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Dilma, sucesso de crítica

Rogério Simões | 2011-02-18, 10:44

dilmablog.jpgOs elogios pipocam por todos os lados. A candidata que muitos consideravam uma espécie de fantoche do ultrapopular Luiz Inácio Lula da Silva é hoje descrita como uma presidente de personalidade própria, equilibrada e pragmática. A imagem adquirida por Dilma Rousseff junto a analistas, jornalistas e políticos é de uma chefe de governo capaz de rejeitar posições do seu próprio mentor e resistir ao fisiologismo de membros do Congresso.

Uma das medidas do governo que mais conquistaram admiradores foi o corte de R$ 50 bilhões no orçamento da União, anunciado pelo ministro Guido Mantega. A revista britânica The Economist, que defendeu a eleição do tucano José Serra, elogiou o maior compromisso do governo até agora com a austeridade fiscal, em contraste à herança deixada por Lula. Na mesma linha, o respeitado »å¾±Ã¡°ù¾±´Ç Financial Times escolheu o adjetivo "sólido" para descrever o início de governo da primeira mulher presidente do Brasil. O jornal, que também havia declarado preferência por Serra na fase final da campanha, elogiou o fato de a petista ter sinalizado uma posição diferente da do governo Lula em relação a violações de direitos humanos no Irã. As diferenças entre criador e criatura também foram observadas pelo espanhol El País, que destacou uma suposta preferência de Dilma pelos caças americanos da Boeing para a Força Aérea Brasileira, em vez do francês Rafale, defendido pelo antecessor. Em apenas 45 dias no Planalto, Dilma Rousseff é um sucesso de crítica.

A boa impressão não tem se limitado à imprensa e analistas. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que as primeiras semanas da petista como chefe da nação Trata-se de um reconhecimento importante de um dos maiores nomes da oposição e adversário de Lula na histórica, e à²õ vezes cansativa, disputa sobre quem fez mais pelo Brasil. Mas quem importa para a presidente Dilma são os políticos em atividade, especialmente aqueles que, no papel, pertencem à sua base de apoio. Em sua primeira batalha na Câmara dos Deputados, por um aumento do salário mínimo mais modesto do que queriam centrais sindicais e a oposição, Dilma venceu com uma margem de mais de 200 votos. Além de reafirmar seu atual controle sobre sua base, expôs as fraquezas da oposição, formada por partidos que costumavam defender a austeridade, mas tentaram abraçar uma bandeira oposta devido a seus objetivos políticos.

Um admirado início de governo, no entanto, está longe de representar a certeza de sucesso. Uma lua-de-mel seguida de períodos desastrosos é tão comum na carreira de governantes como na vida de casais antes apaixonados. A primeira preocupação de Dilma Rousseff é com os problemas que estão à sua frente, que incluem o avanço da inflação, o enfraquecimento de parcela da indústria devido ao real fortalecido e o estado lamentável da infraestrutura nacional. Como se não bastasse a necessidade de oferecer estradas, portos, aeroportos e energia elétrica apenas para administrar as necessidades básicas de uma economia em crescimento, o Brasil ainda tem de organizar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada nos próximos cinco anos. E não poderá sair gastando como se não houvesse amanhã, o que nos leva à segunda grande preocupação da presidente. Além de tomar medidas equilibradas e sensatas para proteger a economia, ela precisa também ser adorada pelos eleitores, mesmo adotando políticas supostamente impopulares. Só assim conquistará nas urnas um segundo mandato. Já respeitada pela crítica, Dilma Rousseff terá de mostrar se consegue ser também um sucesso de público.

°ä´Ç³¾±ð²Ô³Ùá°ù¾±´Ç²õDeixe seu comentário

  • 1. à²õ 05:35 PM em 18 fev 2011, Daniel escreveu:

    Até o ministro do supremo Gilmar Mendes tem elogiando a presidente por sua postura republicana. Há elogios por ter ido ao Congresso, diferente de Lula. Há elogios por se dirigir prontamente à²õ regiões afetadas pelas chuvas no Rio de Janeiro.

