Caso Paula e o poder da dúvida
Há quem não acredite na imprensa. Sei que algumas pessoas dizem não acreditar em praticamente nada do que lêem em jornais, revistas, ouvem no rádio ou vêem na televisão. Tal pensamento representa para nós, jornalistas, um desafio. Mas também deveria servir de inspiração. Afinal, a dúvida, ou muitas vezes até o ceticismo, é uma das maiores armas do bom jornalismo. Qualquer repórter, ao receber no colo uma informação nova, deveria fazer duas coisas: em primeiro lugar, duvidar; em segundo, correr atrás das fontes pertinentes para saber se sua dúvida tem, ou não, fundamento. É preciso se mexer, mas sem abandonar seu papel de questionador.
O caso envolvendo a brasileira Paula Oliveira, que afirmava ter sido atacada por três neo-nazistas na Suíça, deixou o governo brasileiro e boa parte da imprensa do país em situação delicada. O episódio chocou a opinião pública por causa da tortura que teria sido aplicada, com cortes em várias partes do corpo da vítima, e porque o suposto ataque teria provocado o fim de uma gravidez de gêmeos. Mas pouco depois peritos suíços comprovaram que Paula não estava grávida no dia em que disse ter sido agredida e disseram que os cortes podem ter sido infligidos por ela mesma. Na terça-feira, dia 17, a advogada foi indiciada e impedida de deixar a Suíça, sob acusação de "induzir autoridades ao erro".
O problema da maioria da cobertura jornalística desse caso no Brasil foi a falta de dúvida de muitos jornalistas. As palavras ditas pelo pai da suposta vítima foram apresentadas por grande parte da mídia como a verdade absoluta. Para piorar, o governo brasileiro as abraçou completamente e as revendeu a veículos de imprensa, entre eles a ý Brasil, como um fato comprovado e digno do selo presidencial.
Nós, aqui na ý, somos pagos para duvidar. Constantemente a ý se vê no dilema entre dar uma notícia rapidamente ou esperar alguma confirmação adicional. Nossa obrigação é optar pela confirmação, o que faz com que a ý pareça "lenta" em algumas notícias levadas ao ar imediatamente por outros veículos. No caso da brasileira na Suíça, nós ficamos sabendo do suposto ataque na noite de quarta-feira, dia 11. "Quem está dando a notícia?", perguntei ao redator que me ligara de São Paulo para a redação aqui de Londres. "Está na TV." Fomos checar em agências de notícias, e nada. A parte em inglês da ý desconhecia. Aqui, se o caso não foi apurado diretamente por nós, precisamos de pelo menos duas fontes para publicá-lo no site ou levá-lo ao ar. Ou alguma fonte de credibilidade a que possamos atribuir as informações. Mas não tínhamos nada isso e não podíamos nos basear apenas num canal de televisão, que por sua vez se baseava em um blog. Preferimos esperar para saber se o governo brasileiro se pronunciaria sobre o assunto.
Ainda naquela noite, depois de falar com um porta-voz do Itamaraty, publicamos nosso texto. Atribuímos tudo ao Ministério das Relações Exteriores. Em nove curtos parágrafos, nosso redator Caio Quero teve o cuidado de dizer seis vezes que o Itamaraty era o responsável pelas informações. O texto ainda se referia aos agressores como "supostos neonazistas". Foram cuidados editoriais importantes, que resultaram em um texto correto. O governo brasileiro estava divulgando um caso chocante como verdade, o que era uma notícia que não poderíamos ignorar. Mas não apresentamos nada como fato consumado. Tudo o que descrevemos eram hipóteses, tudo era "segundo o Itamaraty". Onde poderíamos ter feito melhor foi no título. "Brasileira grávida de gêmeos é agredida na Suíça e perde bebês", dissemos. Mas o melhor teria sido algo como "Brasileira diz ter sido agredida na Suíça e perdido bebês" ou "Itamaraty denuncia agressão a brasileira na Suíça".
