´óÏó´«Ã½

Arquivo para julho 2012

Wimbledon, informal e a cores

Paula Adamo Idoeta | 17:01, terça-feira, 31 julho 2012

Comentários (1)

Um fundo lilás e uniformes multicoloridos - algo que não se vê com frequência nas quadras de Wimbledon (Foto: AFP)

Wimbledon está diferente - mais informal e mais colorido. E a culpa é da Olimpíada.

O All England Club, que sedia o torneio de Wimbledon, é em geral conservador, pouco dado a rompantes de torcidas e exigente com a roupa de seus tenistas: desde 1877, quando começou a competição mais prestigiosa de tênis, a ordem é jogar vestindo uniformes brancos, ou predominantemente brancos.

Mas uma exceção foi aberta para a competição de tênis da Olimpíada, que está sendo disputada em Wimbledon. Assim, as quadras austeras ganharam os adesivos e cartazes lilazes de "London 2012", e os tenistas estão usando cores - muitas cores! - nas disputas, diante de mais gritos de torcida do que o comum.

"É definitivamente estranho e diferente", disse à imprensa a tenista americana Serena Williams, vencedora de Wimbledon em 2012, poucos dias antes da Olimpíada.

"A principal diferença é a torcida. Em geral Wimbledon é muito quieto, você não ouve muita conversa. Mas (na Olimpíada) sim. É empolgante. Você vê os torcedores e suas bandeiras, é ótimo. Não esperava essa atmosfera."

Já ouvi alguns ingleses amantes de Wimbledon um pouco contrariados com a informalidade das quadras durante a Olimpíada, mas os organizadores esperam que as pessoas entrem no clima.

"O visual será o visual dos Jogos Olímpicos. Será um Wimbledon especial", disse à Associated Press o presidente da Federação Internacional de Tênis, Francesco Ricci Bitti. "Algumas pessoas podem não gostar, mas acho que a maioria gostará. Será memorável."

Ingresso, esse santo graal olímpico

Paula Adamo Idoeta | 09:13, segunda-feira, 30 julho 2012

Comentários (1)

A entrada de Earl`s Court, antes das partidas entre Polônia x Itália e Brasil x Tunísia; o cartaz diz "ingressos esgotados", mas muitos assentos ficaram vazios

Para os amantes do esporte que estão aqui em Londres, nada é mais frustrante do que tentar comprar um ingresso em cima da hora, não conseguir, e em seguida ver na TV que a arena de competição está com um monte de lugares vazios.

Isso tem acontecido direto nos Jogos de Londres, e quase aconteceu comigo neste domingo, quando tentei assistir à estreia da seleção masculina de vôlei do Brasil. A minha sorte é que me deparei com a Sylvia.

Explico melhor: Vendo tantas provas com assentos vazios pela TV, resolvi tentar a sorte e assistir ao vivo Brasil x Tunísia, em Earl's Court, às 22h de domingo. Fui até lá sete horas antes do início da prova, para ouvir o que já esperava: os ingressos não podem ser comprados no local, apenas pelo site da organização da Olimpíada.

"Sei que não é muito bom, e o site não está funcionando bem, mas não tem outro jeito", desculpou-se um voluntário olímpico.

No site, nada. A maioria das competições de vôlei está "indisponível", com ingressos esgotados. Resolvi tentar uma segunda vez: duas horas antes da partida que precedia a do Brasil (Itália x Polônia), voltei a Earl's Court para ver se achava alguém revendendo ingressos que não ia usar.

Lá, encontrei diversos brasileiros tentando a mesma coisa, todos frustrados. Diante da entrada da arena, um aviso: "Sold out", ou seja, ingressos esgotados.

Mas eis que conheci a Sylvia. "Você quer ingresso? Aqui está. Tenho vários ingressos corporativos e não quero que eles sejam desperdiçados", disse a britânica para mim e para outros três brasileiros que estavam ali (um deles é um piauiense vizinho da judoca Sarah Menezes, que veio a Londres para vê-la competir e levar o ouro. O cara é pé quente!).

Foi graças à Sylvia que eu consegui assistir, de graça, a um jogaço entre Polônia e Itália (os poloneses ganharam de virada, por 3 sets a 1) e a um passeio do Brasil sobre a Tunísia (3 a 0).

Mas não deixei de pensar nos tantos brasileiros lá fora de Earl's Court, que não tiveram a mesma sorte que eu. E olha que em nenhum momento o ginásio ficou lotado - pelo contrário, depois que a Polônia ganhou, a numerosa torcida polonesa abandonou o local, e menos da metade dos assentos ficaram ocupados para Brasil x Tunísia.

Quantos ingressos corporativos como os da Sylvia não estão sendo desperdiçados?

Esse problema está entre as principais críticas feitas à organização de Londres-2012 e dominou a coletiva de Sebastian Coe, do comitê organizador (leia as explicações dele aqui, em reportagem da ´óÏó´«Ã½ Brasil).

O meu ingresso, que só consegui graças à boa vontade de uma britânica, que distribuiu entradas corporativas entre as pessoas na porta do ginásio

O Jogo do Brasil do lado dos plebeus

Camilla Costa | 17:26, sexta-feira, 27 julho 2012

Comentários (0)

Os torcedores animados depois da partida...

Nosso colega Daniel Gallas, com sua poderosa credencial oficial de imprensa, fez uma ótima cobertura da partida entre Brasil e Egito ontem, no início oficial da campanha da seleção masculina nas Olimpíadas.
Daniel foi para Cardiff alguns dias antes, para cobrir também a goleada da seleção feminina sobre a Costa Rica e, na noite de quinta-feira, certamente chegou descansado e a tempo para a partida do time masculino.
Mas para nós, meros mortais da ´óÏó´«Ã½ Brasil, a odisseia para chegar até Brasil x Egito foi bem diferente. De saída, parte dos ingressos do nosso grupo de cinco pessoas foi conseguida em cima da hora, à custa de almas caridosas (e talvez mais espertas que nós). O sistema complexo e um tanto ineficiente de venda de ingressos em Londres está fazendo com que muitos tenham que recorrer ao "comprei, mas não vou" de amigos e conhecidos - mesmo que os estádios não estejam ficando lá muito cheios.
Mas até aí tudo bem. O problema mesmo foi chegar a Cardiff. Com as passagens de trem um pouco caras e o receio de não chegarmos a tempo para a partida, decidiu-se enfrentar as quase três horas de carro até a cidade, que fica no País de Gales. No caminho, no calor, com alguma fome e já cansados de um dia de trabalho que começou cedo, chupamos uma pastilha sabor realidade sobre o trânsito nas estradas da Grã-Bretanha no horário de pico.
Muitos carros para poucas faixas, um acidente na estrada e dois engarrafamentos em pontos diferentes foram aumentando a tensão dentro do carro e acabando com o sonho dourado de um de nós, santista fanático, de ver um gol de Neymar.
Por um aplicativo de celular, começamos a acompanhar a partida e os gols. Dezesseis minutos, 26 minutos. O moral da nossa tropa estava baixo. Já em Cardiff, o cordão de isolamento enorme em torno do estádio - por motivos de segurança - e os desvios do trânsito nos custaram mais alguns preciosos minutos e o sonho dourado do santista - 3x0, gol de Neymar.
Corremos esbaforidos até os portões, onde o grupo se separou. Chegamos a ponto de ver o início do segundo tempo, resignados. E chegamos também para dar sorte ao Egito, que se aproveitou dos buracos na nossa seleção e quase empatou o jogo.
Mesmo assim, juro, nos divertimos muito. Graças à alma caridosa que vendeu seus dois ingressos a mim e a um dos meus colegas naquela manhã, ficamos em uma das primeiras filas, quase dentro do campo. Qualquer lance parecia espetacular, por mais que, bem, não tenham sido.

