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Arquivo para fevereiro 2009

Mulheres em guerra?

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Ilana Rehavia | 18:09, sexta-feira, 27 fevereiro 2009

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Lendo os jornais e revistas femininas britânicas, a sensação é de que as mulheres estão em guerra. Entre si.

Nos últimos seis meses, li matérias sobre as batalhas entre mulheres casadas e solteiras, com e sem filhos, mães que trabalham e que ficam em casa, mães que amamentam no peito ou usam mamadeiras, e por aí vai.

Matérias como "A Década da Mamãe Burra: Tediosa, egoísta e convencida: Como uma geração de mulheres se tornou obcecada com a maternidade", da revista .

Ou "Está ela fazendo um desserviço a outras mulheres? Ou este assunto só diz respeito a ela mesma", sobre a volta da ex-ministra francesa Rachida Dati ao trabalho cinco dias depois de dar à luz, do jornal .

Ou ainda "Por que casamento mais crianças é igual a felicidade? Kate Mulvey é uma solteirona pós-moderna e se orgulha disso", do .
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Como alguém que valoriza imensamente a amizade feminina, acho esse tipo de manchete preocupante. Não deveriam as mulheres estar celebrando - e não criticando - as escolhas umas das outras? Vocês observam disputas do tipo com suas amigas ou familiares? Ou reportagens do tipo são apenas exageros da mídia?

Entrevista - Taxidermia vegetariana

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Ilana Rehavia | 15:48, quarta-feira, 25 fevereiro 2009

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Uma vegetariana que faz acessórios e objetos de decoração usando animais mortos não é das coisas mais comuns...mas o trabalho da neozelandesa é realmente original não só na combinação da taxidermia com a moda, como também na mensagem que a artista quer passar.

Taxidermia, que vem do termo grego que significa "dar forma à pele", é a arte de montar ou reproduzir animais para exibição ou estudo.

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Fiquei intrigada desde que vi o trabalho de Julia pela primeira vez em uma revista, e resolvi conversar com ela para saber o que está por trás de seu desejo de preservar animais mortos, e usá-los como acessórios...

Confira!

´óÏó´«Ã½ Tendências - Como você começou a trabalhar com taxidermia?

Julia - Desde pequena era fascinada pela morte, mas também tinha um forte amor pelos animais. Aos 15 anos, decidi aprender taxidermia, mas não conseguia encontrar ninguém que me ensinasse na Nova Zelândia. Quando me mudei para a Austrália, encontrei um taxidermista aposentado que me deu algumas aulas.

´óÏó´«Ã½ Tendências - Como as pessoas reagem ao seu trabalho?

Julia - Em geral de forma positiva. Eu sou muito clara sobre o fato de que sou vegetariana e todos os animais que uso morreram de causas naturais, ou foram encontrados mortos. Eu só recebi uma mensagem de ódio até hoje e quando expliquei minhas filosofias aos responsáveis, eles me mandaram um pedido de desculpas.

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´óÏó´«Ã½ Tendências - Como é o processo de criação de suas peças?

Julia - Eu geralmente começo com o animal e decido o que ele deve se tornar, um broche, uma escultura, etc. Eu decido então como adorná-lo...se é um rato, colocarei diamantes em seus olhos, se é um corvo, moldo suas patas em prata e as coloco de volta como metal. Cada peça é muito orgânica e eu sinto o que funciona (para o animal) e sigo esse instinto.

´óÏó´«Ã½ Tendências - Você menciona em seu website que só usa animais que morreram de causas naturais. Como você encontra esses bichos?

Julia - Eu sempre carrego uma sacola plástica comigo para o caso de encontrar algum, mas a maioria dos meus animais é doada por amigos e pessoas que leram sobre mim ou viram entrevistas minhas na televisão. Eu tenho um freezer lotado de doações.

´óÏó´«Ã½ Tendências - Que mensagem você acredita que esse tipo de trabalho passa sobre a vida e a morte?

Julia -
Para mim, é sobre a natureza passageira da vida e a importância de se apreciar cada dia. Eu acredito que se você aceitar sua mortalidade você pode apreciar o valor da vida, não só a sua própria, mas a de todas as pessoas e criaturas.

Oscar, um grande negócio

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Ilana Rehavia | 14:39, terça-feira, 24 fevereiro 2009

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Passada a noite do Oscar, os críticos de moda estão soltando suas listas dos melhores e piores vestidos da noite.

Ficar analisando o que cada estrela vestiu na cerimônia pode parecer uma prática divertida, mas completamente inútil. Na verdade, milhões e milhões de dólares são movimentados quando Kate Winslet decide vestir Atelier Yves Saint Laurent e não Versace, por exemplo.

A matemática é relativamente simples. Um vestido de alta-costura, que pode custar mais de 10 mil dólares, será visto por dezenas de milhões de pessoas, no corpo de uma atriz fazendo sucesso suficiente para participar do Oscar. O resultado, entre 25 e 50 milhões de dólares em publicidade gratuita, segundo especialistas.

As joias usadas pelas atrizes, geralmente emprestadas, também movimentam outros milhões de dólares.