Na manhã seguinte, ao chegar à redação fui informado que nosso repórter em Berlim, Marcio Damasceno, nos alertava para o fato de que na Alemanha uma mulher havia sido condenada por acusar neonazistas de atacá-la, quando na verdade ela mesma tinha se cortado. Não publicamos isso, mas a informação serviu como um fator a mais para alimentar nossa dúvida. Confesso que fui pego de surpresa. Apesar do cuidado da noite anterior, minha tendência naquele momento era achar que a história fosse verídica. Ficamos então ainda mais atentos para não abraçá-la indevidamente. O caso segue sendo investigado na Suíça, e ainda não está provado se o suposto ataque ocorreu ou não.
O episódio traz certamente muitas lições para a imprensa. No caso da ý Brasil, olhando para trás sempre se pode dizer que poderíamos ter feito melhor. Mas acredito que fizemos, em grande parte do processo, o que todo jornalista deveria quando se depara com um fato novo em suas mãos: duvidar sempre, enquanto corre atrás dos fatos para esclarecer sua dúvida.
dzԳáDzDeixe seu comentário
Errado, Rogério. No texto da ý, vocês não admitem que não conseguiram confirmar as informações. No caso, vocês só fizeram uma Xerox® do comunicado do Itamaraty. Ainda fosse o Brasil um país cuidadoso com o que o alto escalão comenta, tudo bem, mas o país não é.
Quem sabe com mais agilidade e vontade de cobrir o caso, a ý cairia no mesmo erro dos jornais brasileiros.
O texto acima é um exemplo claro de eu estar, cada vez mais, acessando e lendo o que é veiculado na ý Brasil.
Espero que com essa exemplar atitude o veículo continue crescendo e melhorando!
olha, se ela mentiu vai pagar por isso, mas que realmente os brasileiros de um modo geral são descriminados na europa isso é verdade,como no fato da espanha, para os empresários espanhóis virem ao Brasil ganhar dinheiro, ai tudo bem para os espanhois, agora na hora de um brasileiro visitar o seu país ele é tratado como turista de terceira classe, quando não fica preso, mesmo tenho os documentos em dia, está na hora do governo brasileiro tomar providências mesmo, afinal e ele que tem de defender-nos dos xenófibos europeus.
O correto seria uma perícia feita pelos dois países para comprovação da gravidez ou não, ela tinha que ser acompanhada por alguém da embaixada, enfim, e realizada perícia por peritos sem comprometimento com nenhuma das partes, com a aplicação do devido processo legal. Nota-se que para se cortar daquela forma, fazendo as letras de baixo pra cima, ela deveria estar muito louca ou drogada, e pela foto a barriga parece de grávida. É sabido que a Suécia tem preconceito contra brsileiros. E não é de se duvidar de uma grande armação diplomática do país para ficar bem na mídia internacional. Haja vista, o caso Jean Charles de Menezes, entre outros...
A imprensa suíça tratou (e ainda vem tratando) o caso como piada. Uma gafe por parte do Brasil, representado por suas autoridades, que deram grande destaque ao caso mesmo antes de aprofundar a busca da verdade. Talvez pelo histórico trágico do caso de um cidadão brasileiro, morto com desdém no metrô de Londres, a primeira atitude foi de indignação frente a um ato xenófobo. Falando em hipóteses, parece-me que a moça fingiu estar grávida por alguma razão qualquer (p. ex. vincular-se ao pai da criança, que é um cidadão suíço). Após, precisou arrumar um motivo para a perda do bebê, donde surgiu a farsa do suposto ataque. O porquê de se atacar o partido conservador suíço permanece oculto. Não se sabe o tipo de vida que a moça levava em Zurique e, tampouco, suas preferências políticas. Claro que estou apenas supondo situações, mas tudo parece se encaminhar para um ato de auto-flagelação, como apontam as investigações feitas até o momento. Seria bom destacar que o país (por meio das autoridades que o representam) não deve se posicionar de forma tão veementemente prematura acerca de supostos fatos, pois a repercussão de fatos internacionais pode macular a imagem de uma nação inteira.
Acho que o governo suiço virou toda a história.Porque eles sabem da vergonhosa existência dos neo nazistas. Com certeza tem algo de muito podre no governo suiço. A Paula não se cortaria somente para chamar a atenção da midia.
