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Arquivo para junho 2012

Os mísseis no telhado

Paula Adamo Idoeta | 15:30, sexta-feira, 29 junho 2012

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O que você acharia de ter um monstrengo militar parecido com este no topo do seu prédio?

Alguns moradores de Londres não gostaram muito da ideia.

Esses mísseis antiaéreos estão entre as propostas estudadas pelo Ministério da Defesa britânico para garantir a segurança dos Jogos Olímpicos de Londres, como a ý Brasil noticiou recentemente.

A ideia, ainda em avaliação, é instalar os mísseis no alto de até seis edifícios londrinos, como prevenção para algum ataque terrorista, por exemplo.

Mas nesta quinta-feira os habitantes do Fred Wigg Tower, dos prédios que poderiam receber o artefato militar, entraram na Justiça contra o projeto, alegando não terem sido consultados e terem seus direitos humanos violados.

"É incrível que o Ministério da Defesa ache aceitável que homens, muhereres e crianças moradores de uma área densamente povoada no leste de Londres tenham que viver com mísseis altamente explosivos sobre sua cabeça", disse ao jornal Evening Standard o advogado responsável pela ação, Martin Howe.

Em uma entrevista prévia ao jornal Telegraph, Michael Clarke, um dos responsáveis pela segurança dos jogos, disse que se os mísseis de fato forem instalados e chegarem a ser disparados para interceptar um ataque, "destroços vão sair voando, sem dúvida. Mas isso é relativamente menos perigoso do que permitir que um ataque ocorra".

Pode tocar

Paula Adamo Idoeta | 10:01, sexta-feira, 29 junho 2012

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Pianos convidativos nas ruas de Londres: 'Toque-me, sou teu'

Ao andar pelas ruas de Londres, você pode se deparar com um piano deixado ali, a céu aberto, no meio da praça.

São no total 50 pianos espalhados pelo centro da cidade até 13 de julho, sob o slogan "Play me, I´m yours" (Toque-me, sou teu).

Trata-se de uma reedição do projeto Street Pianos, que acontece em várias cidades do mundo (já rolou em São Paulo em 2008).

O traz alguns vídeos e fotos das sessões musicais dos pianos de rua.

PS: As meninas da foto acima estavam tocando "I´m yours", de Jason Mraz.

Como dizia o poeta...

Paula Adamo Idoeta | 15:46, quinta-feira, 28 junho 2012

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Poemas sendo jogados de helicóptero sobre os passantes de Southbank

Uma trupe de 204 poetas internacionais está em Londres, representando os países participantes das Olimpíadas em um dos muitos eventos culturais olímpicos da capital britânica.

Trata-se do "Poetry Parnassus", um festival poético londrino que está sendo realizado até 1º de julho no centro cultural Southbank.

O Brasil está sendo representado pelo poeta, professor e tradudor brasileiro Paulo Henriques Britto.

Para comemorar o evento, 10 mil poemas, no formato de marcadores de livro, foram jogados do céu de helicópteros sobre Londres. Assista ao vídeo da ý em inglês aqui.

Alguns dos poetas participantes vieram à redação do Serviço Mundial da ý nos dar um gostinho de como está sendo o evento em Southbank. Eles recitaram seus poemas em suas próprias línguas. De uma tacada só, jornalistas do mundo inteiro escutaram poetas do mundo inteiro, lendo seus poemas em espanhol, inglês, persa, árabe.... e português.

Brasileiro Paulo Henriques Britto (centro), entre os demais poetas internacionais que leram seus poemas na ý e num evento cultural em Londres

Contagem nos detalhes

Camilla Costa | 10:09, quinta-feira, 28 junho 2012

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Pouco a pouco, a cidade vai se revestindo completamente de símbolos olímpicos. Na última semana, bandeiras de diversos países foram colocadas na Regent Street, no centro, como mostramos em um post anterior.

Na manhã da terça-feira, as sinalizações dentro das estações de metrô já apareceram com interferências que mostravam os locais mais importantes para os torcedores.

Ontem foi a vez dos anéis olímpicos serem oficialmente "pendurados" na Tower Bridge, um dos cartões postais da cidade, para marcar a contagem regressiva: falta um mês para os Jogos Olímpicos de 2012.

