Próxima estação: pronto-socorro?
Desde que virei mãe, passei a fazer parte de um pequeno exército que luta por um espaço de 1 x 2 metros no canto dos ônibus.
De um lado, nós, andarilhas munidas de nossos carrinhos e nossos bebês, geralmente sobrecarregadas de sacolas de supermercado, brinquedos, bolsa de fraldas e nossos próprios pertences. Do outro, senhoras com seus carrinhos de feira, estudantes com malas, outras mães com dois ou três filhos grandes.
Recentemente, comecei a perceber a presença de outros combatentes. Estes, armados pesadamente, desequilibrando a guerra: os donos de cachorro.
Pelas regras, eles deveriam ocupar esse tal canto, sem deixar seus bichos sentarem nos bancos nem obstruÃrem as portas. Mas diante da competição ferrenha, muitos desistem da disputa e levam os animais para o andar de cima ou para o "fundão". Ali se esparramam e deixam, sim, os cães colocarem as quatro patas nas cadeiras.
E não é só nos ônibus que eles andam. Já vi cachorro no metrô e nos trens, em uma situação que para mim é ainda mais intimidadora: e se, entre uma estação e outra, naquele vagão hermeticamente fechado, o bicho resolve ter um chilique?
Pedi ao Transport for London, que administra toda a rede de transporte público da cidade, mais informações sobre a permissão para cachorros como passageiros.
Segundo a empresa, os bichos têm que estar presos pela coleira e não podem se sentar nos bancos. Além disso, qualquer funcionário, motorista ou condutor tem autoridade para recusar um cachorro a bordo.
A Transport for London diz ainda que em bilhões de viagens realizadas a cada ano no metrô, os incidentes são raros, com "apenas quatro pessoas mordidas desde 2007".
Na prática, no entanto, parece que não é bem assim. Não é preciso ser mordido para que a experiência seja traumática. Uma rápida conversa com os colegas aqui da ´óÏó´«Ã½ Brasil mostrou que, como eu, ninguém se sente à vontade com os cachorros no transporte público. E você?
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Não vejo problema algum desde que os cães utilizem focinheiras e que seja delimitado um número de animais por vagão. E claro, que os donos se responsabilizem pela limpeza de eventuais desejos.
Acho que os cegos e as pessoas doentes, que necessitam de um animal de estimação como parte do seu tratamento, se sentem muito à vontade com os seus bichos em espaços públicos.
Eu duvido que tais animais estejam ali apenas para passear, o que com certeza deve ser proibido.
Você poderia ter feito uma pesquisa perguntando qual era o motivo do animal estar presente no transporte público e citar as normas que permitem a sua circulação em tais locais.
E outra, se esses animais forem treinados para acompanharem pessoas necessitadas você pode ter certeza de uma coisa: eles são mais educados e até mesmo mais higiênicos do que alguns humanos.
Também acho chatÃssimo quando estou em qualquer lugar e uma criança mal educada começa a dar birra ou um bebê começa a chorar insistentemente. Muitas pessoas incapazes são mães e pais. O mesmo deve acontecer com donos de cães, claro. Por isso entendo o lado de quem não tem cão e pensa neles como monstros. Mas eles não são.
Gosto de cães e, portanto, sou a favor de que eles tenham seu espaço preservado em locais públicos. Penso, entretanto, que os donos de animais devem ser punidos com a pena pertinente a uma agressão de humano a humano. Caso seus cães agridam alguém, o dono deve ser responsabilizado e até preso.
Aqui onde moro e comum ve-los no transporte publico e nunca me
incomodou e me parece que as pessoas nao se incomodam pois e comum
por aqui. O problema esta nos donos que nao obedecem as regras.
No Brasil onde os animais sao tao maltratados e desrespeitados nao me espanta o seu incomodo.
Infelizmente as regras não são respeitadas, vejo frequentemente adolecentes com seus pittbulls nos onibus permitindo que seus animais subam nos bancos, e quando esta chovendo ( coisa que não é raro nesse paÃs) imaginem como fica a situação dos bancos, isso quando algum desavisado não se senta nesses bancos e sai do onibus com as roupas sujas, o pior é quando vc esta indo pro trabalho ou entrevista de emprego chegar cheirando a cachorro molhado e com as roupas cheias de pêlo. Já os cães guia, não tem nem o que questionar, porque esses não sobem nos bancos, já que são treinados pra usar transporte público.
