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Arquivo para abril 2009

O jardim dos britânicos

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Iracema Sodre | 19:17, terça-feira, 21 abril 2009

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Eu não sabia muito sobre a paixão dos ingleses pelos jardins até vir morar aqui em Londres.

Hoje, tenho um vizinho, já velhinho, que dedica todo o seu tempo a cuidar dos canteiros ao redor do prédio onde moramos. Os pais de outra vizinha também acham um jeitinho de plantar tomates e podar plantas todas as vezes que vêm visitar.

cottagegarden226283.jpg

Eles cuidam da minha parte dos canteiros também e eu acho ótimo. Apesar de adorar flores, não tenho a menor ideia de como cuidar das plantas, usar adubos etc. Mas quando a primavera chega e o tempo vai esquentando, até que me dá vontade de começar a aprender.

O meu chefe aqui na ý também disse hoje que está interessado em umas aulas de jardinagem, depois de ter destruído o gramado da casa dele colocando remédio demais para as ervas daninhas e exagerando na potência do cortador.

Mas quem mora em Londres e não tem seu próprio espaço verde para cultivar pode apelar para uma alternativa: alugar um lote (). Você paga uma taxa anual (que pode chegar a 100 libras, ou R$ 325) e se compromete a passar pelo menos quatro horas semanais com as mãos na terra.

Os mais experientes podem ousar e que está sendo criado no Parque Olímpico, para os jogos de 2012.

Jardineiros amadores de todo o país podem mandar propostas, já que o objetivo é fazer com que os visitantes se sintam como se estivessem passeando pelo jardim da casa de alguém.

Os dois vencedores, um jovem e um adulto, vão ser escolhidos pelo público e vão ter uma equipe de paisagistas à disposição para ajudá-los no trabalho. Alguém se habilita?

As praias daqui e as de lá

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Iracema Sodre | 18:15, quarta-feira, 15 abril 2009

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Os britânicos passam os muitos meses de "inverno" obcecados com a ideia de fugir para algum lugar ensolarado, uma praia em um paraíso tropical.

Não é que não haja balneários interessantes aqui nas terras da rainha. Na verdade, há praias lindíssimas. O problema é que você só consegue curtir essas praias de biquíni ou calção uns três dias no ano.

Nos outros, só vestindo roupa de mergulhador para aguentar as águas congelantes. Ou ficando na areia, atrás de um daqueles troços para te proteger do vento (foto), com uma garrafa térmica cheia de chá ao lado.

praiamargate386.jpg


Aliás eu sempre achei curioso como a nossa expressão "isso não é a minha praia" em inglês vira "it's not my cup of tea", que significa "não é a minha xícara de chá".

E foi justamente esta comparação entre as duas culturas que o jornal The Guardian usou na apresentação de seu .

A lista deles, feita por "especialistas", vai de uma praia de rio, no Pará, a outra em Florianópolis, passando por várias partes do país.

Eu não estive em todas elas, é claro, mas meu voto iria para a Baía do Sancho, em Fernando de Noronha. Vocês têm alguma preferência?

"E esse tempo, hein?"

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Carolina Oliveira | 18:53, sexta-feira, 10 abril 2009

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Quem já não passou meia hora conversando com um estranho em uma festa, para depois perceber que, no final das contas, não passou de conversa fiada e nada muito interessante foi falado ou descoberto?

Aqui em Londres uma coisa que se respeita muito é o espaço de cada indivíduo. Sendo assim, conversas com estranhos podem ser um pouco limitadas a assuntos mais superficiais. Conversas do tipo "Então, o que você faz?", "Há quanto tempo está morando em Londres?" e outras trivialidades impessoais estão sempre no cardápio social.

Com o objetivo de reeducar as pessoas na Arte da Boa Conversa, a School of Life, em Londres, organiza jantares em restaurantes bacanas com direito a três pratos, vinho e um cardápio de conversas. conversationmenu_blog.gif

Eu, curiosa, fui conferir. Sentei em uma mesa com uma senhora escritora, um organizador de festas e um menino muito perdido, recém-chegado da África do Sul.

Para cada prato, o cardápio de conversas sugere um tema e várias perguntas para começar o papo, com a seguinte instrução: "Pergunte coisas que você realmente quer saber. Arrisque no que você está disposto a dividir com a pessoa. Diga coisas que nunca disse antes. Ouça com compaixão e a cabeça aberta."

O primeiro prato foi acompanhado, já de cara, por uma conversa bem pessoal, sobre família e como a infância influenciou a vida de cada um.

Durante o prato principal, conversamos sobre o amor, sobre como o medo pode ser um grande incentivador, sobre sonhos não concretizados, e até sobre vermes (sim, vermes - não me pergunte como!).

A sobremesa foi mais descontraída. Recebemos alguns cartões-postais com diversas cenas e tínhamos que imaginar o que estava acontecendo em cada um deles e que tipo de conversa os personagens poderiam estar tendo em cada cena.

Foi uma experiência enriquecedora e as conversas que tive pareceram fluir muito naturalmente. Poderia ser assim sempre.

Agora, toda vez que o assunto 'tempo' (o favorito nas terras da Rainha) aparece na conversa, lembro do menu. Pode ser que esteja perdendo a oportunidade de aprender algo fascinante ou fazer uma boa amizade.

Minhas férias

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Maria Luisa Cavalcanti | 12:42, quarta-feira, 1 abril 2009

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Quem não sonha em passar duas semanas de férias em Londres?

Eu, que moro aqui há sete anos, sempre aproveitei as folgas para viajar. Mas desta vez, me vi com duas semanas livres, marido trabalhando, grana curta, família vindo visitar logo e nada planejado. Fiquei por aqui mesmo.

Só que a Londres de quem mora na cidade é bem diferente da Londres dos turistas.

Começa que a primeira coisa que tratei de colocar em dia não foi a agenda cultural, mas sim o meu sono - quem tem filho pequeno vai me entender.

E como minha segunda prioridade foi cuidar da casa, gastei um dia na Ikea. Para quem não conhece, a loja é um planeta de móveis e objetos de decoração superbaratos. Fica fora do centro e é daqueles programas que você passa o ano todo adiando. Mas em dia de semana, sem hora marcada, sem marido e sem criança, é o Paraíso.

Aproveitei também a ida à "periferia" para fazer compras em um desses mega-supermercados que a gente não vê no centro e que são bem mais baratos.

O resto do tempo se completou com visitar amigos, ir ao médico, organizar contas, levar o filho para vacinar e para cortar o cabelo, terminar a temporada 4 de Housewives, e aproveitar um pouquinho o sol nos parques perto de casa. Tudo sem sair da zona 2, que, em meus tempos de turista, eu achava que devia ser o fim do mundo.

Como eu não poderia passar sem um pouquinho de glamour, me joguei um dia nas lojas da Oxford Street. Em uma loja de departamentos, deixei que me fizessem uma supermaquiagem de graça. Saí de lá com uma sacolinha cheia e sem culpa - há três anos não comprava nem um batom.

Também saí uma noite para encontrar amigos em uma galeria de arte alternativa no agitado bairro de Clerkenwell, que, apesar de central, também fica fora do circuito turístico das baladas.

No fim, as duas semanas passaram voando. Ficou faltando organizar um montão de coisas e curtir mais a vida cultural londrina. Uma semaninha a mais teria caído bem. Mas aí, com três semanas, melhor ir para o Brasil, né?

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