Em entrevista à ý, o prefeito de Londres, Boris Johnson respondeu à pergunta do jornalista ("Estamos prontos mesmo?") com seu otimismo característico, que volta e meia é criticado pelos londrinos: "Estamos mais prontos do que qualquer cidade-sede jamais esteve". Assista ao vídeo.

É melhor estarem mesmo, já que 80% dos ingressos - cerca de 7 milhões - já foram vendidos, segundo dados divulgados ontem.

Faremos a nossa contagem por aqui também, com os novos detalhes que vão aparecendo na capital!

Se essa moda pega

Paula Adamo Idoeta | 13:40, quarta-feira, 27 junho 2012

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Em meio às comemorações do jubileu da rainha e às Olimpíadas, os londrinos estão vendo muitos motivos para usar as cores da sua bandeira.

Tanto o perfil de Elizabeth 2ª como a Union Jack (bandeira do Reino Unido) ilustram várias dezenas de produtos expostos nas vitrines da cidade, como camisetas, óculos, bolsas, latas de biscoito, canecas...

Ilustram também as roupas de alguns londrinos mais ousados - ou quem sabe patrióticos?

Repare na saia dessa moça, passeando por Southbank, na beira do rio Tâmisa

Figuraças de Londres: 'Prefiro a diversidade à segurança'

Paula Adamo Idoeta | 09:49, quarta-feira, 27 junho 2012

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Matt se faz de estátua até que alguém passe distraído por ele

A figura ao lado é Matt Waters, 48 anos, de Brighton, que me conta que trabalha como artista performático há 28 anos.

Conheci Matt durante uma visita ao Spitalfields Market, um mercado bacana no leste de Londres, e pedi uma entrevista.

Observá-lo por apenas alguns minutos é algo bem divertido: pintado de negro dos pés à cabeça, ele se faz de estátua, à espera de suas "vítimas" - geralmente alguém distraído que, logo depois de passar por ele, recebe um tapinha na nuca. Os mais distraídos reagem com um grito de susto, seguido de algumas risadas. Quem lhe dá moedinhas recebe em troca uma reverência.

Sempre tive curiosidade de saber se dá pra sobreviver fazendo arte de rua, e Matt me diz que sim. Bem, mais ou menos.

"O mercado (de Spitalfields) é ótimo. Coberto no inverno e quente no verão. Mas está ficando cada vez mais vazio, antes era lotado de gente. As pessoas estão sem dinheiro para pequenos luxos."

Num dia muito bom, Matt diz que consegue receber cerca de 150 libras (quase R$ 500) de gorjeta, mas diz que essa quantia chegava a ser mais de o dobro disso há uns cinco anos, época de mais bonança econômica na Grã-Bretanha.

Além das performances de rua, ele é contratado para animar festas de aniversário, casamentos e eventos corporativos (nesta quinta, vai vestido de juiz para animar uma festa de advogados). Conta ter viajado a trabalho para países como Rússia, Itália, Grécia e Croácia (tem até um site: www.mechanicalfracture.com).

No dia em que o vi em ação, as reações - das "vítimas" dos tapinhas e dos espectadores - foram apenas de riso.

Tem gente que fica brava? "Muitas", ele responde. "Teve gente que chutou o meu pires (de moedas), disse que eu era um homem patético e um mendigo. Não estou mendigando, você me dá dinheiro se quiser. Mas ao trabalhar na rua você tem que se acostumar com essas coisas."

Mesmo com os contratempos, Matt afirma que "ama" sua rotina, ou a falta dela. "Quero fazer isso até meus 70 anos. Você nunca sabe como vai ser o seu dia, e isso faz de você um artista melhor - você tem que ser bom para ganhar dinheiro. Sou do tipo que prefere a diversidade à segurança de um trabalho fixo."

Um 'penetra' brasileiro entre os vinhos olímpicos

Camilla Costa | 16:46, terça-feira, 26 junho 2012

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Os vinhos serão vendidos por 4,50 libras no estádio olímpico

Provando que quer fazer uma Olimpíada com tudo o que tem direito apesar da crise (talvez até mesmo por causa dela), Londres terá mais uma novidade: os vinhos olímpicos.

É a primeira vez desde que as Olimpíadas modernas começaram, em 1896, que os Jogos terão vinhos oficiais vendidos para os torcedores no estádio olímpico e, provavelmente, na maioria dos locais de competição.