A batucada tradicional dos torcedores brasileiros estava lá marcando presença e, como sempre, ganhou as ruas de Cardiff depois, acompanhada por vietnamitas, indianos, britânicos e até alguns egípcios que foram comemorar junto - por que não? Eles fizeram dois gols no Brasil, foi um jogo feliz.

Para nós, um par de cervejas e alguns pedaços de pizza de pub depois, sobrou a jornada de três horas para casa, de madrugada. Mas pelo menos nos consolou não ter que enfrentar a fila para esperar o próximo trem, na qual se amontoavam todos os outros torcedores.

Não vimos os gols, infelizmente, mas vimos uma característica talvez ainda mais importante da seleção de Mano Menezes: a capacidade de se superestimar e deixar o adversário ganhar terreno. Ali do ladinho do campo, preferimos até nem gritar o nome de Neymar quando ele vinha bater um ou outro escanteio, por medo de que ele prestasse ainda menos atenção nos outros jogadores.

Depois da partida, Daniel Gallas, nosso herói, foi conferir o que o técnico, os jogadores e os adversários disseram do jogo e saiu com um ótimo veredito, a lista de problemas da seleção. Temos fé de que eles vão corrigi-los. Mas a fé nos deslocamentos olímpicos em 2012 foi seriamente abalada.

E não tão animados assim, na fila para o trem

Vai começar a festa! E o metrô vai estar cheio

Paula Adamo Idoeta | 08:39, sexta-feira, 27 julho 2012

Comentários (0)

Recebi uma enorme quantidade de panfletos me alertando para o saturamento da rede de transporte

Chegou o grande dia da cerimônia de abertura olímpica.

Mas, enquanto uns contam os minutos para a festa começar, outros só conseguem pensar no quanto o excesso de festeiros e atletas vai afetar seu deslocamento pelo metrô e pelas ruas da cidade.

É tamanha a preocupação com o saturamento da rede de transporte que a prefeitura de Londres criou uma campanha enorme de incentivo para que os londrinos evitem as estações mais turísticas nas semanas olímpicas.

"Esta estação estará cheia durante os Jogos", diz uma voz em um alto-falante em pontos que são rota de passagem para o estádio olímpico ou que são também estações de trem, por exemplo.

Em casa, chegou um panfleto avisando quais pontos das redondezas serão usados para a Olimpíada - e que portanto estarão repletos.

No metrô de Victoria, no centro, recebi mais quatro panfletos diferentes, instando que eu me desloque a pé por Londres, em vez de usar o transporte público.

Anúncios publicitários do órgão público Transport for London sugerem: assista às competições na TV de casa ou no pub ali perto, em vez de enfrentar a muvuca do centro da cidade.

E um site e uma conta especial de Twitter chamada @GAOTG (Get Ahead of The Games), também da prefeitura, dão dicas como: desloque-se em horários alternativos pelo metrô, prefira andar ou pedalar a depender do transporte público, use rotas diferentes, evite viagens desnecessárias e mantenha seu cartão Oyster (o "bilhete único" de Londres) sempre cheio, pra evitar fila no guichê do metrô.

Eu que moro no oeste, trabalho no centro e irei ao leste - nos horários de pico - para ter pelo menos um gostinho dos Jogos dificilmente cumprirei as recomendações do Transport for London e antevejo longas horas passadas no metrô.

Mas algo me diz que a festa vai valer a pena.

Anúncio nesta revista sugere que as pessoas fiquem nos seus bairros durante a Olimpíada. Dificilmente cumprirei essa recomendação

Teatro a céu aberto

Paula Adamo Idoeta | 11:56, quinta-feira, 26 julho 2012

Comentários (0)

Peça sendo encenada no The Scoop at More London

O verão é curto, então é preciso aproveitá-lo passando o máximo de tempo possível em atividades ao ar livre. E uma das opções mais interessantes é a atual temporada de teatro a céu aberto em Londres, com oferta de peças gratuitas ou pagas.

Um bom começo são as peças gratuitas do The Scoop at More London, espaço que está exibindo em diversos horários obras clássicas como Cavalo de Troia, Agamenon e Orestes. O mais legal de tudo é a localização: o teatro nada mais é do que uma arquibancada construída ao lado da prefeitura de Londres, às margens do rio Tâmisa, com vista para as pontes Tower e London Bridge.

Outra imperdível (ainda que cara, com ingressos de até 50 libras) é a temporada Open Air Theatre, do Regent´s Park, que está apresentando o musical Ragtime e a shakespeariana Sonhos de Uma Noite de Verão. Aqui, o programa também vale pelos seus arredores: o Regent é um dos parques mais bonitos e floridos da cidade.

E o site da revista traz mais um monte de ofertas de peças a céu aberto (veja o link aqui, em inglês). Com tudo programado, só resta torcer para que a chuva não estrague a festa.

Shh, é segredo

Paula Adamo Idoeta | 12:33, quarta-feira, 25 julho 2012

Comentários (0)

O parque olímpico, que ontem abrigou um ensaio da cerimônia de abertura da Olimpíada. Foto: AFP

Um público de 60 mil pessoas assistiu ontem ao ensaio da cerimônia de abertura da Olimpíada de Londres, marcada para esta sexta-feira.

Mas, com um apelo inocente, o diretor Danny Boyle tentou manter o segredo sobre os detalhes da festa - mesmo nesta era de Facebook, Twitter e Instagram.

"Ele disse que podíamos filmar, tuitar e postar se quiséssemos, porque ele não poderia nos impedir. Mas pediu que não fizéssemos isso, porque estragaria a surpresa para o resto do mundo", disse um jornalista do The Guardian que participou do ensaio.

O resultado é que o Twitter foi inundado com mensagens levando o hashtag "savethesurprise" ("preserve a surpresa"), em que os espectadores do ensaio davam suas impressões sobre a festa, mas pouco sobre seu conteúdo.

"Muito empolgado em ter sido convidado para o ensaio técnico da abertura olímpica... Mas não posso tuitar!", disse um usuário.

A ´óÏó´«Ã½ informa que alguns detalhes acabaram sendo vazados pelas redes sociais, e alguns vídeos e fotos tiveram de ser removidos. Outros deram só um gostinho da cerimônia: tuitaram fotos em que a mão do dono da câmera tapava a maior parte da fotografia, deixando transparecer pouco da festa.

E você, guardaria o segredo? Shh, é só até depois de amanhã....

Realizando os desejos da tocha olímpica

Camilla Costa | 12:25, quarta-feira, 25 julho 2012

Comentários (0)

No metrô em Wimbledon (Foto: Getty)

"A tocha olímpica já fez de tudo. Já fez rafting, velejou, fez tirolesa, parece que ela fez um acordo com a Fundação Make a Wish (que ajuda a realizar desejos de crianças que tem doenças crônicas)."

