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Arquivo para fevereiro 2009

O Show de Goody

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Neli Pereira | 14:19, segunda-feira, 23 fevereiro 2009

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goody_226.jpg O casamento da ex-Big Brother Jade Goody, que sofre de câncer e recebeu recentemente dos médicos a notícia de que tem apenas alguns meses de vida, foi destaque na mídia britânica nesse final de semana - como prevê o contrato.

Goody, que foi diagnosticada com câncer no colo de útero enquanto participava da versão indiana do Big Brother e anunciou a doença no confessionário do programa, vendeu os direitos de imagem do casamento a uma revista por £700 mil (R$ 2,5 mil) e a uma rede de televisão por £100 mil (R$350 mil).

Além disso, seus últimos dias de vida estão sendo registrados pela mesma rede de televisão e serão transformados em um programa.

O casamento de Goody, se não fosse apenas porque ela está internada e sendo tratada com quimioterapia, ainda tem outro grande apelo público: o marido está sob liberdade condicional e foi liberado por uma noite com autorização da ministra do Interior para passar a noite de núpcias com a esposa. Ele cumpre pena por ter agredido um rapaz de 16 anos com um taco de golfe.

Apesar de toda a atenção da mídia, Goody afirma que não é fama que está buscando, nessas alturas do campeonato, mas um pé de meia para seus filhos, de quatro e cinco anos. Até o premiê Gordon Brown aplaudiu a decisão.

Jade defende a decisão e diz que apenas decidiu fazer, nos últimos meses de vida, o que vinha fazendo nos últimos anos. O que muda, segundo ela, é que ao invés de falar da sua vida à imprensa, estará falando sobre sua morte. E assim como o personagem de Jim Carey no filme O Show de Truman, a vida da ex-Big Brother parece continuar sendo vigiada por uma câmera. Ou, no caso, várias.

Freqüentadora assídua dos reality shows - ela participou de pelo menos outros oito depois do BB3 - Jade se habituou a dividir os momentos íntimos e particulares da sua vida com o público e os britânicos seguiram a sua trajetória nas telas e nas páginas dos tablóides como quem acompanha uma novela.

O drama da luta de Goody contra o câncer e seus últimos meses de vida não serão diferentes. Isso me leva a pensar onde está a linha, já tão tênue, que divide o público e o privado. E para onde essas celebridades instantâneas e alguns setores da mídia levaram o limite da exposição pública. E até que ponto nossas televisões não viraram, de fato, um grande buraco da fechadura, por onde se acompanha a vida alheia.

Já dizia o sábio Itamar Assumpção: "quem cuida da vida alheia, da sua não pode cuidar".

A crise e o dia dos namorados

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Neli Pereira | 12:10, segunda-feira, 16 fevereiro 2009

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namo_226.jpg Enquanto os tambores começam a esquentar para o Carnaval no Brasil, os britânicos celebraram, no último sábado, o Dia dos Namorados, ou Valentine's Day.

Na semana que antecedeu o grande dia, os principais jornais, revistas e websites do país publicaram dicas e mais dicas sobre a melhor maneira de passar o sábado, sozinho ou acompanhado.

Os já bem tradicionais presentes como flores, cartões, noites em hotéis diversos, e as festas para solteiros ou pra quem não quer comemorar, todos vieram com um diferencial nesse dia dos namorados de 2009: como agradar o parceiro ou celebrar o dia da maneira mais barata?

Em meio à crise, o romantismo normalmente associado à data deu lugar a guias e recomendações sobre como celebrar sem gastar muito. Para tentar incentivar o consumo, restaurantes, floriculturas e outros segmentos do comércio bombardearam o consumidor com promoções, descontos e a promessa de um Valentine's Day mais econômico.

Ainda não sei se a tentativa funcionou. O que deu pra perceber é que os restaurantes mais populares estavam cheios e não foi assim tão difícil encontrar uma menina com flores nos braços ao andar pela cidade.

Eu economizei e ainda tive um dia dos namorados pra lá de brasileiro. Feijoada na casa dos amigos, com direito a fogueira pra esquentar e boa companhia - nada de bombons, cartão cor-de-rosa ou flores. E ainda tudo por um precinho bem camarada na onda da vaquinha pra dividir as despesas.