Eu também moro em Londres e sim, todo dia acontecem coisas que eu gostaria que não acontecessem.
É cachorro que faz cocô no lugar errado, é gente que fala no celular como se estivesse só no mundo, é gente que anda com mais sacolas de supermercado do que dá conta e algumas com bebês que choram e gritam e, mais irritante ainda, mães que não sabem lidar com seus filhos e se tornam elas mesmas fontes de barulho e péssimos exemplos do que um pai deve ensinar para o seu filho e para o filho dos outros.
E no ponto de ensinar, sempre tive para mim jornalismo como uma das profissões de maior responsabilidade que uma pessoa pode ter. Como jornalista, uma pessoa dá um exemplo e tem a sua voz amplificada. As pessoas se miram no exemplo do jornalista e se posicionam.
Eu não sou a favor de banir cachorros do transporte público. Os cachorros tem que se comportar e a responsabilidade disso é do dono. O dono tem que limpar a sua sujeira, zelar pela segurança dos outros e pelo silencio. Também não sou a favor de banir celulares nem crianças.
De fato, eu não sou a favor de banir nada, uma sociedade não evoliu com proibições e confrontos, cresce com cultura, tolerância e com a habilidade que algumas pessoas ainda preservam chamda empatia, que consiste em ser capaz de se colocar no lugar do outro.
Mas se eu fosse banir algo, eu baniria o jornalismo irresponsável que transforma em notÃcia desavenças pessoais e opiniões que surgem apenas quando mudanças e dificuldades surgem na vida pessoal do jornalista.
Isso não é jornalismo, isso é papo de bar e quando se está a favor de cortar liberdades dos outros para o proprio conforto, deve-se estar preparado para ter a propria liberdade cortada.
Eu não estou preparado para ter a minha liberdade reduzida e por isso, continuo respeitando a liberdade de quem quiser ter, e carregar, cachorros, crianças e sacolas.
Acho que os donos de Cães devem entender que nem todas as pessoas gostam de cães, eu tenho um cão e não o levo em transporte público, respeito o espaço dos outros, mas também acho que não tenho de suportar choro de criança mimada, bêbados, e o pior de tudo Fanáticos religiosos pregando insanidades! enfim, verdade é uma só! Somos piores que os cães!
Nossa, assustador o ponto de vista desse artigo.
Eu também moro em Londres, uma cidade cosmopolita onde as diferenças coexistem de uma maneira fantástica. Uma cidade onde não se necessita de carro, pois o transporte público funciona bem e por isso é comum que se veja pessoas com bebês, crianças, cachorros, compras de supermercado, malas de viagem, etc, no ônibus. É assim a vida das pessoas aqui, especialmente das que não tem carro.
Um fenômeno também bastante comum em Londres são mães que se acham no direito de ocuparem a calçada toda com seus carrinhos e 10 filhos, somente porque estão com crianças - e nossa, como é difÃcil ser mãe e ter que andar pra cima e pra baixo sem carro! O mundo tem mesmo que parar quando uma mãe se aproxima com sua maravilhosa criança! Abram alas!
Como muitos aqui disseram, o problema está sempre no responsável: o cachorro que faz coco na rua e o responsável não limpa, a criança chata que fica chutando com seu pezinho o desconhecido sentado ao seu lado no ônibus - e o responsável não faz nada. Ou a criança boazinha mas a chata da mãe fazendo "bilu, bilu" pra ela com voz de retardada durante todo o trajeto do ônibus.
Vale o bom senso, ou common sense, como dizem aqui. Evitar horário de pico no transporte público, ser prático e dar conta de administrar um carrinho de bebê + criança (ou crianças) numa viagem pela cidade sem ter crises. Assim todo mundo coexiste bem. Se o modelo não atende, sempre existe a opção de comprar um carro e ficar longe desse mundo cheio de diferenças! (eu particularmente recomendo o brasileiro reclamão a voltar pro Brasil).
Eu NUNCA tive problemas com cachorros em transporte público - já com algumas crianças e suas mães sem educação não posso dizer o mesmo....
