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Energias mais renováveis que as outras

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Eric Camara | 2011-05-09, 17:25

O Painel Intergovernamental para Mudança Climática, o IPCC, na sigla em inglês, divulgou nesta segunda-feira um relatório sobre o uso de energias renováveis no mundo. A fatia fica em torno dos 13% do total usado no planeta.

Parece muito, mas retiradas da equação biomassa e hidrelétrica, o percentual cai para minúsculos 0,5%. No país da polêmica usina de Belo Monte, todos conhecem os benefícios e também os potenciais problemas da expansão hidrelétrica.

Já a biomassa, o próprio IPCC admite que em vários países pobres e em desenvolvimento não passa da velha e boa lenha usada no fogão e no aquecimento. Difícil argumentar que em comunidades em que faltam serviços básicos possa haver grande preocupação em repor as árvores usadas, como seria pré-requisito para uma energia veramente renovável.

Isso sem contar com a eficiência dessa queima de biomassa, baixíssima e ainda poluente.


Crescimento acelerado

Em outras palavras, a fatia correspondente à energias mais frequentemente associadas à redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa - solar, eólica e geotérmica - ainda é ínfima. Mas ela vem crescendo, e muito.

O documento diz que nos últimos dois anos, a geração de energia solar e dos ventos cresceu entre 30% e 50% por ano. E que em 2009, renováveis, principalmente vento e solar, responderam por quase metade do crescimento na produção de energia global.

Na superindustrializada Alemanha, segundo maior exportador do mundo e que recentemente bateu recorde, as energias renováveis já são 17% do total, graças a incentivos cada vez maiores do governo.

A China é um dos principais responsáveis pelo crescimento da produção de energia renovável nos últimos anos, mais do que duplicando a sua capacidade eólica desde 2008, também na esteira de investimentos do governo.

Em tempos de discussão sobre os prós e contras de uma retomada da expansão da energia nuclear, o relatório do IPCC diz ainda que na maioria dos mais de 160 cenários científicos estudados, energias renováveis serão mais eficientes do que a nuclear para reduzir emissões até 2050.

A conclusão é que todas são energias de baixo carbono, mas algumas são mais renováveis que as outras.

dzԳáDzDeixe seu comentário

  • 1. à 08:03 PM em 09 mai 2011, Jose Antonio escreveu:

    O mundo desde o princípio vem comendo esta fumaça que é produzida pelo petróleo, temos hoje em dia tantas formas e meios tecnológicos para solucionar o aquecimento, desmatamento, poluição e outras catástrofes que pairam entre o meio da humanidade. Creio fielmente que a solução é e será sempre do ponto de vista e trabalho conscientizado de cada um, vejamos os Chinos, um país que a algum tempo atrás só ouvíamos que estava em continua decadência, e com trabalho e paciência estão virando uma das grandes potências mundiais, (só espero que continuem usando meios de transporte ecologicamente corretos, pois se cada Chino entrar em um carro de combustão não teremos mais h2o para respirar).

  • 2. à 08:57 PM em 10 mai 2011, Jose Antonio escreveu:

    Em matéria a energia renovável, estamos enfrentando uma variação de soluções de alta periculosidade, vemos que à tempos, digo não a tanto tempo, o carbono, em alguns Países era o único meio de produção energético, e foram obrigados a revolucionar a metodologia de sua fabricação para atender a demanda legítima de seu crescimento. Mas olhando, hoje os Países “extra” desenvolvidos, claro alguns com aquele “buum”, uma pitada super extra , energeticamente e tecnologicamente falando “nuclear”, não prejudicando, em termos de bioma, a sua estrutura geográfica... Tá a energia nuclear é altamente perigosa. A radioatividade causa danos irreparáveis por gerações? Sim! Creio que deveria ser uma metodologia de reforço. Temos um claro exemplo, o Japão territorialmente não é tão grande, o vazamento da usina Fukushima deixou obsoleto 20 km em uma circunferência desde o ponto de vazamento, isto, desculpem pelo modo di falar, é quase a metade do País, e por sorte da (TEPCO) creio que o Japão irá arcar com suas despesas de gastos. Olho, o Brasil em um futuro próximo. Bom combustível não vai faltar! Mas e energia? O Brasil esta se superando, vemos os dados percentuais de oferta de energia tecnologicamente corretas, e em muitas áreas sobra, mas em muitas outras ainda ficamos por desejar, espero que a construção da usina no meio do amazonas não seja somente para subsidiar uma necessidade populacional de 50 ou 60 anos, pois seria um absurdo.