  • 2. à²õ 07:16 PM em 18 fev 2011, Fausto escreveu:

    Os que votaram na oposição, como eu, e que criticavam o governo Lula tem que tirar o chapéu para a Dilma. Austeridade fiscal, pouca disposição em atender aos apelos da base aliada por cargos (muitas das vezes ocm o fim unico de eleição na proxima legislatura) e olhar firme sobre a economia como um todo é tudo o que um país precisa para crescer com responsabilidade e correição. Quem sabe podemos nos livrar do governo populista que só gera super passaporte, mensalão e outros problemas.

  • 3. à²õ 08:29 PM em 18 fev 2011, José Teixeira escreveu:


    A popularidade sempre foi um fator crucial para governantes de nações, mas o contexto em que isso ocorre hoje carrega um tanto de sociopatologia, pela obsessiva e desrespeitosa forma como a mídia lida com a intimidade dos mandatários, talvez inspirada na forma que os reality shows enfocam a vida privada.

  • 4. à²õ 11:38 PM em 18 fev 2011, romney escreveu:

    Corte dos concursos e aumento do salário dos parlamentares em 100%. Essa mulher realmente é sucesso de crítica puxa-saquista.

  • 5. à²õ 12:25 PM em 19 fev 2011, Roberto Küll Júnior escreveu:

    Sugestões de um contra-regras.

    Para aumentar a credibilidade e a confiança popular é preciso mexer na ferida da política. Para isso é necessário ter o apoio do Legislativo.

    O Legislativo é responsável por quanto nos gastos públicos do país?

    Colocar as aposentadorias dos políticos para uns 20 anos de mandatos. Serão 20 anos de trabalho para os que fazem da política seu ganha-pão.

    Se o momento é de cortes na economia, que sejam eles, os representantes do povo, os primeiros a dar o exemplo e e ajudar a presidenta a governar.

    Outro passo é diminuir o número de prefeituras pelo Brasil.
    Criar critérios mais rígidos para a emancipação dos Municípios. Emancipar só com cincoenta mil habitantes.

    O número absurdo de prefeituras que não geram receitas e parasitam os cofres dos Estados são grandes, dessa forma, geram dívidas difíceis de serem pagas. Criando hemorragias nos cofres da União.

    Fui aprovado em segundo lugar numa prefeitura do interior do Brasil, como não tenho padrinho político e nem quero favores políticos, não fui chamado. Mas o terceiro em outras áreas foram. As prefeituras devem perder o apelido de "cabides de emprego" para gerarem votos. Há vários casos de nepotismo disfarçados em trocas de favores. E os que deveriam fiscalizar os atos públicos e oferecerem denúncias de irregularidade sofrem do mal da vista grossa.

    A Dilma é a presidenta. Foi eleita porque o povo brasileiro acredita que ela seja competente para acabar ou amenizar com as mazelas sociais e melhorar o poder de consumo dos brasileiros. Talvez ela seja a pessoa certa para enfretar o mal caratismo que há na política. Dar um basta naqueles que enxergam a política como uma oportunidade para se darem bem e o povo que se dane.

    A Dilma é a esperança de que uma mulher tenha a coragem que homens políticos não tiveram. A coragem de mudar o rumo da história da política brasileira.

    Sugestões para levar o desenvolvimento social para os municípios:

    * Agrupar cinco ou mais municípios e criar universidades com incubadoras de empresas, escolas técnicas de qualidade (de construção civil, química, mecânica, zootecnia, etc.) creches e hospitais;
    * Estimular o uso das águas das chuvas, o uso de ventiladores eólicos e da energia solar;
    * Investir pesado para diminuir ou extinguir o analfabetismo;
    * Melhorar a qualidade dos transportes públicos nessas regiões;
    *Incentivar a psicultura, a plantação de hortas e a fruticultura orgânica, onde parte da produção iria para a exportação.

    Estas sugestões se aplicadas podem calar seus críticos e aumentar sua popularidade entre a classe trabalhadora gerando votos sem clientelismo. A presidenta não concorda?

  • 6. à²õ 02:17 PM em 19 fev 2011, C.Paoliello escreveu:

    É preocupante que publicações como "Economist" ou "Financial Times" elogiem a Presidente Dilma. Elogios de defensores de fórmulas econômicas que levaram vários países à bancarrota e à "crise econômica" de 2008 em benefício próprio devem ser vistos com reservas.
    Pior ainda é saber que fhc tenha uma postura simpática ao governo Dilma, que deveria fazer sempre o contrário do que o odiado ex-presidente prega.

