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Arquivo para março 2008

O Brasil e o mundo

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Rogério Simões | 17:20, segunda-feira, 31 março 2008

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A ´óÏó´«Ã½ Brasil chega ao final do mês do seu aniversário, em que completou 70 anos de existência, tendo trazido aos seus leitores duas séries especiais que mostram diferentes faces da relação entre o Brasil e o mundo. Primeiro, em "O Gigante Vizinho", série sobre a relação entre o Brasil e a América do Sul, nós mostramos a expectativa que existe em outros países do continente por uma liderança regional brasileira. Admiração e ressentimento foram outros sentimentos expostos por sul-americanos em relação à maior potência da região.

Em nossa segunda série do mês, "Brasileiros Sem Fronteiras", investigamos uma outra relação do Brasil com o mundo, por meio dos seus cidadãos que resolveram tentar a vida em outro país. Histórias de sucesso se intercalam com relatos de sofrimento, contados por muitos daqueles que optaram pela vida no exterior. Nas duas séries, é possível ver sinais do mundo cada vez mais globalizado, em que a relação do Brasil com outros países é cada vez mais intensa, complexa e variada.

De país de Terceiro Mundo a potência emergente, o Brasil tem hoje uma relação diferente com a comunidade internacional. Da mesma forma que multinacionais continuam entrando em sua economia, muitas de suas empresas agora cruzam fronteiras para se instalar em outras nações, tornando-se potências estrangeiras, como é o caso da Petrobras. O que acontece em outros países tem um potencial ainda maior para afetar o Brasil, assim como o que hoje ocorre na economia (e mesmo na política) brasileira interfere mais em outros países do que costumava. Essa relação com mundo aqui de fora é cada vez mais uma via de duas mãos, com o Brasil importando e exportando empresas, importando e exportando gente. O mundo é cada vez mais importante para o Brasil, assim como o Brasil é cada vez mais importante para o mundo.

Em um novo esforço editorial, a ´óÏó´«Ã½ Brasil traz agora um lado mais específico do Brasil no exterior, os brasileiros que, assim como outros latinos, desbravam novas regiões dos Estados Unidos. Longe do calor da Flórida, do Texas ou do Arizona, mais e mais latino-americanos se instalam na parte norte do território americano, como mostra o nosso repórter Rafael Gomez, em sua viagem de costa a costa dos Estados Unidos. O mundo latino já é uma realidade tão abrangente naquele país que, mesmo em pequenas cidades, no meio das montanhas ou da neve, é possível encontrar hispânicos e brasileiros vivendo e movimentando a economia local. A importância do grupo não é apenas econômica, é também política. Em meio à campanha presidencial americana, os latinos são vistos como relevantes ou até mesmo decisivos tanto na disputa interna no Partido Democrata como no embate final no final do ano.

Hoje em dia, aqui na ´óÏó´«Ã½ Brasil, é difícil falar do que acontece no resto do mundo sem esbarrar em brasileiros. Ou no próprio Brasil.

Vai uma sanguessuga aí?

Ilana Rehavia | 14:14, quarta-feira, 26 março 2008

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_44515655_demi_getty.jpgLi agora há pouco no site em inglês da que a atriz Demi Moore se submeteu a um tratamento bizarro para se desintoxicar: sanguessugas!
Sei que o tratamento é usado há séculos, e que as bichinhas têm seu valor anticoagulante. Mas a idéia de ter uma sanguessuga passeando pela minha barriga até encontrar o lugar mais promissor para dar sua dentada me soa como um pesadelo daqueles bem cabeludos. Prefiro pegar leve na cerveja, tomar chá verde e sopa de vegetais. Ou continuar intoxicada. Mas confesso que fiquei curiosa… alguém aí já foi "sanguessugado"? É tão horrível quanto soa?

De bicicleta...

