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Arquivo para setembro 2009

Rio x Chicago...Lula x Obama

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Bruno Garcez | 17:39, sábado, 26 setembro 2009

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lulahonduras.jpgO Brasil vai a campo com um craque e aquele que é talvez hoje seu maior garoto propaganda.

Os Estados Unidos nem pretendiam convocar o seu craque, que ia ficar em casa treinando para outras partidas. Mas de última hora, confirmou-se que ele vai participar da disputa.

E contarão também sua esposa, uma senhora notória por sua elegância, eloquência e braços dignos de uma atleta.

E a disputa tem ares de amistoso, mas um título honroso está em jogo, o de sediar os Jogos Olímpicos de 2016.

O Brasil, como bem lembrou o presidente-garoto-propaganda durante entrevista coletiva concedida em Pittsburgh, após a conclusão da cúpula do G20, nunca sediou nenhuma Olimpíada.

Já os Estados Unidos, recorda o mesmo, já foi sede de 4 Jogos Olímpicos e de 4 Jogos de Inverno.

Um placar de 8 x 0 pede um reforço. E é o que o Brasil se propõe a fazer, escalando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa, dona Marisa, para acompanhar o sorteio em Copenhague, da cidade que irá sediar as Olimpíadas, dentro de 6 anos.

Em Pittsburgh, Lula e Obama brincaram sobre o tema.

O americano fez menção ao fato de que o Brasil deu preferência a comprar caças franceses em vez de americanos. E mandou um chiste para cima do "técnico" da equipe adversária:

"Por isso, vou brigar por Chicago com mais vontade". Lula nem esperou a bola quicar e mandou: "Poderá ser a sua segunda derrota".

Bem-humorado, o presidente driblador estava brindando a imprensa com tiradinhas. Fez uma divertida comparação com as dificuldades enfrentadas pelo Brasil para conseguir entrar no Conselho de Segurança da ONU.

"É como um baile que tem mais cavalheiro do que dama, ninguém vai querer deixar mais homem entrar."

Como em todo bom clássico, os envolvidos procuram não demonstrar salto alto. Eis o que disse Lula:

"Acho que o Rio tá bem. Acho que pode ser que aconteça de o Rio não ganhar."

Mas para garantir que isso não aconteça, o líder da Seleção, digo do país, busca aliados até em times adversários.

"Uma coisa importante. Eu até marquei um jantar com o (primeiro-ministro espanhol José Luís Rodríguez) Zapatero lá em Copenhague porque tem que começar a pensar no segundo turno. Tem que fazer como em campanha política."

A Madri de Zapatero é uma das cidades nesse torneio para sediar os Jogos, mas é considerada um azarão.

Mas como todo técnico que se preza, além da modéstia e da prudência, Lula também manifestou confiança em seu escrete.

Se o Rio sair derrotado, a explicação só pode ser uma...errou o juiz.

"Será a primeira vez que derrotam uma cidade sem explicações. Porque a proposta do Rio é infinitamente melhor, os compromissos são muito grandes, feitos pela Prefeitura, Estado e União."

No Brasil, a galera também gosta quando o jogador resolve fazer uma graça. E o presidente encerrou a sua participação em campo com uma:

"Qual a cidade do mundo que pode oferecer uma hidromassagem a mar aberto como o Rio de Janeiro?"

É raiva ou é raça?

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Bruno Garcez | 13:41, quinta-feira, 17 setembro 2009

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joewilson.jpgA Casa Branca negou que tenha sido isso. Mas várias pessoas por aqui dizem que só pode ser isso.

Cresce cada vez mais o número de políticos e ativistas da esquerda americana que afirmam que as críticas iradas que tem sido voltadas contra o presidente Barack Obama são motivadas pela cor da pela do líder americano.

O mais recente a dizê-lo foi o ex-presidente Jimmy Carter, em relação ao congressista republicano Joe Wilson, que interrompeu um pronunciamento do líder americano no Congresso aos gritos de ''Você mente''.

A opinião dele é endossada pelo ex-prefeito de Washington Marion Barry, um dos primeiros negros a exercer a prefeitura de uma grande cidade americana.

