No Rio, Obama terá desafio de combinar discursos do Cairo e de Nova Déli
Enquanto se costuram os últimos detalhes da agenda do presidente Barack Obama em sua visita ao Brasil, uma das principais dúvidas permanece sendo o tom do discurso que o líder americano pretende fazer no Rio.
Obama deve escolher um lugar em que possa estar em contato direto com o povo. Já se falou na praia de Copacabana, no Maracanãzinho, na sacada do Teatro Municipal, no Monumento aos Pracinhas e na Marina da Glória, entre outras opções de palco para o discurso.
Mas a ideia do presidente americano de fazer um pronunciamento histórico, como foi o discurso do Cairo, em 2009 - em que relançou as bases do relacionamento dos Estados Unidos com o mundo árabe e muçulmano -, esbarra no fato de que os brasileiros querem ouvir Obama falar do Brasil, e não da América Latina em geral.
A opção, então, seria fazer o discurso sobre a nova fase no relacionamento entre Estados Unidos e América Latina no Chile, segundo país do roteiro - que inclui ainda El Salvador. Nesse caso, porém, o Brasil perderia o papel de cenário do discurso mais importante da viagem.
O presidente emérito do instituto de análise política Inter-American Dialogue, Peter Hakim, resumiu o dilema: "Seu desafio é unir o discurso do Cairo ao discurso de Nova Déli", disse o brasilianista, referindo-se ao pronunciamento feito na Índia, em novembro do ano passado, em que Obama falou dos laços entre os dois países e manifestou seu apoio à candidatura indiana a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.
E é nessa comparação que está o segundo problema do pronunciamento de Obama no Rio: caso ele não diga aquilo que os brasileiros mais querem ouvir - uma manifestação pública de apoio à entrada do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança, assim como a oferecida à Índia - o discurso, por mais inspirado que seja, corre o risco de ser uma decepção.
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O número de visitas de presidentes americanos ao Brasil foi motivo de uma disputa em tom de brincadeira entre diplomatas dos países que irão receber Barack Obama, reunidos em um evento na Heritage Foundation, em Washington.
O embaixador brasileiro, Mauro Vieira, lembrou a longa história de visitas bilaterais, ao afirmar que Obama será o 14º presidente americano a visitar o Brasil. O próximo a falar, o representante chileno, Roberto Matus, brincou com a informação: "O Chile, por diferentes razões, muitas vezes teve inveja do Brasil. Uma nova razão acaba de surgir. Para nós, esta será a terceira visita, e já nos contamos felizes."
dzԳáDzDeixe seu comentário
O que me parece é que o Brasileiro se sente menos conectado com o restante da América Latina, até por desinformação, por isso um discurso que inclua a America Latina, pode parecer genérico aos ouvidos do povo Brasileiro, que pouco entende sobre Mercosul, Unasul etc, um discurso que tenha o Brasil como centro, será mais receptivo aos Brasileiro, ou seja, o discurdo de Nova Délhi.
se ele estará aqui que fale do brasil.
O que interessa ao Brasil é a sua relação com os EUA e não e relação genérica que eles têm com a América latina, se ele se deu o trabalho de vir ao Brasil só agora que fale dos interesses comuns dos dois países. O brasil é o maior país da América latina e uma grande economia e mercado, trata-lo como mais um país latino americano é uma forma de diminuir sua importância
A reportagem nada revela, nada informa, e o comentário de alguns leitores traz apenas desinformação. Relação EUA e resto do mundo, vais encontrar informação substanciosa apenas na web e na revista Caros Amigos, blog do Emir Sader tb traz boas informações.
No mais, fiquem com este video, imprescindivel para que entendam a politica economica assassina dos EUA para com o mundo, de como precisam subjugar o terceiro mundo, afinal os EUA jah consumiu a totalidade das reservas naturais que possuem, agora desbastam as terras alheias.
(Além do video abaixo, procurem "A Historia das Coisas" de Annie Leonard, que apresenta em numeros a politica destrutiva_mais da metade dos impostos dos EUA segue para exercito_e a politica consumista, com obsoloscencia planejada a partir de 1950)