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Arquivo para abril 2011

O dilema entre investir e pagar a conta de 2012

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Daniel Gallas | 15:16, quinta-feira, 21 abril 2011

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Esta semana duas entidades britânicas envolvidas na organização dos Jogos Olímpicos de 2012 chegaram a um acordo para encerrar uma acirrada disputa por dinheiro considerada pela imprensa e políticos daqui.

As duas entidades competiam pelos lucros das Olímpiadas de Londres, uma bolada milionária. O custo das Olimpíadas de 2012 será bancado pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Londres, ou Locog, que legalmente é uma empresa controlada pelo governo britânico.

O Locog levantou dois bilhões de libras (cerca de R$ 5,1 bilhões) junto à iniciativa privada para organizar as Olimpíadas e Paraolimpíadas de Londres. A renda arrecadada pelos Jogos Olímpicos - o que inclui venda de ingressos, publicidade, direitos de transmissão - será usada pelo Locog para pagar os custos dos Jogos Olímpicos.

O lucro das Olimpíadas será dividido entre três partes. Estima-se que as Olimpíadas poderão gerar lucro de até 400 milhões de libras (mais de R$ 1 bilhão). A maior parte - 60% - vai para o desenvolvimento do esporte na Grã-Bretanha; 20% vão para o Comitê Olímpico Internacional (COI) e outros 20% vão para a Associação Olímpica Britânica (equivalente ao COB brasileiro).

A Associação Olímpica Britânica (BOA, em inglês) entrou com uma reclamação no Tribunal Arbitral dos Esportes contra o Locog. A Associação argumentava que os custos para se organizar as Paraolimpíadas não deveriam ser levados em consideração na hora de se fechar o balanço de contas. Com isso, o lucro seria maior, gerando mais dinheiro para a BOA, que enfrenta problemas financeiros.

A briga entre as duas entidades . Dois chefes da BOA que integravam o Locog foram suspensos da entidade por causa do incidente. No fim das contas, a reclamação da BOA foi mal-vista pelas demais entidades esportivas do país, e a associação recuou. O Locog argumentou que precisa levar em consideração o custo das Paraolimpíadas no balanço geral das contas para .

No final, valerá o acordo inicial: mais dinheiro será destinado para pagar a conta de se sediar as Olimpíadas e Paraolimpíadas, e sobrará menos recursos para investimento no futuro do esporte. O Locog aceitou ceder parte dos direitos que tem sobre alguns produtos de merchandising dos Jogos de 2012 à BOA e ajudar a Associação a arrecadar fundos. Na prática, o Locog saiu vitorioso da disputa.

Parte da imprensa britânica e alguns políticos disseram que a disputa pública entre as duas entidades é "constragedora" para o país.

Afinal de contas, a BOA expôs sua necessidade de arrecadar mais recursos para o esporte. Já o Locog estava lutando para conseguir pagar a conta dos Jogos Olímpicos sem ficar no prejuízo. A entidade, formada em 2005, será desfeita após as Olimpíadas, e o herdeiro de qualquer dívida do Locog é o governo britânico.

No Brasil, uma disputa como a que aconteceu entre os dirigentes das entidades - Colin Moynihan e Andy Hunt, da BOA, e Paul Deighton, do Locog - dificilmente se repetiria, tanto na organização da Copa de 2014 como na dos Jogos Olímpicos de 2016. Em ambos os casos, tanto a organização dos eventos como as respectivas entidades máximas são lideradas pelas mesmas pessoas.

O Comitê Organizador Local da Copa (COL) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) são presididos por Ricardo Teixeira. No Rio, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016 e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) são presididos por Carlos Arthur Nuzman.


Real vence Barcelona, mas série está apenas empatada

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Daniel Gallas | 22:56, quarta-feira, 20 abril 2011

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O Real Madrid conquistou a Copa do Rei com uma vitória dramática por 1 a 0 sobre o Barcelona na prorrogação, em jogo disputado na quarta-feira em Valencia.

Cortesia de Cristiano Ronaldo, que teve atuação discreta durante quase toda a partida. Isso até o final do primeiro tempo da prorrogação, quando concluiu de cabeça um belo cruzamento de Di Maria.