Concordo plenamente com a postura crítica a ser aplicada ao jornalismo - o que deveria ocorrer como um todo, evitando-se, assim, o jornalismo sensacionalista que nada acrescenta à sociedade. Este tipo de imprensa visa apenas lucro fácil e proporcionar gozo efêmero a indivíduos que, pouco escrupulosos, optaram em viver à margem dos fatos, colecionando e propragando boatos. A dúvida metódica, herdada dos questionamentos cartesianos, e a busca criteriosa de confirmação dos fenômenos ou dados, o que significa a aplicação do crivo crítico filosófico, é fundamental ao jornalismo de boa qualidade e ético. O crítico não é um operador, mas um revisor. E é este o domínio que interessa ao indivíduo, quer seja ou não repórter, leitor, ou qualquer cidadão, que opte por uma postura crítica. A questão fundamental não é a defesa da dúvida fútil e dogmática mas a obrigatoriedade de uma conduta não emocionalista e ética perante o que informamos e somos informados. Defendo que a crítica não deve limitar-se à produções acadêmicas ou profissionais porém, mais do que à generalidade do agir, aplicar-se à própria "percepção" de "mundo", organizada a partir da "leitura" racional.
Sr. Rogério Simões. Realmente sempre achei a ý meio lenta na divulgação dos fatos. Mas agora lendo o que escreveu esclarecendo sobre os métodos que a ý usa para informar, só reforçou o que eu já pensava sobre vcs; credibilidade. Quanto a dúvida, na minha experiência, sempre que entendo de um assunto, ou fiz de alguma maneira parte da notícia, só vejo baboseiras escritas, que me fazem acreditar que o resto que não entendo ou não fiz parte também o são. Mas,note bem, vcs fazem parte de uma minoria, e vou continuar dando os meus créditos à vcs. Principalmente agora.
Concordo que em muitos casos a imprensa brasileira é superficial e em outras, omissa. Não só a imprensa, bem como as nossas embaixadas no exterior.
Lembro-me do carnaval de 1995, mostrado pela ý TV em Londres, onde só coisas que desabonavam a cidade e o povo do Rio de Janeiro, principal sede do carnaval brasileiro eram mostrados da pior forma possível. Até hoje não sei o motivo de o embaixador não ter se pronunciado contra.
Penso que a obrigação de qualquer cidadão quando desabonam seu país e seu povo, é defendê-lo, principalmente nosso embaixador.
Os comentários do Rogério Simões são bem colocados, e aproveito a deixa para apresentar uma crítica, que vale para quase toda a imprensa e, infelizmente, também para a ý:
manchetes sensacionalistas são péssima política.
Dois exemplos:
- "Fetos chutam tumor de útero e salvam a vida da mãe";
- "Cego atravessa labirinto usando 'sexto sentido'".
Essas manchetes não são falsas, claro, mas certamente poderiam ser mais corretas: o 'sexto sentido', por exemplo, é a assim chamada “visão cega”, mencionada no texto do próprio artigo.
Entendo que as notícias têm que ter manchetes chamativas, mas se ater mais fortemente aos fatos é mais importante.
Concordo. A imprensa brasileira precisa rever sua atuação. O papel da media é informar, não pré-julgar e jamais julgar, mas isso não acontece.
Por isso minha "home page" é a ý, sem qualquer bajulação.
Caro Rogério,
Pertinente sua colocação. Seria bom se toda a impressa tivesse esse tipo de comportamento.
O Brasil tem casos clássicos onde pessoas e/ou empresas foram humilhadas pela imprensa, especialmente aquela imprensa sensacionalista, com sérias acusações que, posteriormente, revelou-se uma inverdade e, logicamente, essa mesma imprensa não deu o mesmo espaço para retratação.
Fazendo um trocadilho, tenho dúvidas quanto a atuação nesse sentido por parte da maioria da imprensa.
De qualquer forma, acredito que a imprensa brasileira tem feito um bom papel investigativo, especialmente quanto à política e outros temas.
Totalmente desnescessário! Tantas explicações culpando governo, fulano ou beltrano, na minha humilde opnião, é simplesmente ridículo. Eu mesmo tenho muitíssimo cuidado com as informações que passo nas minhas aulas e com as fontes em que pesquiso. Quando não sei, não falo. Quando a informação não é segura, guardo-a para mim.
