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Arquivo para maio 2008

London Freeze

Carolina Oliveira | 15:28, sexta-feira, 2 maio 2008

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Na quarta-feira pela manhã um amigo me mandou esse link:

Ali diz, "Prepare uma pose para o London Freeze, 30 de abril 2008, estação de Liverpool Street, 18:24 - 18:28. Espalhe".

Não entendi muito bem, mas percebi que era um chamado para algo parecido com os "flash mobs", em que um grupo de pessoas se encontra de repente em um lugar, faz alguma ação meio estranha e sem sentido aparente por alguns minutos (como guerra de travesseiros, aplausos, ou até uma 'festa' em que cada pessoa dança ao som de seu iPod) e depois se dispersa rapidamente.

As pessoas ficam sabendo dessas intervenções por links ou e-mails, como este do London Freeze, que são repassados de amigo para amigo.

Fomos então, eu e a Ilana Rehavia, armadas com câmeras de vídeo, para ver o que ia acontecer na estação de Liverpool Street.

Chagando lá, já dava para sentir um certo clima de expectativa no ar. O saguão da estação estava lotado de gente de olho no relógio e vários curiosos com câmeras a postos, só esperando o ponteiro chegar no 18:24.

Chegou. De repente dezenas de pessoas viraram estátuas. Criatividade é o que não faltou nas escolhas das poses.freeze203.jpg

O mais engraçado foi ver as reações dos que ficaram de fora da brincadeira, sem a menor idéia do que estava acontecendo ali.

Às 18:28 em ponto, os que estavam congelados descongelaram e a estação foi inundada por uma salva de palmas.

Foi surreal.

Assista aqui ao vídeo.

Eleições 'coloridas' em Londres

Iracema Sodre | 22:01, quinta-feira, 1 maio 2008

Comentários (1)

Foi a primeira vez que a população se envolveu tanto numa eleição para prefeito em Londres. O voto não-obrigatório e as rígidas regras que limitam a propaganda eleitoral impediram que a cidade fosse engolida pelo carnaval das campanhas que é feito no Brasil e em outros países.
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Mas, desta vez, os três principais candidatos eram considerados personagens interessantes ou "colourful", como diria a mídia daqui, e a disputa foi apertada.

O atual prefeito, Ken Livingstone, do partido Trabalhista (centro na foto), não perde oportunidade de se meter em uma polêmica. A minha preferida foi a luta dele contra os pombos de Trafalgar Square, bem no centro de Londres. Ele chamou os bichos de ratos com asas, enfurecendo os muitos habitantes da cidade que alimentam os pombos com farelos de pão e os tratam como parte da família.

Ele também enfrentou os críticos e colocou em prática o "congestion charge", uma taxa de cerca de R$ 25 paga por carros que circulam no centro e no oeste da capital e que tem como objetivo desafogar as ruas engarrafadas de Londres.

Ken também fala o que vem à cabeça. Mesmo que depois tenha que desdizer o que disse antes, sem perder a pose jamais.

Seu principal opositor nas urnas, Boris Johnson, do partido Conservador (à direita na foto), é quase uma celebridade local. Ele estudou nos tradicionalíssimos Eton College e Universidade de Oxford, já apresentou programas de televisão, editou uma revista e é especialista em gafes, como diriam seus críticos.

Declarações ofensivas de Boris conseguiram irritar cidades inteiras, como Portsmouth ("cidade cheia de drogas, obesidade e parlamentares trabalhistas"); Liverpool (ao dizer que a população teve uma reação exagerada quando um conterrâneo foi morto por rebeldes iraquianos); o famoso chef Jamie Oliver ("eu me livraria dele") e o governo de Papua Nova Guiné ("por dez anos, nós conservadores nos acostumamos a orgias de canibalismo e matança de líderes ao estilo de Papua Nova Guiné").

O terceiro candidato com mais chances, entre os dez que estavam concorrendo, é o liberal democrata, ex-chefe da polícia e homossexual assumido, Brian Paddick (à esquerda na foto).

Em 2002, ele foi acusado por um ex-namorado de ser usuário de maconha. Paddick foi afastado do cargo enquanto as alegações eram investigadas, mas centenas de pessoas foram às ruas para pedir a volta dele. Ele foi inocentado das acusações.

Em 2005, ele brigou com o chefe da polícia londrina, Sir Ian Blair, por causa da maneira como o caso da morte de Jean Charles de Menezes foi conduzido.

Inegavelmente, era uma eleição de personalidades fortes e muita excentricidade que mexeu com a cidade. Pena que eu não tenho passaporte britânico para poder votar...

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