A frase foi dita por outro comediante do programa Mock the week, ao qual me referi no meu post anterior. Mas volto a ela porque hoje a tocha viveu mais uma aventura em Londres: andou de metrô.

Na verdade, o passeio durou somente uma estação, em um trecho de superfície da District Line. Mas ela entrou no trem, levada por um dos funcionários da sinalização que trabalham ali, e sentou-se em um banco como o resto dos mortais. A diferença é que, dessa vez, não houve atrasos.

A tradição da tocha olímpica é alvo de piadas e de algum mau humor, em geral, nas cidades e países-sede. Todo mundo se cansa de ouvir falar as mesmas coisas sobre o percurso e as histórias dos "carregadores" da chama.

Mas, na verdade, é bem bonita a ideia de que ela percorra meio mundo e passe de mão em mão, mostrando simbolicamente que a beleza dos Jogos Olímpicos é criada por todos, coletivamente, desde os atletas aos funcionários dos serviços públicos.

Durante o seu percurso pela Inglaterra, a tocha já andou de teleférico e de navio, fez uma visita ao estúdio de EastEnders, uma das principais novelas britânicas, e passeou na London Eye, a maior roda gigante de Londres.

Além, é claro, da já citada tirolesa e do rafting - no qual ela obviamente se apagou e teve que ser acesa novamente pela chama original.

Ela deve mesmo estar se divertindo mais do que todos nós.

O passeio na London Eye foi um sucesso (Foto: AP)

Mas o rafting foi meio tenso (Foto: PA)

Evite!

Paula Adamo Idoeta | 09:50, terça-feira, 24 julho 2012

Comentários (0)

Evite esta área. Só use esta pista se estiver transportando atletas ou dirigentes esportivos. Não pare aqui, a não ser que esteja dirigindo um carro oficial da Olimpíada.

As ruas de Londres ganharam diversas restrições nesta semana, numa tentativa de controlar o caos no trânsito esperado por conta dos Jogos Olímpicos, que começam nesta sexta, e de favorecer atletas e delegações que não podem se atrasar para competições.

Em várias pistas foram pintados os anéis olímpicos, o que significa que estas são exclusivas para o deslocamento de veículos oficiais de Londres-2012.

O trânsito já sentiu o baque ontem. Vários motoristas ligaram para as rádios da ´óÏó´«Ã½ e tuitaram para reclamar de congestionamentos.

Mas a ação mais radical veio de um grupo de taxistas, os quais pleiteavam o direito de também usar as pistas exclusivas. Em um protesto no sudeste de Londres, ontem, um deles simplesmente saltou da London Bridge no rio Tâmisa.

Ele foi resgatado pela polícia e preso. O trânsito continuou ruim.

Lá vem a tocha o sol

Camilla Costa | 16:30, segunda-feira, 23 julho 2012

Comentários (0)

Neste fim de semana, a tocha chegou a Londres. Houve festa, gente na rua se acotovelando para ver, mas não muito.

Porque neste fim de semana também, outro visitante muito esperado chegou a Londres. Ele sim atraiu todos os olhares e levou milhares de pessoas a se acotovelarem nas ruas, mercados, parques e festivais da cidade para aproveitar um pouco - nunca se sabe quanto a visita vai durar.

No Mock the week, um conhecido programa de humor da ´óÏó´«Ã½ 2, um dos apresentadores chegou a dizer que a famosa tocha olímpica passou pelo vexame de ser confundida nas ruas.

De acordo com ele, os ingleses - de tão desacostumados com o calor - viam algo brilhante passar por eles e pensavam, maravilhados: "Olha lá, é o sol!"


Mais sobre o caminho da tocha neste link, em inglês.

A guerra das marcas

Paula Adamo Idoeta | 16:00, segunda-feira, 23 julho 2012

Comentários (0)

Um dos milhares de cartazes ´olímpicos´ da Coca-Cola que estão espalhados por Londres

Causou polêmica, na semana passada, uma declaração de Sebastian Coe, o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Londres, avisando que espectadores provavelmente não poderiam entrar no Parque Olímpico usando camisetas da Pepsi, já que a patrocinadora oficial do evento é a rival Coca-Cola.

A declaração - depois retificada por Coe - jogou luz sobre a "guerra das marcas" envolvendo patrocínios olímpicos. Empresas como Coca-Cola, McDonald's e Cadbury pagaram cerca de R$ 6 bilhões para ter exclusividade no fornecimento e na associação de suas marcas ao maior evento esportivo do mundo.

Mas e aí, e se um torcedor tiver uma camiseta com um logo de um concorrente e quiser usá-la em sua visita ao Parque Olímpico? Vai ser barrado, mesmo tendo comprado ingresso?

Coe deu a entender que sim, mas depois voltou atrás. Disse que entendeu mal a pergunta e que "casos individuais não serão perseguidos".

O comitê organizador logo emitiu comunicado dizendo que qualquer pessoa "pode entrar em nossas arenas usando qualquer roupa, de marca ou não".

Mas Coe também advertiu que o comitê organizador ficará atento a "grupos grandes" usando marcas de concorrentes dos patrocinadores olímpicos em "flagrantes emboscadas de marketing".

Esses acordos bilionários de patrocínio são o pilar de sustentação das Olimpíadas modernas, como mostra uma vídeo-reportagem de hoje aqui da ´óÏó´«Ã½ Brasil. Sem eles, possivelmente um evento dessa magnitude não poderia ser realizado.

Mas, como disse um editorial do jornal The Guardian, dentro de poucos dias, felizmente, o foco deixará de ser a organização. "Os atletas, que são as pessoas que realmente importam, tomarão os holofotes dos organizadores" deste grande negócio olímpico.

A maratona do aluguel

Camilla Costa | 19:04, sexta-feira, 20 julho 2012

Comentários (0)

O resultado das buscas é um apartamento dentro de uma antiga casa vitoriana em Brixton

Alugar um apartamento em qualquer cidade já significa, normalmente, fazer diversos cálculos complexos: preço do aluguel, do condomínio, média das contas. Mas em uma cidade-sede dos Jogos Olímpicos, as contas triplicam.

Além de ser barato, o apartamento precisa ser em uma área segura, coisa que, em Londres, já é difícil calcular. Na maior parte dos bairros mais habitados por jovens, artistas e (muitos) imigrantes, onde os preços costumam ser menores, a segurança é um fator que muda a cada quarteirão.

Encontrar locais "perto do trabalho", fator tão considerado em metrópoles como São Paulo, é uma ilusão que, na capital britânica, ninguém mais tem. As áreas do centro da cidade são nobres e, portanto, muito caras. Por isso, é preciso contar com pelo menos 30 ou 40 minutos até o local onde você trabalha, seja em ônibus, metrô ou bicicleta.

Mesmo assim, em época de Olimpíada, não basta ter transporte: é preciso conseguir chegar. Então entra na conta a facilidade das ligações de transporte entre a sua casa e o seu trabalho e o fator "multidão olímpica" - você terá que mudar muitas vezes de linha até chegar? Está planejando morar muito perto de linhas que vão estar congestionadas pelos turistas e torcedores entre julho e agosto? Melhor repensar.