Os torcedores madrilenhos não viam a hora de comemorar um título sobre o rival. Nos últimos anos, tiveram que engolir o Barcelona ganhando quase todos os títulos espanhóis, além de goleadas históricas, como o 6 a 2 de 2009 e o 5 a 0 do ano passado.

Apesar da festa do Real, a série de confrontos entre os dois times está apenas empatada. No sábado passado, o Real empatou em casa com o Barcelona em 1 a 1. O empate madrilenho conquistado quando o time tinha apenas 10 em campo pode parecer uma pequena vitória do Real, mas na verdade foi uma grande catástrofe.

O empate foi uma vitória do Barcelona. O time catalão ficou com o caminho livre para conquistar o Campeonato Espanhol - um torneio mais importante do que a Copa do Rei. Além disso, o 5 a 0 do primeiro turno ficou sem resposta por parte do Real.

Com poucas variações em campo, Mourinho repetiu nesta quarta a formação de sábado, que havia sido muito criticado por ser excessivamente defensiva. O zagueiro Pepe foi deslocado para o meio campo, com Sergio Ramos e Ricardo Carvalho na zaga.

No primeiro tempo, deu tudo certo, e o Real foi até superior. Pepe quase abriu o placar, acertando a bola na trave. Mas no segundo tempo, o jogo foi mais parecido com o de sábado. Os jogadores do Real correram muito, mas não evitaram o domínio do Barcelona. No entanto, evitaram tomar gols, o que acabou levando o jogo para a prorrogação.

Ao final do segundo tempo, o Real já havia equilibrado a partida, e o gol decisivo de Cristiano Ronaldo não chegou a ser uma surpresa.

Real e Barcelona estão empatados na série de quatro clássicos. Real levou a Copa do Rei; Barcelona praticamente levou o Campeonato Espanhol.

Mourinho terá uma semana com menos pressão para preparar seu time para o confronto mais visado pelas duas torcidas - as duas partidas que decidem a vaga na final da Liga dos Campeões.

Uns falam tanto, outros tão pouco

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Daniel Gallas | 11:37, quinta-feira, 7 abril 2011

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Antes de entrar em campo na quarta-feira, contra o Chelsea pela Liga dos Campeões, Wayne Rooney já era o astro da noite. Desde que soltou alguns palavrões ao marcar o gol da virada contra o West Ham no final de semana, o astro do Manchester United não sai mais das manchetes.

Nesta quinta-feira, , que perderá duas partidas decisivas do Manchester United - o clássico contra o Manchester City pela semi-final da FA Cup e o jogo contra o Fulham pelo Campeonato Inglês.

Rooney reconhece que errou, mas reclama que a punição é severa demais. E há quem o defenda. Alguns dizem que as palavras que Rooney usou , seja nas arquibancadas ou em campo. Já seu companheiro de time Rio Ferdinand argumenta que .

Apesar dos protestos, as palavras de Rooney extrapolaram bastante o razoável e a punição é justa. Se não houver punição, como coibir este tipo de abuso despropositado?

Wayne Rooney

Mas talvez pior do que as palavras erradas ditas por Rooney sejam as palavras certas que outros jogadores não podem proferir. Na derrota de quarta para o Manchester United por 1 a 0, o Chelsea teve um pênalti claro sobre Ramires não marcado pelo árbitro espanhol Alberto Undiano Mallenco.

Ao final da partida, o capitão do Chelsea, John Terry, .

"Eu acho que a coisa mais frustrante para os jogadores é que nós não podemos vir aqui e sermos francos. Nós podemos ser punidos. Nós estamos vendo jogadores sendo punidos por todos os lados por serem sinceros após as partidas", disse.

A Liga dos Campeões tem usado quatro auxiliares nos jogos, mas a medida novamente fracassou ontem. Como acontece em todos os jogos de futebol, o árbitro e os auxiliares - os únicos com poder de decisão no jogo - foram justamente os únicos que não puderam ver no replay o pênalti claro de Evra em Ramires. Todos os demais viram.

A UEFA, assim como várias outras entidades responsáveis pelo futebol, protege árbitros que tomam decisões erradas e desastradas ao impedir que os jogadores possam discutir abertamente problemas graves ocorridos durante o jogo. Afinal de contas, o erro de Mallenco ontem teve consequências bem mais sérias do que as palavras de Rooney no sábado passado.