Ilana Rehavia | 13:57, segunda-feira, 24 março 2008

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Após resistir bravamente durante anos, eu finalmente me rendi e comprei uma bicicleta. Pedalar faz sentido aqui em Londres, uma cidade plana onde o trânsito acomoda os ciclistas relativamente bem. O fato de que obras no meu caminho aumentaram para quase uma hora minha jornada de ônibus para a ´óÏó´«Ã½ (mesmo tempo que levo quando venço a preguiça e venho caminhando) também ajudou na minha decisão.
Comprei a dita cuja no sábado e minha primeira jornada (da loja até minha casa) já foi uma prova de fogo, em meio à neve fora de época e à ventania de sempre. Aproveitando o feriado, hoje vim para a ´óÏó´«Ã½ de bicicleta pela primeira vez. Confesso que os ônibus assustaram um pouco, mas as ruas estavam bem vazias e a viagem transcorreu sem maiores percalços. O melhor? Demorou apenas 25 minutos! Amanhã é dia normal e será minha real prova de fogo, em meio aos carros e ônibus e outros ciclistas…desejem-me sorte!

A 'nova' letra de 'Ãguas de Março'

Thomas Pappon | 11:03, quinta-feira, 20 março 2008

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Quem assiste TV em Londres já deve ter notado o comercial classudo da British Gas, com uma mulher cantando o que parece ser uma versão em inglês de Ãguas de Março, de Tom Jobim.

Assistindo ao pela quarta ou quinta vez, pesquei alguns fragmentos da letra, tipo “it’s someone on call†(“é alguém de plantãoâ€), na cena em que aparece uma telefonista em close, e “it’s a moment for me†(“é um momento para mimâ€), quando uma mulher relaxa em uma banheira.

Até aí, tudo bem. Na minha cabeça de fã e pesquisador amador dos meandros da bossa e MPB, supus que a versão deveria ser de um Ray Gilbert ou Gene Lees da vida, distante do original e adaptada ao gosto americano.

Mas a letra parecia encaixar bem demais no comercial - um apanhado dos vários serviços oferecidos pela gigante do setor de energia.

Fui investigar e minhas piores supeitas se confirmaram. Um dos grandes clássicos da música brasileira foi arrendado, teve sua letra trocada, enfim, para pontilhar um comercial de TV britânico.

A original em inglês de Waters of March, do jeito que foi gravada por Al Jarreau, Art Garfunkel, David Byrne, Cassandra Wilson e mais um monte de gente boa, foi feita pelo próprio Tom.

Deve ter dado um trabalho dos diabos: Tom manteve o ritmo e o tema (natureza, ciclo de águas) da letra em português e substituiu todos os nomes de bichos, plantas, lugares e elementos folclóricos. A letra em inglês é enorme, tem 50 versos e quase nenhum se repete. Tudo isso foi para o lixo.

A letra que se ouve no comercial é essa:

A drip a drop
A fresh fall of snow
Icy air, a breath
A flow
It's a moment for me
A rig in the sea
It’s heat in a hall
A lesson at school
It’s someone on call
A load off your mind
It’s a thousand little moments
that we have today

Minto. “A drip, a drop†tá na letra do Tom. Agora “uma plataforma de petróleo no marâ€, “é aquecimento no salãoâ€, “é alguém de plantãoâ€, não dá, né? Isso aqui é “Ãguas de Marçoâ€, pô, eleita por 200 especialistas ouvidos pela Folha de São Paulo em 2001 como a melhor de todas as músicas feitas no Brasil.

Um patrimônio cultural, tão importante quanto, sei lá, Congonhas do Campo ou o quadro Abaporu. Deveria ser protegido e tombado, e não violado por um trocado, por melhor e bem-vindo que fosse.

Imagine um produtor de frango no Brasil usando Eleanor Rigby em um comercial de TV, com letra falando de “carne macia†e “coxinha congeladaâ€. “A rig in the sea†é o escambau!

Estou certo?