Vou dizer uma coisa, ler um texto deste escrito por um profissional da área de comunicação... ???? Ahhh..
Tenham pasciência. É óbvio que tinham que ir a campo! É óbvio que é mais fácil reproduzir apenas! Infelizmente, depois de dizerem que a arte morreu, que a história acabou, já até a grande massa cada vez mais toma consciência de que quem morreu foi o 'jornalismo' e seu senso crítico, e já faz tempo.
Se a ý mantiver sempre essa postura investigativa, nós brasileiros teremos pelo menos um veículo em que confiar. Esse caso foi realmente uma vergonha para a imprensa brasileira, que se limitou em repassar o boato adiante, como fazem as pessoas que repassam emails falsos pedindo caridade ou correntes.
Na verdade, amigos, qualquer pessoa com um mínimo de senso crítico, não acredita e nem deve acreditar do que está na mídia, visto, dentre tantos outros motivos, a postura massivamente homegênea na divulgação de informações pelos mais variados meios e empresas. Quem realmente 'lê' os jornais, o faz para saber do que duvidar.
Quero ver o chanceler Amorim, o 'Top Top' Gracia, o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty enfin, todo o governo PTralha, alguns jornais, jornalistas, revistas e bloqueiros, meterem a viola no saco e humildemente pedir desculpas ao Governo e ao povo da Suíça.
Eu não acompanhei o caso pela ý Brasil, mas pelo texto vejo que vocês fizeram a coisa certa, aguardando melhor apuração dos fatos para lançar a notícia no site.
Só que neste texto, dizer que o TV estava se baseando num blog faz parecer que tudo não passou de um boato barato. O Blog no caso é o do respeitadíssimo jornalista Ricardo Noblat, pelo que me parece. Ele errou abraçando a informação logo de cara, mas não deixa de ser um dos mais importantes jornalistas do Brasil.
Isto é profissionalismo, não desmerecendo prafissionais de valor que residem em outras casas, mas a ý sim tem um perfil ético, humano e acima de tudo profissional, isto merece parabens e obrigada.
A mídia, infelismente, só é questionada pela própria mídia. Um grande sonho seria quando a grande massa começar a duvidar de tudo que é noticiado. Aí sim, os empresários de mídia e muitos editores irão entender que informação não é afimarção
Antes de mais nada, é louvável admitir o erro. Humildade tem sido coisa rara hoje em dia.
Tão raro quanto isto é o fato de a imprensa apostar no sensacionalismo antes que em informar com imparcialidade.
A imprensa precisava de mais um fato desses para lembrar da importância desta qualidade - esqueceram facilmente a lição ensinada no caso da Escola Base.
O governo e toda a sociedade que ajudaram a popular esta ficção como sendo um fato consumado a maneira relatada pela protagonista também têm sua parcela de culpa.
Se vão aprender com isso? Acredito que uns poucos com bom senso, como os que se retrataram, tirarão pleno proveito desta experiência.
Alguém uma vez disse: "quem não lê jornal (notícia) é um ignorante, mas aquele que crê em tudo que lê é tolo"
Tenho que concordar com essa citação: “Nossa obrigação é optar pela confirmação, o que faz com que a ý pareça lenta”.
A obrigação de manipular as noticias é do governo.
A imprensa, em geral, tem o hábito de prejulgar. Desta vez se deram mal, e o governo foi junto.
Todos nos fomos pegos de surpresa,mas este é o mal do Brasileiro pensar com o coracao. a ý sempre troxe as noticias com seriedade, que deve ser, todos erram e erramos por ser sentimental e solidario, nos estamos grato pelas noticias que a ý nos trazem, e acho que muita gente tambem sente o mesmo.
Inclusive, depois de ler isto daqui e fazer meus coment´rios, resolvi dar uma pesquisada na web sobre o assunto, e olhem o que encontrei :
A diferença é gritante não acham ??? E não é dos melhores ainda, mas ao menos, com um pouco de dignidade.
Abraço, e vou continuar a ler o site , sempre, como muitos que conheço, para saber do que duvidar, e ler nas entrelinhas.