Não é surpresa que estilistas e consultoras de moda das estrelas começam suas negociações vários meses antes do tapete vermelho.

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PS: Não resisti...as fotos ao lado são do melhor (Miley Cyrus) e do pior (Beyoncé) do Oscar 2009, em minha modesta opinião.

PS2: Para quem ainda não espiou os vestidos, a ´óÏó´«Ã½ Brasil fez um ±¹Ã­»å±ð´Ç bem legal. Sinta-se à vontade para mandar suas escolhas dos melhores e piores do Oscar 2009!

Reconstruindo...

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Ilana Rehavia | 17:12, segunda-feira, 23 fevereiro 2009

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Ainda no tema da moda ética e sustentável, assisti neste domingo a um desfile interessantíssimo na Semana de Moda de Londres.

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A marca, Junky Styling, começou há 11 anos reconstruindo ternos e outras peças encontradas em brechós e liquidações do tipo "família vende tudo" e a reciclagem de roupas que ninguém mais quer continua no centro das coleções.

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Nesta edição de Outono-Inverno 09, a passarela estava cheia de paletós de risca de giz transformados em vestidos, saias e blusas feitas de retalhos multicoloridos, e belos casacos confeccionados de restos de tecido.

Saí do desfile com várias idéias para serem colocadas em prática no dia em que aprender a usar minha recém comprada máquina de costura. Para quem já domina o ofício, é uma ótima fonte de inspiração!

(Fotos: )

Moda ecologicamente incorreta

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Ilana Rehavia | 12:30, sexta-feira, 20 fevereiro 2009

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Calças jeans por 15 reais? Camiseta mais barata do que um café? Aqui na Grã-Bretanha, surgiram nos últimos anos redes de lojas e supermercados vendendo roupas a preços incrivelmente baixos.

Roupas tão baratas acabaram criando por aqui do fenômeno da "disposable fashion", ou moda descartável, com muita gente comprando peças por impulso, usando apenas uma vez e jogando fora. Só aqui na Grã-Bretanha, dois milhões de toneladas de roupas acabam nos lixões todos os anos.

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Coincidindo com o início da , o governo - juntamente com 300 estilistas e lojas - está lançando uma para tornar a moda mais sustentável desde o design, passando pela venda, até a forma como é descartada.

Eu já venho observando muita gente comprando menos, vendendo suas roupas usadas em brechós, doando para caridade ou trocando em festas especializadas (aliás, fui a um desses eventos recentemente e em breve conto como foi!).

Fico pensando...vocês têm essa preocupação na hora de se vestir? Ou a moda da moda sustentável ainda não pegou no Brasil? Fiquei curiosa...

O mundo na moda!

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Ilana Rehavia | 15:34, quinta-feira, 19 fevereiro 2009

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Bem-vindo ao ´óÏó´«Ã½ Tendências, o blog de moda, comportamento e tendências da ´óÏó´«Ã½ Brasil.

Neste espaço, discutiremos o que está acontecendo de mais interessante no mundo do estilo e as novidades que surgem por aí.

Sinta-se mais do que à vontade para enviar comentários, sugestões, histórias e dicas!

Semanas de Moda em meio à crise

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Ilana Rehavia | 14:16, quarta-feira, 18 fevereiro 2009

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A Semana de Moda de Londres começa nesta sexta-feira e, desta vez, as controvérsias mudaram. Pouco tem se falado sobre modelos muito magras, a polêmica favorita dos eventos dos últimos anos.

Agora, é a própria existência da semana de moda e sua viabilidade num clima de melancolia econômica que está em debate nos sites, blogs e rodinhas de conversa.

Na Semana de Moda de Nova York, realizada nesta semana, muitos estilistas reduziram drasticamente o número de convites para seus desfiles, trocaram o champanhe pela cerveja nas festas ou cancelaram completamente suas "after parties".

Além disso, muitos profissionais da área estão incomodados com a venda de ingressos para desfiles, novidade na semana de Nova York.

Já por aqui, a comemora 25 anos e se despede de sua locação tradicional, a tenda do lado de fora do Museu de História Natural.

Eu conversei com o presidente do Conselho Britânico de Moda, Harold Tilmann, durante um evento do (um grupo de profissionais de moda que se reúne em Londres para ouvir palestras de nomes importantes da indústria e fazer contatos). Eis o que ele tinha a dizer sobre o papel da moda e da London Fashion Week nesses tempos turbulentos.

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  • "Eu já passei por algumas recessões em minha vida e ninguém está imune a esta. Ao mesmo tempo, não podemos simplesmente aceitar tudo o que a mídia fala, já que má notícia vende jornal"
  • "Nós não podemos nos tornar complacentes em nossos negócios. Aja de forma segura e comedida em casa, mas vamos ser criativos nos negócios. Assim sairemos da crise"
  • "Não acredito que as pessoas deixarão de consumir moda por causa da recessção. Durante minha infância, a vida doméstica, familiar era central, mas nos últimos 20 anos a vida fora de casa se tornou mais importante. A moda segue essa tendência e não acredito que as pessoas retornarão ao tipo de vida que eu tinha quando criança"
  • "Acredito no poder das vendas online, mas não acho que o desejo de tocar, sentir uma peça antes de comprar vá desaparecer. O melhor é combinar os dois. Por exemplo, se um consumidor compra algo pela internet, mas decide devolver a compra na loja, você potencialmente ganhou um novo cliente para suas vendas offline"
  • "A Semana de Moda de Londres deveria ficar orgulhosa de formar talentos que depois acabam indo desfilar suas coleções em outras capitais da moda, como Paris ou Nova York. Nós somos um país pequeno, não poderíamos empregar todos esses talentos mesmo que eles quisessem ficar".