Até aí tudo bem para os ingleses. Mas eles se surpreenderam mesmo ao saber que um desses vinhos seria brasileiro.

"É bastante incomum, mas é também um aceno para o país que vai receber a próxima Olimpíada", disse Michael Saunders, o diretor executivo da importadora londrina Bibendum, à revista especializada Harpers Wine&Spirits Trade Review.

A surpresa se deve ao fato de que os vinhos brasileiros são muito pouco conhecidos por aqui. E é possível que continuem assim mesmo após os Jogos, já que os rótulos originais não visíveis.

As garrafinhas de 187 ml importadas pela empresa - são cerca de um milhão de garrafas de cada um dos três vinhos - são personalizadas com as cores da bandeira dos países produtores.

O brasileiro é um shiraz tempranillo que é produzido na vinícola Fortaleza do Seival, na região da Campanha gaúcha, e se juntará a um vinho branco chenin blanc e a um rosé, ambos da África do Sul. As garrafas custarão cerca de 4,50 libras (R$ 14,50).

Mas a grande pergunta é: você tomaria vinho em pleno verão inglês (se bem que, mesmo no verão, o clima pode estar pra vinho mesmo) assistindo a uma partida de vôlei de praia ou a uma competição de atletismo?

Se você, leitor brasileiro acostumado a ter a cerveja como parceira no jogo de futebol, ficou em dúvida, saiba que os ingleses também estão.

Um dos críticos do jornal londrino Evening Standard, Andrew Neather, foi conferir a sofisticação dos vinhos olímpicos e sentenciou: "Eles são inofensivos e vão agradar às multidões, sem dúvida. Mas se eu conseguisse ingressos para os Jogos, eu provavelmente ficaria com a cerveja".

Aeroportos e suas polêmicas

Paula Adamo Idoeta | 10:55, terça-feira, 26 junho 2012

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Heathrow, que muitas vezes opera em sua capacidade máxima, enfeitado para receber turistas olímpicos em Londres (Foto: AP)

Não é só no Brasil que a expansão de aeroportos - ou a ausência dela - gera debates acalorados entre governo, companhias aéreas, ambientalistas e cidadãos.

Aqui na Grã-Bretanha se discute há anos a possibilidade de construção de uma terceira pista no já saturado aeroporto londrino de Heathrow, o maior da Europa.

Quando opera em sua capacidade máxima, algo que acontece em boa parte do tempo, Heathrow registra 44 decolagens e 43 pousos por hora, segundo o jornal The Independent.

Nesta segunda-feira a discussão em torno do tema esquentou: a Aviation Foundation, um grupo que reúne aeroportos e empresas aéreas, veio a público pressionar o governo a liberar os planos de construção (abandonados em 2010) da tal terceira pista, criticar o que chamam de "crise de capacidade" aérea e pedir políticas duradouras para o setor.

Ao mesmo tempo, a secretária de Transportes, Justine Greening, deu uma entrevista ao jornal The Evening Standard dizendo que uma eventual terceira pista seria apenas um "remendo" insuficiente e dando indícios de que poderia apoiar a construção de um novo aeroporto, ainda em debate, nos arredores do rio Tâmisa.

Ao mesmo tempo, moradores da região de Heathrow temem o excesso de barulho e de tráfego com uma eventual nova pista, que traria anualmente 60 mil novos voos e 20 milhões de passageiros, segundo o Evening Standard.

Do seu lado, grupos ambientalistas dizem que é um "mito" a ideia de que a Grã-Bretanha precisa de mais pistas ou aeroportos para aquecer a economia e que eventuais expansões trarão poluição, danos às comunidades nos arredores e atrasos no combate às mudanças climáticas.

O debate tende a aumentar até julho, quando o governo deve publicar suas propostas para o setor aéreo e lançar consultas sobre a expansão aeroportuária.

Olha pro céu, meu amor

Camilla Costa | 17:50, segunda-feira, 25 junho 2012

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Londres não teve São João, mas as ruas do centro estão cobertas com outro tipo de bandeiras.

Esta é a vista que temos da Regent Street, que cruza Oxford Circus, uma das avenidas mais movimentadas do centro.