  • 3. à 09:09 PM em 10 mai 2011, Jose Antonio escreveu:

    Há me esqueci! Deveríamos voltarmon para apoios aos desenvolvimentos tecnológicos em universidades, sendo base para futuros possíveis dezarolhos próprios de técnicas, coum a cara do Brasil.

  • 4. à 11:13 PM em 12 mai 2011, Odalberto Domingos Casonatto escreveu:

    Mais uma vez a questão energética passa ser o centro da atenção mundial. Parece que a humanidade assume determinadas atitudes corretivas somente quando não existe mais outra solução ou que atual situação é muito dispendiosa e deve ser desativada.
    O caso assustador do terremoto do Japão colocou a baila novamente a preocupação mundial quanto à produção de energia. Se quisermos sobreviver em meio a tantas dificuldades teremos que pagar para que isto aconteça. Em outras palavras, mesmo gastando mais para ter uma energia mais limpa e segura.O Brasil pais com boa parte de seu território junto a linha do Equador, e sendo um país com muitas horas de sol, poderá ter muitas iniciativa simples, baratas e que possam produzir energia limpa. Nossa cabeça sempre quer pensar grande, usinas nucleares, grande usinas hidroelétricas, tudo isto é bom, mas tem problemas sociais desastrosos. As hidroelétricas criam problemas insolúveis, para um grande contingente populacional. O perigo das Usinas Atômicas para a população gera uma insegurança que os Japoneses sabem argumentar muito bem. Devemos ser realista quanto à energia, usar estratégias simples, mas eficazes, devemos povoar a nação com pequenas fontes de energia que darão uma resposta as nossas necessidades, mesmo se tivermos algum contratempo.

  • 5. à 11:38 AM em 13 mai 2011, Eric Camara Author Profile Page escreveu:

    Prezados Luiz Alberto e Odalberto, obrigado pelos comentários instigantes.

    Dentro dessa discussão sobre o papel da energia nuclear no futuro energético do planeta, acho interessante destacar dois acontecimentos recentes:

    1. A decisão dos governos do Japão e da Alemanha de suspender todos os planos de expansão nuclear depois do desastre de Fukushima.

    2. O aparente reforço dos argumentos pró-energia nuclear em outros países, principalmente, na Grã-Bretanha.

    No primeiro caso, estamos falando de nada menos que da terceira e da quarta maior economia do mundo - países altamente industrializados e com enorme demanda de energia. E ambos afirmaram que estão dispostos a substituir a substancial fatia nuclear por energias renováveis.

    Já no caso da Grã-Bretanha, o discurso se inverte: a tragédia japonesa serviu para mostrar como mesmo num acidente de grandes proporções, os impactos seriam "razoavelmente pequenos". Ou seja, na relação preço/risco, ainda vale a pena investir em usinas atômicas, já que as energias renováveis ainda são caras e intermitentes.

    Por isso mesmo, os britânicos pretendem – e não mudaram o discurso por causa de Fukushima – substituir as atuais (e obsoletas) usinas do país por unidades mais modernas, eficientes e, espera-se, seguras.

    Aqui, vale acrescentar que a energia nuclear representa 16% da energia produzida pela Grã-Bretanha. Na Alemanha, são 25%; e no Japão, 30%. Mesmo assim, os governos acreditam que ao saltar do barco atômico, não deixaram os seus países à escuras.

    E o Brasil? Atualmente, ínfimos 3% da eletricidade nacional vêm das usinas de Angra 1 e 2, mas o governo planeja ter mais quatro reatores em operação até 2025 para "garantir a segurança energética" do país.

    Diante dos acontecimentos recentes e dos subsídios fornecidos pelo IPCC no documento que comentei no blog acima, e diante dos recursos naturais do Brasil - rico em energia não só hídrica, como eólica e solar - será mesmo necessário insistir na energia atômica?

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