Aqui no Brasil apenas cães-guia são permitidos, mas eu acho que deveria ser permitido qualquer animal com o acompanhamento do dono. Muita gente não tem carro e precisa levar o cachorro ao veterinário ou hospital especializado. O que menos precisamos aqui são mais carros na cidade, precisamos é de transporte público bom e democrático, como parece que tem em Londres.
Em todos os ambientes nos quais já estive com crianças e cães ao mesmo tempo, as crianças incomodaram muito mais. Não sou anti-criança, mas dificilmente os pais coibem seu mau-comportamento. Existem muitos donos de cães folgados e sem-noção, mas os pais de crianças pequenas sempre ganham nesse quesito.
Gostaria de parabenizar, em especial o comentário de Guilherme O'Connor. Também gostaria de expor uma dúvida que me acompanha já há algum tempo: por que as pessoas passam a achar que têm mais direitos que os outros quando se tornam pais? Só por que têm crianças?
Ja vi varios caes dentro do Transporte de Londres a maioria deles se comportou bem e sem problemas mas acho que seria adequado a permissao apenas para os caes guias. Em Londres e sabido que existem gangs de adolescentes que usam os caes como armas e em pelo menos tres situacoes nao me senti bem com a presenca de caes agressivos ( como PitBull) conduzidos por jovens. Alias, as Pracas em Londres estao cheias de PitBulls
Eu, pelo contrário, estou cansado é das pessoas. E não só no metrô, no ônibus ou em qualquer outro transporte público. Em todos os cantos, reclamando da má vida que levam, levantando mesquinhices em questões que não têm tanta relevância assim...
Foi uma das poucas coisas interessantes que eu conheci e aprendi vivendo na Europa, esse costume de transitar pra lá e pra cá com cachorro, gato, hamster (!). No mais, só o corre-corre cotidiano em busca de... nada?
Gosto bem mais dos cachorros, deviam proibir outros animais, torcedores de futebol.
Acho ridÃcula a proibição aos cães, primeiro porque de fato muitas pessoas necessitam deles como cegos e outros deficientes, segundo porque cães já acompanham a humanidade desde a Revolução NeolÃtica há cerca de 5 a 10 mil anos A.C, não irá ser o trem ou seu administrador que mudará isso. Terceiro, porque alguém foi mordido, não é motivo para impedi-lo, concordo com a imposição da focinheira por mera questão de segurança, mas as condições em que um cão morde também precisam ser avaliadas, afinal, muitos cães defendem seu dono naturalmente, será que de alguma maneira seu dono não foi "atacado" antes no olhar do cão? Ou ainda, consideremos então que se for para proibir cães em trens por supostamente serem perigosos, então proibamos também pessoas, sim, pois pessoas são muito mais perigosas: estupram, assaltam, sequestram, fazem terrorsmo, bombas atômicas, corrompem, matam por prazer, promovem genocÃdios por diferenças de crença ou cultura ou povo, ou desde cedo batem em alguém por ter sardas, ser gordinho, mÃope ou qualquer outra diferença que se ache digna de gerar o isolamento daquele indivÃduo, ao contrário, cães só atacam para se defenderem! PROIBAMOS OS SERES HUMANOS PERIGOSOS NOS TRENS!!! NÃO à ²õ Bombas Atômicas, NÃO à intolerância religiosa! Que o mundo seja entregue aos cães e será bem mais tranqüilo.
O texto é preconceituoso e tipico de cultura ingleza escravista e desrepeitosa com a vida, seja ela de pessoas ou animais. Para mim animal é como gente. Aliás, melhor que gente! São fieis, leais e respeitadores. Não bombardeiam inocentes e não oprimem os semelhantes. Em caso de emergência, a socorrer um animal de stimação e um ser humano, priorizo o primeiro, pois serei eternamente agradecido!
Também não vejo problema nenhum. Quanto mais os cães saem e convivem com pessoas, mais sociáveis e dóceis eles são. Essas mordidas que aconteceram em transporte público poderiam ter acontecido em um parque. Acho que em geral as pessoas não precisam se sentir intimidadas com a presença de animais dentro de um metrô ou ônibus. Mas para isso acontecer os donos têm que ter consciência de que nem todos gostam ou confiam em animais e precisam mantê-los quietos como eles mesmos ficariam.
