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Arquivo para setembro 2010

O presidente do Irã e a Assembleia Geral da ONU

Alessandra Correa | 01:30, domingo, 26 setembro 2010

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Mais uma vez o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, roubou a cena na reunião anual da Assembleia Geral da ONU.

Em Nova York, cumpriu uma agenda apertada e foi um dos líderes mais disputados pela imprensa. No discurso que fez no primeiro dia do encontro, Ahmadinejad voltou a causar polêmica, assim como em anos anteriores.

Desta vez, provocou a saída de diversas delegações do recinto quando sugeriu que os ataques de 11 de setembro de 2001 pudessem ter sido orquestrados pelo governo americano, com o objetivo de reavivar sua economia e sua influência no Oriente Médio.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em entrevista ao Serviço Persa da ´óÏó´«Ã½ que as declarações eram abomináveis e ofensivas. Vários outros líderes reagiram com inidgnação.

Mas no dia seguinte, em entrevista a jornalistas, Ahmadinejad se mostrou surpreso com as reações a seu pronunciamento e chegou a perguntar se tinha "dito algo de errado".

As declarações polêmicas do líder iraniano não surpreendem analistas especializados em Oriente Médio. É nessa região que está o público-alvo de Ahmadinejad.

Em um artigo publicado na véspera do discurso, o analista Mohamad Bazzi, especialista em Oriente Médio do Council on Foreign Relations, diz que o presidente iraniano trabalhou duro para cultivar sua imagem de "líder populista pan-Islâmico que não tem medo de enfrentar o Ocidente".

"O público que Ahmadinejad quer atingir não está sentado a sua frente em Nova York", diz o especialista

Segundo Bazzi, com sua reputação de "herói do Terceiro Mundo", Ahmadinejad se tornou mais popular em partes do mundo árabe do que em seu próprio país, onde enfrenta acusações de abusos de direitos humanos, corrupção e problemas com uma economia que não cresce.

O analista diz ainda que Ahmadinejad tenta usar sua participação na Assembleia Geral como uma plataforma para tentar retomar a credibilidade perdida com as acusações de fraude nas eleições que o reconduziram à Presidência, no ano passado, e a violenta repressão à oposição.

Apesar da retórica inflamada, o presidente iraniano disse que está disposto a voltar à mesa de negociações com as potências ocidentais sobre o programa nuclear de seu país - alvo de sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU.

Segundo o ministro brasileiro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que se reuniu com Ahmadinejad nesta semana, o líder iraniano está demonstrando flexibilidade apesar de suas declarações.

"Em geral a retórica é feita para os públicos internos", disse Amorim.

Os jovens americanos e as drogas

Alessandra Correa | 23:01, quinta-feira, 16 setembro 2010

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Quase 22 milhões de americanos usam drogas ilegais, segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira com dados relativos a 2009.

Esse número (que leva em conta pessoas maiores de 12 anos de idade) representa 8,7% da população, um aumento em relação à taxa de 8% verificada em 2008.

A pesquisa, feita todos os anos pelo órgão do Departamento de Saúde encarregado de serviços relacionado a abuso de substâncias e saúde mental, inclui também o uso de medicamentos sem receita médica.

No entanto, os números são puxados principalmente pelo consumo de maconha.

Segundo a pesquisa, 16,7 milhões de pessoas consomem a droga nos Estados Unidos.

Logo após a divulgação da pesquisa, a Casa Branca distribuiu um comunicado, assinado pelo diretor de políticas de controle de drogas, Gil Kerlikowske.

"Os resultados são decepcionantes, mas não surpreendentes", disse Kerlikowske.

Segundo ele, os jovens americanos vêm demonstrando nos últimos anos uma atitude mais relaxada em relação aos perigos do consumo de drogas.

O pastor americano e o Alcorão

Alessandra Correa | 01:49, sábado, 11 setembro 2010

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Até o início desta semana, pouca gente já havia ouvido falar de Terry Jones, o pastor evangélico de uma minúscula congregação na Flórida que teve a ideia de queimar exemplares do Alcorão no aniversário dos ataques de 11 de setembro, neste sábado.

Até então, o plano de Jones de promover um "Dia Internacional de Queima ao Alcorão", anunciado ainda em julho, era conhecido por poucas pessoas, entre elas seus cerca de 50 fiéis na cidade de Gainesville.

Mas no início desta semana, o general David Petraeus, principal comandante militar americano no Afeganistão, deu o alerta de que, caso a queima dos livros sagrados dos muçulmanos fosse adiante, poderia colocar em risco as tropas americanas.

A partir de então, o que se viu foi uma série de reações indignadas dentro e fora dos Estados Unidos, e o pastor virou uma celebridade instantânea.

A revista Time publicou nesta sexta-feira uma lista com os 10 principais atos de provocação gratuita e, claro, o plano do pastor Jones encabeça a lista.

Até o momento em que escrevo, o pastor havia cancelado seu plano, mas ainda não estava claro se ele poderia voltar atrás.

O presidente Barack Obama negou alegações de que a reação das autoridades tenha acabado gerando mais publicidade para as ideias do pastor e disse que, "na era da internet", o episódio precisa ser levado "muito a sério", porque poderia causar danos "em todo o mundo".

A imprensa americana em geral tem tomado alguns cuidados na cobertura do episódio, mas afirma que não pode deixar de noticiar o fato.

Mas muitos criticam a atenção dada ao pastor e afirmam que, no momento, ele tem em volta de si mais câmeras e jornalistas do que fiéis.

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