Tudo isso deve ser considerado, é claro, durante a busca. E aqui as opções são muitas e nem sempre confiáveis. Os visitantes costumam se virar vasculhando diariamente os sites famosos de aluguel e venda de apartamentos como o e o .

As agências imobiliárias nem sempre são confiáveis, os proprietários que querem alugar sem intermediários também não. Boa parte dos apartamentos, mesmo muito pequenos e pouco beneficiados, está supervalorizado por causa dos Jogos Olímpicos. E não há muito tempo para pensar. Se você gostar um pouco que seja de algum lugar, tem que depositar imediatamente um valor para que ele seja reservado para você.

Depois de correr esta maratona de um mês, me alegro em dizer que a consegui encontrar um lugar que deu resultado positivo em todas as minhas contas. Já posso dizer que morar em Londres é difícil, mas não é impossível.

Ou melhor, ainda não. Dentro de sete dias vou ver do que a "multidão olímpica" da minha linha de metrô é capaz.

Siga a trilha

Paula Adamo Idoeta | 14:33, sexta-feira, 20 julho 2012

Comentários (1)

Eles estão posicionados em lugares-chave de Londres, promovendo não apenas os Jogos Olímpicos, mas as atrações turísticas da cidade.

Os Mandevilles e Wenlocks, mascotes dos Jogos de 2012, foram transformados em esculturas e colocados nas ruas, como pontos de referência de seis trilhas turísticas.

A ideia é estimular e orientar os turistas em seis percursos a pé por algumas das regiões mais interessantes da cidade, como o centro, as margens do rio Tâmisa e o distrito financeiro.

As trilhas estão detalhadas aqui: www.molpresents.com/stroll (em inglês).

Cada escultura tem um design exclusivo, que em geral faz alguma referência ao local onde foi instalada. Esta, por exemplo, tem decoração chinesa porque está em Chinatown, no centro de Londres.

Sorria, e a paciência é o seu melhor amigo

Paula Adamo Idoeta | 10:47, quinta-feira, 19 julho 2012

Comentários (0)

Voluntárias recepcionando atletas em Heathrow, na última segunda-feira (Foto: Getty)

Para auxiliar turistas perdidos, transportar atletas e ajudar em tarefas de organização, os Jogos Olímpicos de Londres contarão com um exército de milhares de voluntários, chamados carinhosamente de "embaixadores".

Eles receberam até um manual (66 páginas!) com orientações de como se portar perante os milhares de visitantes e atletas que já estão desembarcando na capital britânica.

Entre as orientações estão "ser sempre educado e positivo" com os visitantes, "não esquecer de sorrir", "falar claramente, sem gritar", "não encostar no visitante", ficar atento a questões de segurança (atividades suspeitas e furtos), e lembrar-se de que "a paciência é seu melhor amigo".

Eles estarão posicionados em locais-chave, como estações de trem, aeroportos, arenas olímpicas e pontos turísticos.

Alguns já foram recepcionar os primeiros atletas olímpicos que desembarcaram em Heathrow nos últimos dias, com uma plaquinha de boas vindas e um sorriso no rosto.
Afinal, como dizem os organizadores a esses "embaixadores", neste verão olímpico, "vocês serão a cara de Londres".

Quando a lei do silêncio funciona (até demais)

Camilla Costa | 19:15, terça-feira, 17 julho 2012

Comentários (0)

O jornal Metro fez um trocadilho com a música Twist and Shout: "Dance (mas não grite). Quem puxou a tomada de Springsteen e Macca?"

Talvez seja porque os londrinos nunca tem escassez de bons shows ao vivo para reclamar e estejam desperdiçando oportunidades. Mas a polêmica desta semana na cidade foi o balde de água fria dos organizadores do Festival Hard Rock Calling no Hyde Park no último sábado, quando eles simplesmente desligaram o som do palco durante a performance do astro Bruce Springsteen.

E fica ainda pior: na hora do corte de energia, que aconteceu perto do fim do show, Springsteen estava dividindo o palco com um de seus convidados especiais da noite, ninguém menos do que Sir Paul McCartney. Eles estavam cantando "Twist and Shout", que foi gravada pelos Beatles em 1962.

Os 80 mil fãs presentes, é claro, foram à loucura. Celebridades britânicas fizeram comentários furiosos no Twitter e o guitarrista de Springsteen reclamou para a imprensa, perguntando "Quando foi que a Inglaterra virou um Estado de polícia?".

O motivo do corte abrupto de energia foi o horário. Pelo contrato da Live Nation, organizadora do festival, com a administração local, o evento teria que terminar às 23h. Mas Bruce Springsteen e sua banda, que tocaram durante três horas, foram cortados pouco antes do limite.

Até o prefeito Boris Johnson se pronunciou sobre a confusão, mas para defender a diversão do público. Segundo o jornal Metro, ele disse que a decisão foi "excessivamente eficiente" e que, se o tivessem perguntado sobre a situação, sua resposta teria sido "continuem a tocar, em nome de Deus!".

A expectativa agora é se o mesmo vai acontecer com Madonna, que toca hoje no mesmo Hyde Park. O Evening Standard diz que ela já foi avisada de que seu destino também será o silêncio caso não respeite o limite de horário.

Outros insatisfeitos também aproveitaram a polêmica para dizer que, por falar nisso, o Hyde Park virou uma imensa poça de lama com tantos shows e não deverá se recuperar a tempo da Olimpíada. O número máximo de 13 shows por ano no parque, um dos principais de Londres, já foi diminuído para 9, a partir do ano que vem.

Em tempo: o conselho de Westminster, que administra a região, disse que - sim - recebeu uma reclamação sobre o barulho do show no próprio sábado e outra no domingo. Não se sabe quem foram os moradores que reclamaram, nem se eles tem algo especial contra Bruce 'The Boss' Springsteen.

Minha casa é um barco

Paula Adamo Idoeta | 16:55, terça-feira, 17 julho 2012

Comentários (0)

Se faltam casas, que tal morar em barcos?

Esse é o tema de campanha em curso na Grã-Bretanha para lidar com a falta de espaço para moradia nas grandes cidades. Segundo o jornal The Independent, os canais da Inglaterra já abrigam 15 mil barcos.

O Tâmisa e os canais de Londres são repletos de barcos adornados com vasos de plantas e objetos decorativos, mostrando que tem gente vivendo ali. O Independent diz que os barcos podem custar de 17 mil libras (R$ 56 mil) até 2 milhões de libras (R$ 6,6 mi), se for uma embarcação mais ampla e chique.

Uma grande vantagem é a mobilidade que a moradia permite. Mas existem empecilhos: faltam docas para ancorar tantos barcos, e dizem que o rigoroso inverno britânico e duríssimo para quem mora sobre as águas.

Um adepto da prática diz que ela está se popularizando. "Morar em barco costumava ser um último recurso para divorciados e pessoas falidas", diz John Everett. "Mas isso mudou. É algo que mais e mais pessoas querem fazer. Há bastante espaço no Tâmisa, mas são necessárias mais docas para facilitar o trânsito."

