Creluz: uma ideia que fluiu de um córrego alemão a rios gaúchos
Há dez anos, Elemar Battisti decidiu fazer um "roteiro de turbinas" na Europa. De volta ao Brasil, o presidente de uma cooperativa no norte do Rio Grande do Sul - Creluz, Cooperativa de Energia e Desenvolvimento Rural do Médio Uruguai - trouxe na bagagem várias ideias de microgeração de energia hidrelétrica.
Até hoje, Battisti parece impressionado ao falar de uma casa que visitou na Alemanha, que há 102 anos vinha produzindo toda a energia que consumia - inclusive a da serraria que funcionava lá - a partir de um córrego "do tamanho de uma mesa" que passava debaixo da casa.
A Creluz já existia desde 1966, mas esse "roteiro de turbinas" de Battisti marcou o pulo-do-gato para transformar a distribuidora em fornecedora de energia para 36 municÃpios gaúchos.
A iniciativa da Creluz foi premiada na semana passada aqui em Londres com um dos prestigiados Prêmio Ashden internacionais. Eu aproveitei a passagem de Battisti por aqui para entrevistá-lo sobre essa história de sucesso. Confira o vÃdeo.
Não consigo deixar de imaginar o que o alemão que inspirou o projeto, hoje com seis turbinas hidrelétricas instaladas e funcionando no Rio Grande do Sul, diria sobre este enorme "filhote" da sua turbina hidrelétrica de porão.