Até meados da semana passada, metade destas bandeiras eram Union Jacks, as bandeiras do Reino Unido, ainda comemorando o Jubileu de Diamante da rainha Elizabeth 2ª e celebrando a "britanidade".

Agora, a cinco semanas dos Jogos, elas foram substituídas por bandeiras de todas as 204 nações participantes.

Estamos quase lá!

Quanto vale uma vista?

Paula Adamo Idoeta | 11:09, segunda-feira, 25 junho 2012

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Vista de Londres do alto de um shopping center no distrito financeiro de Londres - onde subi sem pagar nada

Londres acaba de ganhar mais uma atração nas alturas: a Arena O2, um grande e conhecido espaço de shows e atrações musicais no sudeste da cidade, abriu o seu teto para visitação, oferecendo uma vista da parte leste da cidade e dos arredores do rio Tâmisa.

Mas a novidade me fez perguntar: Quanto vale uma bela vista da cidade?

A entrada no teto do O2 parece interessante - dura 90 minutos, conta com um guia, roupas especiais e cabos de segurança, já que os visitantes não têm apoio para as mãos -, mas é cara: custará 22 libras (mais de R$ 70) por visitante.

A visita à torre Orbit, tema de um post anterior aqui no Londonices e com vista para o leste de Londres, também não sai por muito menos: 15 libras para adultos e 7 libras para crianças.

O preço despertou críticas do próprio autor da escultura, Anish Kapoor. "Francamente, 15 libras é dinheiro para diabo", declarou o artista em maio. "(A escultura) precisa se pagar, e há equações a serem feitas, mas (é preciso) manter os custos baixos e fazer dela o mais acessível dentro das possibilidades."

A famosa roda-gigante London Eye, à beira do rio Tâmisa e com uma vista espetacular do centro da cidade, custa quase 19 libras.

Claro que, em todas as atrações listadas, você paga por muito mais do que a vista: paga pela experiência, pelos custos de manutenção do local, pela mão de obra....

Mas, para quem não quiser colocar a mão no bolso, digo que visitei pelo menos três lugares com uma ótima visão de Londres no alto, sem pagar nada: o parque de Hampstead Heath, no norte da cidade, o parque de Greenwich, no sudeste, e o topo do shopping center One New Change, no distrito financeiro da cidade, onde tirei a foto que ilustra este texto.

Pubs, pints e impostos

Paula Adamo Idoeta | 18:10, sexta-feira, 22 junho 2012

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Frente de bolacha de copos de pub pedindo adesão a campanha anti-imposto

Aqui, o verso da bolacha

Em um pub do centro londrino, me deparei com uma bolacha de cerveja promovendo um abaixo-assinado contra impostos que recaem sobre o "pint" (algo próximo de um chope, ainda que os amantes da bebida certamente não vão gostar da tradução).

A campanha reclama de aumentos de impostos acima da inflação, que afetariam "uma grande tradição britânica" - a ida ao pub - e ameaçariam os empregos desses estabelecimentos.

Achei curioso não apenas pela campanha em si (e pelo uso da bolacha para promovê-la), mas porque ela é sintomática do momento econômico da Grã-Bretanha, cuja economia está oficialmente em recessão.

Aumentos de impostos e cortes de gastos estão entre as medidas de austeridade adotadas pelo governo para recuperar o crescimento.

Outro exemplo disso é a primeira greve em 40 anos da Associação de Médicos britânicos, em protesto contra planos para que eles aumentem os pagamentos a seus fundos de pensão e para que contribuam por mais tempo. Eles prometeram fazer apenas os atendimentos emergenciais.

Carros, pedestres e bikes misturados em uma rua experimental

Paula Adamo Idoeta | 12:19, quinta-feira, 21 junho 2012

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Exhibition Road aboliu os códigos comuns que separam passantes de veículos (Foto: Romazur-Wikimedia Commons)

Carros, pedestres e bicicletas conseguem dividir o mesmo espaço?

Essa é uma das propostas da Exhibition Road, uma bela e recém-remodelada avenida numa das partes mais nobres de Londres.

A avenida aboliu os códigos tradicionais - calçadas, guias, asfalto - que marcam os espaços de veículos e passantes em ruas tradicionais. Em vez deles, temos um grande espaço compartilhado em faixas pretas e brancas de granito. Trata-se de uma espécie de experimento urbano londrino.