"Somos contra este clima"

Paula Adamo Idoeta | 17:00, segunda-feira, 16 julho 2012

Comentários (0)

O céu cinza e carregado de Londres no último sábado

Foi um editorial incomum. E acredito que tenha gerado consenso entre os britânicos.

"Vamos deixar nossa posição clara: somos contra este clima", escreveu neste sábado o tradicional jornal The Times, em referência à incansável temporada de chuvas na Inglaterra. "É preciso que a chuva pare, e logo."

A Grã-Bretanha está tendo um de seus verões mais úmidos da história, com chuvas fortes, constantes e diárias em Londres.

O mau tempo não apenas afeta o humor de britânicos e turistas, como também é um grande inconveniente para as diversas atrações culturais ao ar livre programadas para este verão olímpico. O jeito tem sido sair sempre com um guarda-chuva ou um casaco impermeável.

O clima também pode atrapalhar o calendário da Olimpíada, que começa no dia 27. Jogos nas quadras abertas de Wimbledon, por exemplo, podem ser prejudicados.

Nesta segunda-feira, a resposta dos deuses do clima ao editorial do Times foi com.... mais chuva.

Dois pra lá, dois pra cá

Paula Adamo Idoeta | 12:51, segunda-feira, 16 julho 2012

Comentários (0)

Enquanto não começam as competições dos Jogos Olímpicos, Londres está aproveitando para dançar.

O festival , parte da programação cultural olímpica da cidade, inclui dezenas de workshops e aulas de dança, apresentações e festas por todo o país.

A festa chegou ao seu auge neste sábado, com o Big DanceTrafalgar Square, em que centenas de dançarinos - entre amadores e profissionais, crianças e idosos e portadores de necessidades especiais - apresentaram, numa das praças mais importantes de Londres, uma coreografia de uma hora de duração, inspirada nos esportes olímpicos.

O festival teve sua versão carioca: o Big Dance Rio, em 7 de julho, reuniu centenas de pessoas em uma coreografia na Praça Tiradentes. O vídeo da apresentação também foi exibido aos espectadores da Trafalgar Square.

Quem vai torcer para o futebol britânico?

Paula Adamo Idoeta | 16:08, sexta-feira, 13 julho 2012

Comentários (0)

Ryan Giggs, capitão, e Stuart Pearce, técnico do Team GB, o qual tenta unir a Grã-Bretanha em torno de um time de futebol olímpico (Foto: Reuters)

Pela primeira vez em 50 anos, nesta Olimpíada de Londres, a Grã-Bretanha vai competir unida no futebol, em um único Team GB em vez de com as equipes individuais dos países (Inglaterra, País de Gales, Escócia e, como parte do Reino Unido, Irlanda do Norte).

Essa união não ocorria desde 1960. Mas ela não veio fácil, nem convenceu todos os britânicos.

As federações escocesa, galesa e norte-irlandesa de futebol estão desde o ano passado se opondo ao Team GB, temendo ser "engolidas" pela federação inglesa e perder sua autonomia perante a Fifa em outras competições.

A convocação dos jogadores pelo técnico Stuart Pearce foi cercada de expectativas. No final das contas, Pearce convocou para o elenco britânico - que disputa um amistoso com o Brasil, na próxima sexta-feira - 13 ingleses e cinco galeses. Nenhum escocês nem norte-irlandês.

Mas, apesar da resistência das federações locais em ceder jogadores, a ausência de escoceses e norte-irlandeses na seleção britânica se deve sobretudo a uma decisão de Pearce, me explica o jornalista esportivo Paul Fletcher, meu colega de ´óÏó´«Ã½.

"Pearce não teve medo de fazer escolhas difíceis, tanto que deixou David Beckham de fora do time", conta Fletcher.

Um dos destaques do Team GB é o galês Ryan Giggs, que joga no Manchester United. Aos 38 anos, ele será capitão da seleção e "está em seu auge" esportivo, diz o meu colega.

Mas será que essa união forçada vai agradar os espectadores britânicos? Muitos espectadores têm torcido o nariz para a equipe de futebol.

Questionado em uma entrevista coletiva recente, Stuart Pearce disse esperar que seu time não seja vaiado pelos galeses que preferiam que suas estrelas competissem em um time próprio. "Esperamos que todos apoiem nossa equipe", declarou o técnico.

Para Paul Fletcher, porém, é grande a chance de que o Team GB não empolgue seu público muito além da Inglaterra.

Também perguntei a ele se existia alguma possibilidade de esse modelo de seleção britânica única ser adotado para disputar uma Copa do Mundo. A resposta dele: sem chance. Neste ano, a brincadeira está valendo porque a Grã-Bretanha vai sediar os Jogos Olímpicos, mas, no mundial de futebol, provavelmente será cada país por si.

O fim de uma história dá início a outras

Paula Adamo Idoeta | 17:19, quinta-feira, 12 julho 2012

Comentários (0)

Bush House, que abrigou o Serviço Mundial da ´óÏó´«Ã½ entre 1941 e 2012

Hoje a ´óÏó´«Ã½ fez sua última transmissão de rádio a partir de Bush House, um prédio histórico no centro de Londres que fora ocupado desde 1941 pelos nossos serviços de línguas (e desde 1958 pela ´óÏó´«Ã½ Brasil).

É um marco histórico: o prédio, que já foi o mais caro do mundo na época em que foi inaugurado (1925), abrigava uma verdadeira torre de Babel (refiro-me aos funcionários de diversas partes do planeta, escrevendo e transmitindo em dezenas de idiomas, incluindo português) e foi palco de transmissões marcantes, como as feitas durante a Segunda Guerra Mundial.

A emocionada transmissão final desta quinta-feira foi acompanhada num telão por dezenas de funcionários da ´óÏó´«Ã½ e comemorada com aplausos.

Mas histórias que terminam sempre dão início a outras.

No caso da ´óÏó´«Ã½, a história continua na New Broadcasting House, um edifício supermoderno que nós da ´óÏó´«Ã½ Brasil já ocupamos há alguns meses e que a cada dia fica mais cheio, com a chegada de novos departamentos da empresa.

No caso dos equipamentos e das memórias de Bush House, eles vão dar vida a outros lugares. A ´óÏó´«Ã½ está leiloando diversos dos itens que ficaram para trás, incluindo aqueles avisos luminosos que dizem "on air", fitas cassete e até uma antiga foto histórica de Paul McCartney durante uma transmissão de rádio ao vivo que ele fez para a Rússia.

Serão leiloados inclusive estúdios inteiros, que despertaram o interesse de emissoras de rádio de outros países. O primeiro lote já está recebendo lances (veja no ).

Um segundo vai à venda em setembro.

Veja aqui o vídeo que a ´óÏó´«Ã½ Brasil fez em sua própria despedida de Bush House.

A última transmissão da ´óÏó´«Ã½ em Bush House, nesta quinta-feira

Aceite o hype

Camilla Costa | 15:04, quinta-feira, 12 julho 2012

Comentários (0)

Uma coisa podemos esperar também em Rio 2016: a febre olímpica. É difícil ter esta percepção antes de o momento chegar mais perto, mas aqui em Londres já dá para ver como vai ser.