O humorista Bill Cosby chegou a dizer que as cenas que tem sido vistas em protestos contra o projeto de saúde universal de Obama lembram as cenas do filme O Nascimento de Uma Nação, de DW Grifith, que oferecia um retrato bem favorável da Ku Kux Klan.

Não fica só nisso. Aqui e ali vê-se caracterizações de Obama que utilizam inúmeros estereótipos negativos ligados aos negros nos Estados Unidos.

A presidente de um grupo de mulheres republicanas enviou um folheto recentemente que mostrava um jumento com a cabeça de Obama, cercado por galinha frita da Kentucky Fried Chicken, uma fatia de melancia e costeleta de porco assada.

Os manifestantes que têm ido às ruas para protestar visceralmente contra o plano de saúde do líder americano vêm ostentando cartazes em que Obama é visto com um bigodinho de Hitler, com uma suástica ao lado, e nos quais ele é chamado de socialista - em um deles com a maquiagem borrada idêntica à do personagem Coringa, do Batman mais recente.

Alguns vão além, e chegam colocar mensagens como ''Teddy (Kennedy), leve Obama com você''. E outros até mesmo levaram e ostentaram armas de fogo para a porta de assembléias populares nas quais o líder americano estava presente.

E, claro, vale lembrar o pastor batista Steven Anderson, que disse durante uma missa a seus fiéis que odiava Obama e torcia para que ele morresse.

Todas essas manifestações podem até não ser motivadas por racismo, e é sempre muito difícil tentar apontar se é ou não o preconceito que move determinada ação.

Até porque nem sempre aqueles que manifestam idéias marcadas pelo ódio fazem-no de forma assumida, consciente.

Mas em um país em que quatro presidentes já foram assassinados enquanto exerciam seu mandato, o discurso de ódio extremo desperta um temor bem concreto.

O de quando várias pessoas começam a torcer para que o presidente dos Estados Unidos morra, possa também surgir alguém disposto a contribuir para que isso aconteça.

Tranquem as crianças!

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Bruno Garcez | 13:03, terça-feira, 8 setembro 2009

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socialistteaparty.jpgFaçam seus deveres de casa, se esforcem na escola, não respondam ao professor, não matem aulas e lavem as mãos com frequência.

Essas são algumas das mensagens contidas no discurso do presidente Barack Obama dirigido às crianças americanas.

A data do pronunciamento, esta terça-feira, coincide com a volta às aulas em todo o país.

O teor do discurso só foi revelado pela Casa Branca na segunda-feira.

Mas semanas antes de se saber qualquer coisa a respeito do conteúdo, os conservadores de todo o país já haviam se colocado em pé de guerra.

Eles acusavam o líder americano de estar tentando doutrinar suas crianças e de procurar passar uma mensagem socialista, em defesa de seu projeto de reforma de Saúde.

Mas no que eles se baseavam exatamente para fazer tais acusações? Um mistério.

É bem verdade que a secretaria de Educação cometeu um deslize, ao pedir que alunos escrevesem ao presidente dos Estados Unidos, indagando de que maneira eles poderiam ajudar o líder americano.

Pronto, bastou isso. Eis que, mesmo sem se saber uma única vírgula do que Obama falaria, já havia a suspeita de que um movimento de lavagem cerebral nas crianças americanas estava a pleno vapor.

Outro mistério é se, de fato, os conservadores que vieram a público dizer que temiam pela corrupção da infância americana tinham mesmo esses temores ou estavam só tentando incitar outros a pensar dessa maneira.

Mas a ação deles parece estar em sintonia com outras coisas que vêm acontecendo por todo o país nos últimos dias.

Como um senhor que compareceu com uma arma automática AR-15 a uma das assembléias populares comandadas pelo líder americano, o pastor batista que disse rezar para que Obama morra ou as sucessivas reportagens exibidas no programa de Glenn Beck, no qual ele mostra obscuras milícias negras que vêm surgindo nos Estados Unidos para defender o governo do primeiro líder afro-americano dos Estados Unidos.

Quem parece ter melhor identificado o que está se passando foi uma moça que fez uma intervenção tresloucada em uma dessas assembléias populares, ao dizer que não queria viver em um país como a Rússia e que o governo democrata havia ''despertado o monstro''.

A jovem em questão tinha argumentos dignos de um interno de hospital psiquiátrico, mas ela parece ter identificado o que está se passando.

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