  • 7. à²õ 02:41 AM em 20 fev 2011, Vlademir Monteiro escreveu:

    Para uma chefe de estado e de governo, a presidente Dilma tem se mostrando bastante reservada, preferindo fazer poucas aparições em público - posição que a torna em até certo ponto o contraste de Lula. De toda forma, não é com opinião da imprensa internacional que ela deve se preocupar. As medidas até então adotadas cedo ou tarde viriam à tona, afinal de contas, após oito anos de gastos desenfreados, era necessário que alguém enfim tivesse o bom senso de frear essa farra. Como é ressaltado no parágrafo final do artigo, os supostos feitos de Dilma não irão garantir um governo harmonioso até o fim de seu mandato. Vamos se ela vai realmente demonstrar personalidade próprio no modo de governar quando se deparar com questões mais árduas.

  • 8. à²õ 11:52 AM em 20 fev 2011, Bernardo escreveu:

    Engraçado, esse tipo de notícia a rede Bobo não divulga...já está mais do q na hora de os brasileiros procurarem veículos de comunicação, que realmente publique os fatos, sem manipulações de qqr tipo e sem interesses pessoais. ABAIXO A DITADURA DA REDE BOBO!!!!!!!!!!!!!

  • 9. à²õ 10:28 PM em 21 fev 2011, LuizMS escreveu:

    O cordão de puxa-sacos é muito grande e movido por interesses escusos. A Presidente AINDA não cortou nenhum gasto. É só promessa. O ovo ainda não foi botado pela galinha e as pessoas já estão contando com ele. O único rigor fiscal, até agora, foi sobre o salário mínimo... O pobre é que está pagando a conta. Depois, ficar sem dar entrevista e ser mal educada, ou grosseira, como é a fama dela, não é sinônimo de boa administradora. Quanto à diferença com o governo anterior, ela apenas está dando descanso aos nossos ouvidos, cansados de tanta bobagem dita todos os dias pelo babalorixá de banânia. A inflação vem subindo pelo descontrole fiscal do governo anterior que fez tudo para elegê-la e a imprensa trata a criatura como se ela fosse coisa diferente de seu criador, o que não é verdade.

  • 10. à²õ 11:46 PM em 22 fev 2011, Rui escreveu:

    A mídia que nunca aceitou Lula continua batento mesmo depois dele deixar o cargo. Não houve nenhum fato significativo para que haja essa comparação extremada. Não me lembro de ter visto em toda a minha vida uma orquestração tão bem armada para fazer uma comparação entre dois meses de governo novo com o antigo, com tão pouco material para se comparar. Uma analise políticasó um pouco séria já daria para perceber que os velhos inimigos do governo anterior estão agindo políticamente e não "informando" a população

  • 11. à²õ 03:37 AM em 24 fev 2011, Jashom escreveu:

    Dificilmente "o povão" vao conseguir entender que a madame presidenta está no poder apenas e tão somente para realizar um mandato tampão. O verdadeiro dono da cadeira do Palácio do Planalto é o senhor Luizinho Ignácius (só faltava ser Loyola - cruz credo meu). Então ela vai gerenciar que é para isso que está aí no governo, consolidar o projeto dito PAC isso e aquilo. Já que o povo brasileiro tem carência assustadora de massa cinzenta no cérebro vai engolir tudo como deve ser e com certeza o governo da senhora eleita vai ser uma tranquilidade total a não ser se chover muito, mesmo assim ela não está acostumada a estar presente em eventos dessa natureza. Melancolicamente, Jashom.

  • 12. à²õ 12:26 AM em 25 fev 2011, antonio p santos escreveu:

    Sucesso de critica?
    Muito cedo, nao?
    O filme ainda esta no prologo...
    Producao e direcao... Lula da Silva.
    Estrelando... Dilma, no papel de...

  • 13. à²õ 12:49 PM em 22 mar 2011, Thiago escreveu:

    Se n fosse por Lula, teríamos SERRA no lugar dela. Só a História dará o real valor de Lula à Democracia brasileira.

    O cara evitou até ver o PRESIDENTE AMERICANO pois sabia o tipo de gente qe lhe confrontaria sem ajudar em nada la.

    Lula e Dilma, vos admiro!

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