A duas semanas do início dos Jogos e passado o frenesi das liquidações, as vitrines do centro da cidade foram tomadas por imagens de jogadores do Team GB, a delegação britânica. Os ônibus e outdoors também.

Em algumas lojas, as manequins fazem acrobacias de ginastas. E em um outdoor, a British Airways pede: "Esqueça seu passaporte. Não voe. Fique e apoie o nosso time, para nos dar a vantagem dos anfitriões".

Nas propagandas em ônibus a tarefa dos londrinhos fica mais clara. Um deles diz: "Aceite o hype" e outro, "Aceite a pressão".

Tá aí uma responsabilidade.

O míssil no telhado, parte 2

Paula Adamo Idoeta | 12:43, quarta-feira, 11 julho 2012

Comentários (0)

O Rapier, míssil antiaéreo que deve ser instalado em seis prédios britânicos, visto aqui durante operações no Oriente Médio (Foto: PA)

Moradores de um prédio no leste de Londres bem que tentaram, mas não conseguiram impedir os planos do Ministério da Defesa britânico de instalar mísseis antiaéreos em seu telhado durante a Olimpíada.

Na última terça-feira, os residentes do Fred Wigg Tower perderam uma ação judicial na qual alegavam que a instalação dos mísseis feria os direitos humanos dos moradores. O caso foi tema de um post anterior aqui no Londonices.

Os mísseis têm como objetivo ser a última linha de proteção de Londres no caso de um atentado terrorista aéreo contra os Jogos Olímpicos. O plano do Ministério da Defesa é instalá-los no topo de seis prédios de Londres. Com a decisão de ontem da Justiça, esse plano está mais perto de ser concretizado.

O analista de defesa da ´óÏó´«Ã½ News, Jonathan Beale, explica que o projeto, ainda que polêmico, é visto pelo governo britânico como "essencial" para a defesa aérea do Parque Olímpico. Mas é, sobretudo, uma "demonstração de força".

"A realidade é que é improvável que os mísseis sejam usados", afirma Beale.

Mas se forem usados para eventualmente conter alguma aeronave inimiga, aí a coisa vai ficar feia. O risco é que milhares de destroços caiam sobre áreas residenciais londrinas. "Derrubar uma 'aeronave suicida' é muito diferente de abater um avião militar sobre um campo de batalha", prossegue Beale.

Mesmo assim, os planos militares londrinos são semelhantes aos que foram adotados em Pequim-2008 e Atenas-2004.

Nem preciso dizer que esse argumento não consolou os moradores do Fred Wigg Tower.

"Essa decisão da Justiça significa que o Ministério da Defesa tem o poder de militarizar os lares privados se mostrarem que isso é para a segurança nacional", queixou-se David Enright, advogado dos moradores. "(O ministério) não precisa te pedir, te consultar - pode tomar a sua casa, pôr um míssil no seu telhado, um tanque no seu gramado e soldados na sua sala."

Até onde a vista alcança

Camilla Costa | 15:43, terça-feira, 10 julho 2012

Comentários (1)

Do teto do Lund Point é possível ver o Parque Olímpico (à esquerda), o Centro Aquático (à direita) e outros prédios onde acontecerão as provas

Essa é a vista do Lund Point, que será a sede de operações da ´óÏó´«Ã½ durante as Olimpíadas de Londres. Fizemos a nossa primeira visita ao local no final da semana passada.

Mas o Lund Point nada mais é do que um antigo prédio residencial, um pouco mal-cuidado, onde ainda moram famílias. A ´óÏó´«Ã½ alugou os cinco andares mais altos do edifício e está montando a toque de caixa estúdios de transmissão de rádio, de TV e mini redações para o serviço interno e o serviço mundial, incluindo nós.

O espaço ainda é meio claustrofóbico, mesmo com um grupo de menos de 20 jornalistas visitando. São corredores estreitos e salinhas, todos ainda em construção. Em duas semanas, devemos ter lá, além dos estúdios e redações, um café e uma área comum de descanso, que servirá também para receber os entrevistados. Como todos caberão lá dentro, ainda veremos.

Alguns dos moradores do prédio, é claro, não ficaram muito satisfeitos com a nossa chegada. Ouvimos dizer que um deles, especialmente, pode acabar gritando impropérios se nos encontrar nos elevadores. Ele já alvejou os seguranças da ´óÏó´«Ã½.

E segundo as funcionárias que supervisionam a visitação, um dos apartamentos habitados também vai dividir espaço conosco em um dos andares. "Mas o morador de lá é ótimo, é uma pessoa muito tranquila e simpática", disseram.

Esperamos que seja mesmo. Conviver durante duas semanas com jornalistas do mundo inteiro em frenesi esportivo não deve ser mole.

Entretenimento olímpico

Paula Adamo Idoeta | 13:11, terça-feira, 10 julho 2012

Comentários (0)

Cartaz promocional do filme Fast Girls

É claro que o mundo do entretenimento não perdeu tempo em aproveitar a onda olímpica que domina a Grã-Bretanha nesta temporada.

Estão em cartaz pelo menos duas grandes produções culturais que têm o esporte como tema central: um filme juvenil e uma peça no West End.

O filme é Fast Girls, sobre quatro jovens atletas que treinam para representar a Grã-Bretanha nos 4x100m. A história gira em torno da rivalidade de duas delas - uma mais patricinha e uma mais durona.

O filme foi bem avaliado pelo jornal The Guardian, que comparou a produção com Bend it Like Beckham (de 2002, lançado em português como Driblando o Destino, que deu fama à atriz Keira Knightley).

Já a peça é uma versão do premiado Carruagens de Fogo, filme que abocanhou quatro Oscars em 1981 e que é sempre lembrado por aquela famosa música do Vangelis.

Como o original, Chariots of Fire acompanha a trajetória de dois corredores britânicos (um cristão e um judeu) nos Jogos Olímpicos de Paris, em 1924.

As bicicletas (e as dores de cabeça) de Boris Johnson

Camilla Costa | 16:06, segunda-feira, 9 julho 2012

Comentários (2)

Apesar do investimento propagandeado pela prefeitura, Londres ainda não é o paraíso dos ciclistas

O investimento em bicicletas como meio de transporte em Londres mostra que mesmo cidades grandes sem uma forte cultura local de ciclismo podem reverter o quadro. Desde 2008, a prefeitura da cidade, mesmo com as mudanças de governo, mantém a meta de crescimento de 400% do uso de bicicletas como transporte (e não somente para o lazer) até 2025.

Vias expressas para ciclistas foram criadas, assim como estacionamentos especiais em estações de transporte público. Em 2010, uma parceria da prefeitura com o banco Barclays colocou cerca de 6 mil bicicletas para alugar em 400 locais na cidade.

também é de fazer inveja a qualquer grande capital. Nele, é possível encontrar as melhores rotas mapeadas por ciclistas, informações completas sobre aluguel de bicicletas na cidade e quais são as linhas de metrô, trem e ônibus em que é possível transportar sua bike.

Mas algo muito importante ainda parece fazer falta: a cooperação dos motoristas. Recentemente, a prefeitura foi alvo de duras críticas por causa do aumento de 33% no número de acidentes envolvendo ciclistas em um ano. É o índice mais alto de acidentes em uma década, acompanhado do maior número de mortes desde 2006.