De um jeito ou de outro, brasileiro sempre acha um jeitinho de economizar, se divertir e curtir um carnaval, ou um dia dos namorados, fora de época.

O Chelsea perdeu uma torcedora

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Andrea Wellbaum | 18:10, quarta-feira, 11 fevereiro 2009

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scolari.jpg

Confesso que não sou uma profunda entendedora de futebol e que o pouco que sei aprendi por osmose por ser casada com um corintiano roxo viciado no assunto. Portanto, me aventurar a escrever este blog é realmente um sinal de que fiquei revoltada com a demissão do Felipão do Chelsea e com o que andaram falando sobre ele nesta semana.

Um deles foi que Luiz Felipe Scolari não sabe dirigir clubes, apenas seleções. Aqui na Grã-Bretanha, muitos se esquecem que existe vida abaixo da linha do Equador, portanto, muitos acham que o Felipão foi "apenas" técnico das seleções brasileira e portuguesa e ignoram o fato de ele ter sido campeão em vários torneios importantes (pelo menos para os que vivem abaixo da linha do Equador) com o Grêmio e o Palmeiras...

Um jornal britânico online, o Mirror, elencou dez motivos que fizeram Luiz Felipe Scolari ser demitido, entre eles a perda de apoio dos fãs e dos próprios jogadores, que estariam questionando as táticas e as substituições feitas por ele.

Além disso, o time comandado por ele não estaria perdendo apenas para os grandes clubes, mas também para times menores.

Houve críticas também em relação à insistência em apostar em alguns jogadores, como em Deco, que foi comprado após o que o jornal classificou de uma péssima temporada no Barcelona.

Felipão também teria se tornado um "técnico azarado", já que jogadores importantes do Chelsea se machucaram ou não estavam em sua melhor forma física. Além disso, Felipão teria perdido uma das maiores estrelas do futebol britânico atual quando seu contrato com o Chelsea já estava praticamente fechado: Robinho (que, aliás, mostrou na noite desta terça-feira que o Manchester City fez bem em gastar milhões de libras para convencê-lo a ir para o 'pequeno' clube).

O técnico brasileiro também teria parado de se comunicar com os fãs. Deixou de conceder entrevistas antes e após os jogos e sua dificuldade em se expressar em inglês teria prejudicado seu poder de convencimento de que estava tomando as decisões corretas.

Talvez eu concorde um pouco com o problema de comunicação. Sou uma grande fã do Felipão e sempre que uma entrevista sua era transmitida pela televisão, eu parava para assisti-la, porque adorava seu jeito de falar inglês e como ele ficava mais doce ao se expressar na língua estrangeira. Mas talvez os fãs quisessem um técnico mais "durão" e este jeitinho dele - apesar de fazer eu gostar ainda mais do Felipão - tenha transmitido um pouco de insegurança.

Para quem ficou curioso, aqui vai um trecho de uma das últimas de Felipão pelo Chelsea.

Seja qual for a razão, um outro jornal, o 'Independent', trouxe uma avaliação completamente diferente do que ocorreu na última segunda-feira: o que foi classificada de "brutal demissão" de Felipão teria sido resultado dos caprichos de um bilionário russo, Roman Abramovich, o dono do Chelsea.

O brasileiro seria apenas mais um na lista de técnicos dispensados pelo russo quando o time apresentava sinais de fraqueza. Segundo o autor da coluna do jornal, Abramovich também demonstrou insatisfação com um dos antecessores de Felipão, o português Jose Mourinho - ainda considerado um ídolo entre muitos torcedores do Chelsea - e começou a se intrometer em suas decisões como técnico. Tudo indica que a decisão de mandar Felipão embora tão repentinamente tenha partido unicamente do milionário.

O colunista diz que o que Abramovich ainda não aprendeu foi "deixar um técnico forte comandar", pois é assim que um treinador conquista respeito entre os jogadores, os fãs e a diretoria do clube.

Vou sentir falta do Felipão. E vou torcer contra o Chelsea daqui para a frente!

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