Quando morei em Londres, certas pessoas me incomodavam muito mais do que os cachorros, como aquelas com IPod altÃssimo e péssimo gosto musical no metrô, grupos de bêbados em night buses e pessoas que não têm uma noção de espaço muito boa.
Vamos respeitar os pobres cachorros e nos preocupar com a irresponsabilidade de certos donos, isso sim!
não tem cachorro ruim, tem dono ruim. Lamentável o comentário intolerante de uma jornalista que deveria ter critérios mais abrangentes.
Próxima estação: mediocridade jornalÃstica
Acho mesmo ridÃculo que tal comentário tenha partido de uma jornalista, alguém que teoricamente deveria ter discernimento e bom senso, no sentido de comentar assuntos que realmente sejam pertinentes à vida em comunidade, e não ao seu "próprio umbigo". É muito claro para mim que a tal pessoa odeia animais e não pensa e respeita nada ou ninguém além do seu universinho medÃocre. Para mim o pior de tudo é ter sido dado a uma pessoinha pequena dessas voz para expor ao público sua mediocridade, falta de empatia e parcialidade jornalÃstica.
Eu estou acompanhando os comentarios deste artigo faz tempo porque eu também achei absurda a posição da jornalista e estava curioso de ver que reflexão ela ia fazer já que parece que todo mundo se voltou contra o ponto de vista dela mas o que aconteceu? Não tem mais comentários dela sobre o assunto?
Nunca fui incomodada por um cachorro num ônibus ou metrô. Agora o que mais vejo (na europa inteira) são mães com 3 crianças mal-educadas e choronas atrapalhando gente que tem q ir estudar e trabalhar. Acho sensacional esse povo que acha que pode mais do que os outros só porque está promovendo superpopulação mundial. Esse post me lembrou do filme "Idiocrassy". E viva os cachorros!
Não moro na Europa, moro no Brasil, e, pelo que eu pude perceber nos comentários, as crianças daà são uns monstrinhos. Ou as pessoas vão para aà e viram monstrinhos O_o
Não tenho filhos, nem carro, e sou usuária do transporte público brasileiro, que não é uma maravilha - ônibus ruim e muitas vezes lotado -, mas parece ser mais "calmo" do que aÃ. Não tem cachorros, mas é muito comum ter crianças, e nunca tive nenhum problema com elas. Em geral, viajam tranquilas - só bebês muito pequenos choram, mas não dá para querer que bebês não chorem, todo mundo aqui chorou e incomodou nessa idade também.
É comum as crianças virarem o xodó do ônibus, mesmo em permanências curtas, com pessoas perguntando o nome, quantos aninhos tem, se já está na escolinha... Também é comum permitir passagem e ceder um banco para uma mãe com bebê no colo. A grande questão por aqui, aliás, é por que existem algumas pessoas mal educadas que não cedem o banco para idosos, mulheres grávidas ou com filhos pequenos, ou, ainda, que ocupam os bancos reservados a esse público.
Pelo visto, as pessoas quando vão para a Europa esquecem daquilo que, no Brasil, se chama gentileza e boa educação. Deve ser culpa da tal vida agitada e corrida.
Quanto aos cachorros, se são violentos, estão nos bancos ou sem focinheiras, é culpa dono. Se isso é proibido, o dono deve ser expulso junto com o cusco, e só voltar quando aprender a ser um dono bem educado.
Me lembro mto bem de uma senhora sentando-se ao meu lado em um ônibus em direção a Harrow. NA mesma hora, seu puppy, um Yorkshire chamado Taz pulou e se acomodou em meu colo. A sorte é q o cachorro era dócil, cheiroso e eu gosto de bichos. Mas não é algo que se espera em um viagem de ônibus voltando para casa.Bem, em Londres, agora eu posso esperar.
Deveriam era proibir bebês e crianças. Incomodam muito mais do que cachorros em todos os momentos. Fazem barulho, cheiros e ainda tem o desplante de uma pessoa que agora é "mãe", contribuindo para a superpopulação mundial falar mal dos cães. Revoltante o artigo.
Viva os cachorros!! Rs...
Poxa, nunca vi um cachorro dar trabalho no metrô. E mais, acho os cachorros ingleses super educados. Enfim, sou a favor de cachorros e outros animais no transporte público. Mas não sentados nos assentos, e sim no chão.