Ciclistas e motoristas ainda são inimigos em Londres

Os críticos dizem que o problema está em um programa da prefeitura de Boris Johnson para "suavizar o fluxo do tráfico" - que significou retirar semáforos de diversos cruzamentos e rotatórias da cidade.


Coincidentemente, algumas das mortes mais comentadas de ciclistas em 2011 aconteceram nestes locais. Frequentemente, as acusações contra os motoristas são retiradas, porque eles alegam que as bicicletas estavam em seu "ponto cego" na hora do acidente.

Uma representante do Partido Verde na Assembleia Legislativa de Londres foi ainda mais assertiva ao criticar Johnson, dizendo que o prefeito disse aos engenheiros responsáveis pelo planejamento das ruas da cidade que priorizassem o tempo que os motoristas levariam para chegar onde queriam, ao invés da segurança de ciclistas e passageiros.

O debate rende. O aluguel de bicicletas rendeu imagens de uma prefeitura "cool" quando Boris Johnson levou o ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, para um passeio. Mas até que ponto o investimento no ciclismo em Londres deixou de ser superficial e se tornou uma prioridade do governo?

Pedestre e observadora, posso dizer que vejo com frequência acidentes e quase-acidentes envolvendo ciclistas e pedestres nas ruas mais movimentadas do centro. Mas aqui também é preciso dizer que a imprudência nem sempre é só dos motoristas.

Apesar de ser uma cidade mais organizada para ciclistas do que qualquer uma da América Latina - e menos do que muitas na Europa - é comum ver em Londres ciclistas sem capacete ou proteção. E a ideia de que são só os pedestres brasileiros que não sabem esperar o sinal ou atravessar na faixa também caiu por terra. Nas ruas daqui também tem um certo clima de "salve-se quem puder".

Drops de cultura brasileira

Paula Adamo Idoeta | 13:10, segunda-feira, 9 julho 2012

Comentários (0)

Fotos, música e teatro interativo feitos por artistas brasileiros em Londres

Atrações culturais brasileiras continuam cavando seu espaço em Londres, como parte dos esforços para fazer a ponte entre os Jogos Olímpicos atuais e os de 2016 no Rio de Janeiro.

Depois de Gilberto Gil no festival Back2Black e do grupo Galpão interpretando "Romeu & Julieta" em português, é a vez do Rio Occupation London: até 3 de agosto, 30 artistas brasileiros se apresentarão em palcos, centros culturais e museus londrinos.

O lançamento do projeto foi neste domingo, no bacana Battersea Arts Centre (BAC), no sul de Londres, com pequenas atrações misturadas.

Em pouco menos de três horas, assisti a uma exposição de fotos, um show de samba (em que o cantor interagia com um vídeo gravado com sambistas em morros cariocas), uma apresentação de dança, outra de música lírica e um teatro interativo, tudo num inglês com um sotaque bem abrasileirado.

Algumas atrações eram bacanas e agradaram bastante o diversificado público do BAC (de jovens a idosos; brasileiros ou locais). Outras eu devo confessar que achei um pouco fracas e desconexas.

De qualquer forma, o evento serviu para atiçar o público local para a cultura brasileira.

O estádio olímpico, presente e futuro

Paula Adamo Idoeta | 16:28, sexta-feira, 6 julho 2012

Comentários (0)

Uma visita ao prédio que servirá de "quartel-general" da ´óÏó´«Ã½ durante os Jogos Olímpicos mostra que, pelo menos visto de cima, o Parque Olímpico, no bairro de Stratford, está quase pronto para a festa que começa em 27 de julho.

Mas os planos de longo prazo do estádio olímpico andam meio enrolados, segundo a imprensa britânica.

Acredita-se que, terminada a Olimpíada de 2012, a arena só poderá voltar a ser usada para jogos de futebol em 2015, depois de passar por diversas reformas, uma delas para reduzir, como previsto, sua capacidade de 80 mil para 60 mil espectadores.

As possíveis equipes que herdarão o local - West Ham ou Leyton Orient - estão vendo como cobrir o estádio, já que o teto atual não cobre todos os seus espectadores.

E tem aquela queixa de que a pista de atletismo deixa os espectadores muito longe do campo - mas a pista não pode ser eliminada, já que será considerada um legado da Olimpíada de 2012.

O dia em que 007 saiu perdendo

Camilla Costa | 18:42, quinta-feira, 5 julho 2012

Comentários (0)

A abertura só para convidados de uma grande exposição sobre o design e os figurinos de todos os filmes de James Bond - que, segundo rumores, contou até com a presença de Sean Connery - chamava a atenção logo na entrada do Barbican Centre, um dos maiores centros de artes da Europa.

O Barbican tem espaço para exposições, cinemas, um teatro e também abriga a Orquestra Sinfônica de Londres e a Orquestra Sinfônica da ´óÏó´«Ã½. Mas ontem, ele abrigou também Gilberto Gil, que apresentou um show de cerca de uma hora e meia - o segundo que faz na cidade, já que também tocou no festival Back2Black, no fim de semana.

Em inglês, Gil agradeceu entre as músicas, contou histórias do tempo em que foi preso pela ditadura militar e falou sobre como instrumentos de corda (seu violão, a guitarra do filho Bem, o violino de Nicolas Krassik e o violoncelo de Jaques Morelembaum, que o acompanhavam), instumentos de percussão e computadores se unem para fazer música.

A Orquestra Sinfônica de Londres, conduzida por um entusiasmado Francois-Xavier Roth - que até ensaiou passos de dança durante o show - acompanhou a banda de Gil desde Dorival Caymmi ("Saudade da Bahia", que emocionou especialmente esta que vos escreve) até Jimi Hendrix ("Up from the skies").

E a plateia, cheia de brasileiros auto-exilados em Londres - um pouco, mas só um pouco, como o próprio Gil em 1969 -, cantou entusiasmada até o fim e saiu sorridente do Barbican.

Não teve pra ninguém, nem pra Sean Connery.

Um veleiro na cidade

Paula Adamo Idoeta | 14:36, quinta-feira, 5 julho 2012

Comentários (0)

Reaberto ao público há poucos meses depois de uma reforma, o veleiro Cutty Sark se tornou uma das novas atrações de Greenwich, no sudeste de Londres.

Construído em 1896, ele é relevante para a história naval britânica por ter sido o mais importante transportador de chá do seu tempo - na época, o chá, vindo da China, era uma mercadoria superpreciosa. Por isso o Cutty Sark é descrito como um "registro vivo de velhos dias de glória".

A visita (ao preço de 12 libras, ou quase R$ 40) ao veleiro vale pela sua história, pela possibilidade de tomar um café sob o barco - foi criada uma sala de vido abaixo do veleiro - e pelo entorno. Num dia de sol, Greenwich é uma das regiões mais bonitas de Londres.

Aliás, tanto o Cutty Sark como Greenwich figuram em uma galeria de fotos da ´óÏó´«Ã½ Brasil, que você pode acessar aqui.