A primeira vez que li sobre a Exhibition Road foi numa coluna do respeitado jornalista Roger Cohen, do New York Times, elogiando o que ele chamou de "a obra mais significativa do ponto de vista social" da capital britânica e a "maior mostra do embelezamento de Londres".

De fato, é uma belo espaço urbanístico, não apenas pela rua em si, mas por seu entorno: ela liga o Hyde Park, na altura da casa de concertos Royal Albert Hall, até a estação de metrô de South Kensington, passando por alguns dos mais lindos museus de Londres (o de História Natural e o Victoria & Albert). Um ótimo lugar para passear (eu já fiz o trajeto a pé e de bicicleta), em uma das zonas mais caras e turísticas da cidade (ali perto fica também a icônica loja Harrods).

Uma reportagem no jornal The Guardian conta que a revitalização da rua - que havia sido dominada por carros - visava retomar sua exuberância original: em 1851, ela foi a principal rota de acesso à Grande Mostra de Londres.

Claro que nem sempre o compartilhamento de espaço ocorre de forma pacífica: por acaso, há pouco mais de um mês, testemunhei uma bicicleta sendo atropelada por um ônibus justamente no cruzamento da Exhibition Road (felizmente ninguém ficou ferido, e o único dano foi à bicicleta e aos que ficaram parados no trânsito).

Mesmo assim, me parece um tipo de experimento urbano interessante para inspirar intervenções nas cidades brasileiras.

Escultura olímpica

Paula Adamo Idoeta | 13:41, quarta-feira, 20 junho 2012

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A torre Orbit, que dominou a vista de Stratford, no leste de Londres (foto: PA)

"Esta é a mais ambiciosa peça de arte pública que este país já viu". Assim a ý em inglês descreveu a torre Orbit, a enorme escultura que adorna os arredores do Parque Olímpico de Londres, no leste da capital.

Criada pelo artista Anish Kapoor, a custos equivalentes a R$ 73 milhões, a torre de aço é o tema de um programa The Culture Show, da ý 2.

O programa mostra, entre outras coisas, pessoas comuns subindo os 115 metros de altura da obra e admirando a bela vista que ela proporciona do leste londrino.

Escultura provocou reações de amor e ódio (Foto: Reuters)

"Literalmente amei. Nunca tivemos nada parecido com isto", disse uma visitante.

Em contrapartida, em uma visita a Stratford, bairro que abriga o Parque Olímpico, conversei com alguns "eastenders" (como são chamados os moradores do leste de Londres) que odiaram ter sua vista dominada pela enorme estrutura de aço.

E você, o que acha da escultura? Gostaria de ter algo semelhante no Rio, por exemplo?

Quando jornalistas viram tietes

Camilla Costa | 17:19, terça-feira, 19 junho 2012

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Suu Kyi dá entrevista na sede da ý

Não é só com astros do esporte e celebridades em geral. Os jornalistas volta e meia também perdem a compostura e dão uma de fãs na presença de líderes regionais, ativistas, chefes de Estado ou pessoas que, de algum modo, foram notícia para nós.

Nesta terça-feira, a dissidente birmanesa e Nobel da Paz Aung San Suu Kyi veio à nova sede da ý em Oxford Circus, no centro de Londres, para agradecer aos jornalistas pela cobertura na época em que foi libertada da prisão domiciliar em Mianmar.

Todos queriam mostrar que viram a ativista

Eu estava de plantão no dia da libertação de Suu Kyi, um sábado. Me lembro de acompanhar pela TV a emoção do momento em que ela foi recebida por seus partidários, e do sufoco para produzirmos - eu e minha editora, somente - as matérias sobre a situação.

A primeira entrevista de Suu Kyi, conhecida mundialmente pelo ativismo pró-democracia no país, governado por uma junta militar - foi concedida à ý. Pouco depois de ser libertada, ela foi tema do filme "The Lady" estrelado pela atriz Michelle Yeoh. A banda irlandesa U2 também já havia feito uma música para ela, "Walk on".

Aqui no nosso prédio, jornalistas se aglomeraram em frente ao estúdio onde ela estava sendo entrevistada, tirando fotos. Um ou outro mais afobado tentou entrar para cumprimentá-la, sem sucesso.