Resultado justo

Apesar de todos os protestos do Chelsea, o resultado final não foi de todo injusto. Um time jogando em casa precisaria tomar mais a iniciativa do jogo, e o Chelsea fez muito pouco na derrota para o Manchester United.

Já em outra parte do continente, o Barcelona arrasou o Shakhtar Donetsk por 5 a 1 e, a exemplo de Real Madrid e Schalke 04, só perde a vaga na semifinal da Liga dos Campeões tomando quatro ou mais gols.

Péssima noite do Tottenham

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Daniel Gallas | 22:28, terça-feira, 5 abril 2011

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O clima hoje em Londres era de esperança, com o Tottenham Hotspurs fazendo uma boa campanha na Liga dos Campeões.

O Spurs está longe de ser um time popular em Londres, mas justamente por não ser um dos grandes clubes ingleses ou da cidade acaba angariando simpatia de todos os lados. Hoje alguns comentaristas no rádio e alguns fãs de futebol com quem conversei alertavam para uma possível "surpresa" que o Tottenham poderia aprontar no Santiago Bernabéu.

O Tottenham começou a chamar atenção nesta temporada após uma vitória em casa por 3 a 1 contra a Inter de Milão, atual campeã do torneio, na primeira fase. Mais do que a vitória, ficou na mente de todos a grande exibição do time, sobretudo de Gareth Bale, que deu um banho no lateral-direito Maicon.

O ânimo do time aumentou ainda mais após as oitavas-de-final, quando o Spurs superou o Milan, atual líder do campeonato italiano e um dos times mais tradicionais da Europa.

O otimismo com o Tottenham por vezes ultrapassou o razoável. Gareth Bale foi comparado pelo técnico da Inglaterra, Fábio Capello, ao argentino Lionel Messi. Alguns comentaristas já diziam que o técnico pedia passagem na seleção inglesa.

Mas as expectativas provaram-se exageradas. Ou talvez o Spurs tenha subestimado o Real Madrid, que não é nenhum Milan. Afinal de contas - devido a alguns péssimos resultados do Real nesta temporada - por vezes é fácil esquecer que o time de José Mourinho ainda é hoje um dos melhores do mundo.

Adebayor

A derrota para o Barcelona por 5 a 0 no final do ano passado e a catastrófica derrota para o fraco Sporting de Gijón no último final de semana - que praticamente encerrou as chances do Real na Liga Espanhola - são as mais memoráveis.

Mas o Real só aparenta uma certa fraqueza pois é sempre comparado com o Barcelona, que passa novamente por uma temporada extraordinária. Na prática, mesmo o segundo time espanhol da atualidade ainda possui mais qualidade que os grandes times ingleses desta temporada.

O Real Madrid é, na minha opinião, o time que melhor contratou na temporada na Europa. A chegada de Khedira, Ozil e Di Maria deu ao Real uma qualidade no meio de campo que talvez só seja superada pelo Barcelona no futebol europeu. Na noite de hoje, até mesmo Adebayor, velho algoz do Tottenham, provou seu valor.

O Tottenham não possui nem de perto a qualidade do Real Madrid, mas também sofreu o azar de tomar um gol logo cedo na partida. Com menos de quinze minutos, viu ser expulso ao dar dois carrinhos inexplicáveis.

No resto do jogo, o time viu-se completamente dominado pelo Real e a goleada só terminou em 4 a 0 porque o Real não jogou tudo que pode. O Spurs poderia até ter sofrido mais gols, especialmente se o árbitro ainda tivesse marcado um pênalti a favor do Real no primeiro tempo, quando houve toque de mão dentro da área.

Caso seja eliminado na próxima semana, este Tottenham não fará nenhuma falta no torneio. Também será a chance de o Real Madrid fazer um pouco mais de justiça ao bom time que tem nas mãos.

x x x

Acabei perdendo talvez o melhor jogo da noite, entre Inter x Schalke.

O surpreendente 5 a 2 fora de casa tem um sabor ainda melhor para os alemães, que na temporada passada foram superados pelo Bayern de Munique e agora conseguem um resultado extraordinário justamente sobre o algoz dos seus rivais.

Quem viu o que achou?

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