Um novo título para Londres

Camilla Costa | 18:25, quarta-feira, 4 julho 2012

Comentários (0)

O mural de Fairey diz "amplifique sua voz" (Foto: London Pleasure Gardens)

Nova York tinha Basquiat e Keith Haring, São Paulo tem Osgêmeos. Mas foi Londres que ganhou o título de "capital da arte de rua". Pelo menos foi o que disse o grafiteiro americano Shepard Fairey, mais conhecido pela série Obey e pelo poster da campanha que elegeu Barack Obama em 2008.

Nessa semana, Fairey inaugurou um mural de 42 metros na cidade, o maior de sua carreira. A obra fica no London Pleasure Gardens, uma enorme área no extremo leste da cidade, planejada para eventos gratuitos e "cultura urbana", segundo a prefeitura de Londres.

O grafiteiro, de 42 anos, disse que muito da atmosfera favorável de Londres à arte de rua se deve à "energia" que Banksy criou. Os dois, aparentemente, são velhos amigos, mas diferentemente do artista de Bristol, que já fez até um filme indicado ao Oscar sem nunca mostrar o rosto, Fairey já foi preso 19 vezes por causa de suas intervenções nas ruas.

Mas Londres é como boa parte das metrópoles onde o grafite era visto como vandalismo até ser adotado por empresários, comerciantes e, finalmente, pelas prefeituras como intervenção artística.

No London Pleadure Gardens há, além de uma série de instalações, um ônibus de dois andares desativado, dois "narizes" de aviões e diversos painéis grafitados por nomes como Risk, Ron English e Banksy, é claro.

A ´óÏó´«Ã½ Brasil publicou uma galeria de fotos com as obras mais legais nas ruas de Londres. Veja aqui.

O verão, ou a ausência dele

Paula Adamo Idoeta | 13:21, quarta-feira, 4 julho 2012

Comentários (0)

Moda "verão" na Oxford Street, nesta semana nublada

É verão na Grã-Bretanha. Será? Quem desembarcar em Londres nesta semana pode duvidar, dada a quantidade de chachecóis, sobretudos e moletons que vestem as pessoas circulando nas ruas.

Nestes quatro meses em que estou em Londres, vivenciei apenas uma semana de calor forte, atípico, no final de maio. Fora isso, em sua maioria os dias foram cinzas, nublados, com uma chuvinha constante.

Uma brasileira com quem divido apartamento, que chegou há duas semanas da Bahia, já correu para comprar agasalhos; outra amiga, paulistana, diz que Londres foi "abençoada" com este mau tempo para compensar as tantas coisas legais que a cidade oferece.

Meus colegas de ´óÏó´«Ã½ que moram há anos em Londres tiram sarro da minha insatisfação com o clima e da minha ansiedade por dias ensolarados. Dizem que no ano passado "o verão caiu numa terça. Quem dormiu até mais tarde perdeu".

Para levar na esportiva, comprei o cartão abaixo, que ilustra bem o "British weather" nas quatro estações do ano. Obviamente, para colocá-lo em contexto, tive que fotografá-lo contra o típico céu nublado desta bela cidade.

Um novo arranha-céu

Paula Adamo Idoeta | 15:52, terça-feira, 3 julho 2012

Comentários (0)

O Shard se destaca no horizonte londrino (e os barcos no Tâmisa são da comemoração do jubileu da rainha. Foto: AFP)

Londres ganha nesta semana um novo arranha-céu: com 310 metros de altura e 78 andares, o Shard, localizado às margens do rio Tâmisa, é o edifício mais alto da Europa.

Antes mesmo de sua inauguração, o Shard apareceu na imprensa britânica por pelo menos dois motivos: o primeiro, quando um equipamento de limpa-vidros ficou preso no alto da torre, perigando de cair.

Resultado: os serviços de emergência tiveram de ser chamados para "resgatar" o equipamento, mas o incidente não teve nenhum desdobramento mais grave.

O segundo motivo é o luxo dos (apenas) dez apartamentos residenciais que existem no arranha-céu.

De acordo com o Evening Standard, a cobertura mais cara do Shard custará a fortuna de 50 milhões de libras (mais de R$ 160 milhões). A "mansão no céu", como está sendo chamada, terá uma vista de 360 graus do horizonte londrino.

Os interessados, segundo o jornal, são milionários do Oriente Médio, da Rússia e de antigas repúblicas soviéticas (quem tem sustentado o mercado imobiliário de Londres nos últimos anos).

Agendado para ser inaugurado nesta quinta-feira, o Shard realmente se destaca na paisagem de Londres - ele até apareceu numa foto aqui no Londonices, num post sobre vistas de Londres.

Mas, no quesito altura, ele ainda está longe do edifício mais alto do mundo, a torre Burj Khalifa, em Dubai, com 829 m. Está mais perto do Empire State, que tem 381 m.

Cabines telefônicas ganham charme extra

Paula Adamo Idoeta | 16:47, segunda-feira, 2 julho 2012

Comentários (2)

Elas já são, por si só, uma atração turística popular. Olhe para uma cabine de telefone vermelha típica britânica, e são grandes as chances de você ver também um turista saindo ou entrando dela para posar para uma foto.

Agora, elas ficaram ainda mais engraçadinhas: algumas ganharam réplicas artísticas, como parte do projeto BtArtBox. São 80 cabines desenhadas por artistas britânicos, em mais uma comemoração do jubileu de diamante da rainha Elizabeth 2ª.

A primeira vez que li sobre o projeto foi durante as pesquisas para uma reportagem sobre curiosidades e tradições britânicas.

Depois que o BtArtBox acabar, os organizadores prometem leiloar as cabines artísticas e ceder o dinheiro para ações sociais.

Com esse ar artístico e o apelo turístico, dá até pra esquecer que as cabines foram criadas originalmente para... telefonar.

Sem ingresso, mas com telão

Paula Adamo Idoeta | 13:14, segunda-feira, 2 julho 2012

Comentários (0)

Telão mostrando uma partida de Wimbledon no centro comercial Cardinal Place, centro de Londres

Quem não tem ingresso ou mora longe de Wimbledon - palco nos últimos dias de um dos mais tradicionais torneios de tênis do mundo - pode recorrer a um dos cinco telões espalhados pelo centro e centro-leste de Londres.

É uma opção bacana: os telões são grandes, localizados em regiões de fácil acesso e rodeados de cadeiras de praia. Basta chegar e sentar. O lado negativo é que, por ser a céu aberto, o programa está sujeito às (muitas) instabilidades do tempo londino - inclusive a ventos frios em pleno verão.

E os sem-ingresso para os Jogos Olímpicos também poderão contar com telões, que serão instalados no Hyde Park, no Victoria Park e na Trafalgar Square, segundo a organização da competição.

Mais conteúdo deste blog...

Post deste blog de acordo com o tema

Categorias

Estes são alguns dos temas mais populares cobertos por este blog.

Últimos colaboradores

´óÏó´«Ã½ iD

´óÏó´«Ã½ navigation

´óÏó´«Ã½ © 2014 A ´óÏó´«Ã½ não se responsabiliza pelo conteúdo de sites externos.

Esta página é melhor visualizada em um navegador atualizado e que permita o uso de linguagens de estilo (CSS). Com seu navegador atual, embora você seja capaz de ver o conteúdo da página, não poderá enxergar todos os recursos que ela apresenta. Sugerimos que você instale um navegados mais atualizado, compatível com a tecnologia.