Depois do Egito, EUA enfrentam novo desafio com crise no Bahrein
Uma semana depois da queda do presidente egÃpcio Hosni Mubarak, forçado a renunciar após 18 dias consecutivos de protestos contra seu governo, os Estados Unidos assistem agora a crescentes manifestações populares contra outro aliado importante.
Diante da notÃcia de que pelo menos quatro manifestantes foram mortos e mais de 300 ficaram feridos na repressão aos protestos no Bahrein nesta quinta-feira - outros dois já haviam morrido ao longo da semana -, o governo americano se encontra novamente na difÃcil situação de dosar sua resposta aos fatos.
A imprensa americana está repleta de análises sobre como a demora em denunciar os acontecimentos no Bahrein poderá ter um impacto negativo na reputação americana.
O governo já foi criticado por alguns setores por ter demorado a se posicionar claramente sobre a crise no Egito.
"O governo Obama levou muito tempo para encontrar seu tom sobre o Egito. Isso é parcialmente compreensÃvel, devido aos investimentos estratégicos do paÃs no Egito. Mas o custo para a reputação americana pode ser alto", diz um editorial do jornal The New York Times.
Nesta quinta-feira, com as notÃcias sobre a escalada da violência no Bahrein, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, manifestou "profunda preocupação" em um telefonema ao ministro de Relações Exteriores do paÃs e pediu que as autoridades contenham a violência.
Hillary também pediu "mudanças significativas e reais" no paÃs, descrito por ela como "um amigo e um aliado".
O presidente Barack Obama, porém, ainda não se pronunciou. Alguns analistas chamam a atenção para o contraste entre a rapidez de Obama ao condenar a repressão à ²õ manifestações desta semana no Irã, que também deixaram mortos, e o silêncio até agora sobre o Bahrein.
Assim como o Egito de Mubarak, o Bahrein, governado pelo rei Hamad bin Isa al-Khalifa, é um parceiro estratégico do governo americano na conturbada região do Oriente Médio, inclusive nos esforços para conter as ambições do Irã.
O pequeno paÃs do Golfo Pérsico abriga uma base da Quinta Frota Naval dos Estados Unidos e já foi elogiado recentemente por Hillary Clinton "pelo comprometimento do governo com um caminho para a democracia".
No entanto, a população, de maioria xiita, demonstra descontentamento com a monarquia sunita que comanda o paÃs. Os protestos desta semana, impulsionados pelos levantes que derrubaram os governos na TunÃsia e no Egito, exigem reformas, empregos, moradia e uma nova Constituição.
Os manifestantes querem um Parlamento mais representativo e um gabinete sem a presença do primeiro-ministro Khalifa bin Salman Al-Khalifa, há 40 anos no poder.
Assim como no caso do Egito, os Estados Unidos voltam a enfrentar o dilema entre apoiar um aliado importante ou os ideais de democracia que defendem.
"A maneira como o governo agir em relação ao Bahrein provavelmente será um indicador de como vai lidar com o equilÃbrio entre proteger seus interesses estratégicos e promover a democracia", escreveu o New York Times.
"Um equilÃbrio que alguns crÃticos dizem nunca ter sido propriamente atingido nas por vezes desastrada resposta ao tumulto no Egito", diz o jornal.
°ä´Ç³¾±ð²Ô³Ùá°ù¾±´Ç²õDeixe seu comentário
Os defensores da DEMOCRACIA, da LIBERDADE e dos direitos individuais tem como seus principais aliados ditaduras...
Na América Latina o eixo do mal é formado pela Cuba, Venezuela, Equador e BolÃvia...
Na Venezuela há eleições com voto não obrigatório... o serviço militar tembém não é obrigatório... mas segundo os EUA... é uma ditadura!!!!
Americanos agem sempre como americanos, tudo tem um interesse implÃcito, nada mais do que isto, ou alguém duvida.