A moda e a política

Ilana Rehavia | 17:03, terça-feira, 18 março 2008

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Uma publicada no jornal dominical Observer me chamou a atenção. Intitulada “As mulheres francesas conseguem ser chiques e sérias. Porque nós não?â€, a coluna falava sobre como as políticas francesas se vestem bem sem que isso seja considerado um sinal de superficialidade ou algo do tipo. E também como a França sabe apreciar a beleza de uma mulher mais madura. E como, ao contrário, as inglesas na política são…bem…menos chiques e como não se preocupar com a aparência é visto quase como um sinal de inteligência para as deputadas e ministras daqui.

Fiquei pensando em como é isso no Brasil…como estou aqui na Inglaterra há alguns anos, fiquei meio por fora do assunto “como se vestem as políticas brasileiras e como isso é visto pelo resto da sociedadeâ€. Qual a opinião de vocês sobre isso? O Brasil está mais para França ou Inglaterra?

(A ministra da Justiça francesa Rachida Dati e a ministra dos Transportes britânica Ruth Kelly)

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Mais uma da série "coisas de Londres"...

Ilana Rehavia | 14:58, quarta-feira, 5 março 2008

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Ontem pela primeira vez fui ao "Clube do Filme Ruim", um evento mensal que acontece em um dos cinemas do Barbican (um centro cultural bem bacana daqui).
A idéia basicamente é passar um filme daqueles bem ruins, com comentários ao vivo feitos por dois comediantes. Além disso, eles usam aquelas canetinhas laser para chamar a atenção para elementos particularmente interessantes, como extras engraçados no fundo de uma cena.
O filme deste mês foi "Glitter - O Brilho de uma Estrela", com a cantora Mariah Carrey.
Antes do começo da sessão, foram distribuídos brinquedos sonoros para a platéia, como chocalhos e apitos. Durante o filme, todo mundo se empolgou, fez barulho nas partes mais "sem noção" e interagiu com os comediantes.
Passei duas horas rindo sem parar. O filme do mês que vem será "Comando para Matar", com Arnold Schwarzenegger. Imperdível!

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(Foto divulgação)

Uma obsessão e o apartamento multimilionário

Iracema Sodre | 15:42, segunda-feira, 3 março 2008

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Os britânicos admitem que, por aqui, ter a sua própria casa ou apartamento é uma obsessão nacional.

As vitrines das agências imobiliárias (aparentemente há uma em cada esquina. Só no “village†onde eu moro são quase dez) vivem cheias de gente olhando as fotos e os detalhes das propriedades, que para os padrões brasileiros são ridiculamente caras.

Na grande Londres, o preço médio das propriedades colocadas à venda é de 356 mil libras (quase R$ 1,2 milhão). E isso porque no último trimestre houve uma queda de 5,7%.

Mas, graças a uma economia forte e uma certa facilidade de se conseguir crédito, as pessoas continuam comprando casas. E reformando. E vendendo. E comprando casas de praia.

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Nos últimos anos, a grande moda é investir no exterior. Há tantos britânicos dispostos a gastar suas libras comprando casas no sul da França, da Espanha, de Portugal ou onde quer que o sol brilhe, que os mercados nesses lugares acabaram ficando inflacionados também.

Agora, eles tentam descobrir lugares com “potencialâ€, onde os preços ainda têm para onde subir, como Croácia, Romênia…

A obsessão é refletida nos programas de televisão: Escape to the Country; Changing Rooms; Homes Under the Hammer; Relocation, Relocation; A Place in the Sun; Property Ladder. E estes são apenas alguns dos que eu me lembro, assim, de cabeça.

Agora, parece que Londres também vai ter o apartamento mais caro do mundo. O candidato é a cobertura de um prédio que está em construção e que, além da vista envidraçada para o Hyde Park, deve contar com ar purificado, “panic rooms†(onde os endinheirados podem se proteger em situações de risco) e janelas à prova de balas.

Nos prédios do One Hyde Park, com conclusão prevista para 2010 (Simulação na foto acima), vai haver um spa, quadras de squash e uma sala exclusiva para degustação de vinhos.

E o preço da cobertura, especula-se, pode chegar à bagatela de 100 milhões de libras. Perto de meio bilhão de reais. Haja dinheiro.

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