Capa: Beth Ditto nua na 'LOVE'

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Ilana Rehavia | 13:16, terça-feira, 17 fevereiro 2009

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Chega às bancas da Grã-Bretanha nesta quinta-feira um dos lançamentos editoriais mais esperados dos últimos tempos, a revista LOVE, publicada pela editora Condé Nast (a mesma que publica a Vogue, entre outros títulos).

A revista é a nova empreitada da editora de moda Katie Grand, que antes estava à frente da revista Pop.

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Depois de dizer que a primeira edição de LOVE seria "cheia de curvas", Grand manteve a promessa e estampou na capa a cantora Beth Ditto, vocalista da banda The Gossip.

Apesar de não ser totalmente original (a revista de música NME deu uma capa semelhante com a cantora em 2007), a escolha de Ditto para a estréia da LOVE voltou a esquentar o debate sobre nossos ideais de beleza.

E vocês, o que acharam da capa?

Surfistas prateados

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Ilana Rehavia | 18:00, terça-feira, 10 fevereiro 2009

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"Amigos da internet, hoje completo 95 anos. Chamo-me María Amelia e nasci em Muxía, Espanha, em 23 de dezembro de 1911. Hoje é meu aniversário e meu neto, que é muito pão-duro, me deu de presente um blog."

Assim começa o , a blogueira mais velha do mundo, que com seu bom-humor e irreverência conquistou milhares de leitores de todas as idades.

Não contente em escrever, ela também publica ±¹Ã­»å±ð´Çs e áudios sobre os mais variados assuntos, de família a religião, de internet a morte e juventude.

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Eu já vinha percebendo essa tendência cada vez maior de idosos usando a internet com minha própria avó, que usa programas como o Skype e MSN Messenger com total desenvoltura.

Desculpem o clichê, mas os "silver surfers" (surfistas prateados, pois em inglês se diz surfar - e não navegar - na internet) são mesmo uma lição de vida.

Pele polêmica

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Ilana Rehavia | 17:50, segunda-feira, 9 fevereiro 2009

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O uso de pele volta a causar polêmica...

O estilista , que criou o vestido usado pela primeira-dama americana Michelle Obama no baile de gala da posse, voltou atrás em sua decisão de fazer uma coleção com o "uso significativo de pele".

O anúncio inicial do uso de pele havia gerado críticas e previsões de que a primeira-dama não apareceria mais usando roupas criadas por Wu para não ser politicamente incorreta.

Na contramão, o estilista italiano foi a personalidade mais recente a entrar na mira da organização não-governamental (Pessoas para o Tratamento Ético dos Animais, na sigla em inglês) , que luta pelos direitos dos animais.

petablog.gif

A ONG realizou um protesto na semana passada em São Francisco, acusando o estilista de quebrar a promessa de não usar mais pele em suas coleções.

A PETA pediu tambémn para que as celebridades não usem vestidos Armani na noite do Oscar.

Procurada pela ´óÏó´«Ã½ Brasil, a assessoria de imprensa do Grupo Armani disse que o estilista já percorreu um longo caminho na direção da eliminação completa da pele de suas coleções.

"O Grupo Armani não usa mais pele animal, com a exceção da pele de coelhos que foram criados especificamente para o setor de alimentação. O Grupo Armani não usa coelhos mortos puramente por sua pele."

O debate continua...

2009 e as 'recessionistas'

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Ilana Rehavia | 16:01, quarta-feira, 4 fevereiro 2009

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Quais serão as grandes tendências de 2009? Que esquisitices podemos esperar? O que estará na moda e como será ela afetada pelo que acontece no mundo?

Bem-vindo ao ´óÏó´«Ã½ Tendências! Sinta-se mais do que a vontade para enviar seus comentários, sugestões, histórias e dicas.

E, para começar, parece que a grande tendência da moda de 2009 será... a falta de tendências.

Em meio à crise econômica mundial, jornais e revistas defendem que, para as próximas estações, o negócio é reaproveitar o que já se possui. E criaram até mesmo uma nova palavra para definir quem encontra formas de manter o estilo sem muito investimento: "recessionista".

Segundo as entendidas, uma "recessionista" só compra peças que funcionarão bem com o resto do guarda-roupa, evita os gastos de impulso nas liquidações, troca os botões de um casaco ao invés de ir atrás de um novo e faz sua própria escova para economizar o salão.

Eu desconfio, no entanto, que a maioria das mulheres já vem levando vida de "recessionista" há muito tempo. Afinal, nem sempre os números no contracheque batem com as etiquetas de preço dos objetos do desejo...

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