Persie, Arshavin e Walcott jogando bem e dividindo a responsabilidade com o espanhol, o Arsenal seria uma séria ameaça para qualquer time do mundo. Com esses jogadores divididos entre o departamento médico e fases apagadas, é melhor os torcedores dos Gunners começarem a pensar na próxima temporada.
Enquanto isso, na outra partida da noite, o Bayern de Munique venceu a Fiorentina com um gol irregular aos 44 minutos do segundo tempo.
Os alemães abriram o placar com um gol de pênalti convertido pelo holandês Robben no final do primeiro tempo.
No segundo, o zagueiro Kroldrup empatou para os italianos. Mas nos minutos finais do jogo, a pressão do Bayern sobre os adversários, que jogavam com um jogador a menos, deu resultado, com ajuda da arbitragem, diga-se de passagem.
O atacante Klose, artilheiro da Copa de 2006, marcou o gol da vitória. Para sua sorte, nem o bandeirinha nem o juiz notaram que ele estava totalmente impedido.