Até nós!

Ao sair, ela recebeu flores e foi levada para a redação do serviço birmanês, que fez questão de visitar - aqui no 5° andar, onde fica o Serviço Mundial da ý.


Em meio ao alvoroço, uma jornalista britânica que também tirava fotos comentou "É como se tivéssemos os Beatles na redação!". Para o Serviço Mundial, é quase isso.

Veja o perfil de Suu Kyi que fizemos na ý Brasil.

Será que o metrô de Londres aguenta?

Paula Adamo Idoeta | 14:26, terça-feira, 19 junho 2012

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Uma das campanhas do metrô estimulando bikes, rotas alternativas, e caminhadas

Em comparação com a maior cidade brasileira, o sistema de transporte londrino se sai bem melhor em categorias como alcance da rede, tecnologia e até qualidade do serviço. Dou exemplos: enquanto São Paulo tem 74 km de metrô, Londres tem 400 km, integrados a um amplo sistema de trens e overgrounds (metrô de superfície).

O sistema de ônibus faz inveja a esta paulistana: todas as paradas explicitam quais linhas passam por lá, qual seu trajeto, se a linha funciona durante a noite, etc.

Uma vez dentro do ônibus, um alto-falante automatizado avisa cada ponto pelo qual você passa.

Tudo isso torna a viagem bem mais fácil, ainda mais para um estrangeiro que, como eu, ainda está conhecendo a cidade.

Mas nem mesmo o sistema de transporte londrino está livre de seus momentos "estação da Sé na hora do rush". Vários trechos do metrô estão claramente saturados em horários de pico. Isso sem contar as linhas que, mais antigas, são mais lentas e têm de ser parcialmente fechadas para melhorias, causando lentidão e transtornos.

Minha experiência: para ir de casa ao trabalho (do oeste ao centro da cidade), por volta das 8h30, já tive de esperar três carros do metrô passarem antes de chegar um em que eu conseguisse entrar.

Fila na estação Oxford Circus na hora do rush, no final da tarde

E nem tente pegar o metrô às 18h em Oxford Circus (um dos pontos mais movimentados do centro da cidade) - a fila de pessoas é tamanha que sobe pela escada da estação e vai parar na rua.

Com as Olimpíadas de Londres se aproximando e a cidade se enchendo de turistas no verão, a situação tende a piorar bastante.

Tanto que o Transport for London, órgão público que organiza o transporte público da cidade, lançou uma campanha advertindo os usuários que o sistema vai ficar mais "apertado". Uma série de cartazes (veja ao lado) sugere que as pessoas caminhem mais, façam alguns percursos de bicicleta, procurem rotas alternativas e evitem trechos que serão muito demandados durante os Jogos (por exemplo, o trecho leste da Linha Central, que leva ao Estádio Olímpico).

Ou seja, até mesmo com um sistema de transporte amplo os britânicos estão preocupados com o excesso de demanda comum a qualquer grande evento.

O ano de Londres

Paula Adamo Idoeta | 11:20, terça-feira, 19 junho 2012

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Londres, que já é uma cidade multicultural e muito movimentada, está especialmente cheia de vida e de notícias em 2012.

No ano dos Jogos Olímpicos, Londres é palco também das comemorações pelos 60 anos de reinado da rainha Elizabeth 2ª e de uma das maiores crises econômicas do período pós-guerra.

Para mostrar o que está acontecendo na capital, a ý lança hoje o blog Londonices.
Nele, vamos trazer um pouco de tudo: mudanças urbanas a polêmicas relacionadas à administração da cidade, grandes (e pequenos!) eventos culturais a curiosidades do dia-a-dia da capital britânica que chamam a atenção desses quatro olhos brasileiros que lançam nessa missão.

Este blog é uma continuação do ý Esportes, mas os esportes são apenas um elemento da nossa cobertura - quem realmente vai estar sob os holofotes aqui é a cidade-sede da Olimpíada e tudo o que ela pode nos ensinar e antecipar para o próximo evento olímpico, no Rio de Janeiro, em 2016.

Convidamos você a acompanhar o Londonices diariamente, mandar suas sugestões e fazer seus comentários. Seja bem-vindo a Londres 2012!

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