Ok Rogério,
Ponto para vocês, da ý, que foram cautelosos, servindo de lição à impresa brasileira, sempre atrás de "Ibope".
Mas este episódio revela, também, que o "primeiro mundo" é mestre principalmente em colocar o dedo na ferida dos outros esquecendo-se das suas próprias mazelas.
Também a imprensa Suíca apressou-se em julgar a brasileira, o povo brasileiro, o jornalismo brasileiro, as autoridades brasileiras, atestando como verdade absoluta a mera suspeita (até agora) de que Paula forjou o ataque e acrescentando um "hábito" do brasileiro em "criar estórias".
Errou o Brasil e errou a Suíça; ambos motivados pela emoção dos acontecimentos.
Como mostrado no filme "Boa noite, Boa sorte", dirigido por George Cloney, o notiiário tornou-se entretenimento. Então o importante para os noticiários é noticiar,sustentar e depois desmentir. Tudo para ver quem prende a atenção do "espectador" (já não mais leitor).
Há tempos atrás provavelmente os jornalistas tornavam-se motivo de chacota, agora deve ser um simples risada no café do expediente
A DÚVIDA?NAO AJUDA APENAS A JORNALISTAS. MAS AOS ADVOGADOS TBM QUE AS PLANTAM NAS CABECAS DE JUIZES, PROMOTORES E JURADOS PARA SAFAR SEUS CLIETNES DE UM ACONDENACAO.
Mas, nao precisava ser Legista para ver que as marcas no corpo dessa moca nao tinha profundidade alguma. Qualquer acadêmico de Direito e que tenha cursado a disciplina Medicina Legal saberia.
Eu mesma cursei Direito e na primeira foto já vi que nao era real. Fui criticada por brasileiros aqui no exterior mas permaneci com a impressao que tinha.
Como o caso dessa moca mexeu com dois países, creio que ela será condenada e depois deportada. Por causa de experteza, fez da vida uma tragédia individual.
Tanta gente que vem à Europa tentar a vida e gostaria de ter tido 20% das chances que ela teve...
Os 5 anos do curso de Direito só serviram a ela para criar uma impressao enviesada da vida: de que em qualquer parte do mundo ela poderia fazer o que se faz no Brasil.
Uma pena, viu?
Quando soube que essa senhora é advogada,logo percebí que tinha mutreta!
É fundamental que ao noticiar um fato ou uma possivel ocorrencia, o profissional tenha o bom senso de ser o maximo possivel responsável e se compormeta consigo mesmo averiguar o furo mantendo a consciência de que ao veicular uma narrativa, ele irá de certa forma formar opinião e com isso dividir posições.
Oi, Rogério.
Sou brasileira e, como escritora, reportagens como o dessa advogada despertam minha atenção.
O governo brasileiro não foi precipitado, simplesmente porque nossas autoridades e representantes têm uma definição bem diferente dos demais indivíduos em relação a verdade. Para eles, a verdade é definida pela questão "quem é a família?". No caso de Paula Oliveira, o pai dela é juiz e responde satisfatoriamente à dúvida pela verdade. Veja casos como o do índio pataxó, queimado por um grupo de amigos, apenas por diversão. As autoridades, respondendo à questão "quem é a família?" verificaram que havia juízes e advogados nestas Famílias, portanto tudo que o grupo de amigos dissessem seria visto como verdade absoluta, tanto que a justiça brasileira os julgou inocentes.
Entristece-me ver uma parcela da imprensa suíça, que eu imaginava mais evoluída, tratando como iguais grupos tão diversos - autoridades e representantes x povo brasileiro. Para compreender meu país é preciso antes, distinguir o povo dos demais ou correrão o risco de incorrerem em faltas tão graves quanto as de representantes e autoridades brasileiras.
Em tempo: adoro o ý, é o único jornal que assino. A verdade aqui parece ser ou estar bem próxima da minha definição da palavra.
Beijinhos cariocas.
Elida Kronig
Realmente a repercussao desse caso nao tem sido boa. A possibilidade de que a sra. Paula tenha feito seu proprios ferimentos e os atribuido a um ataque deixa uma ferida a mais na credibilidade dos brasileiros internacionalmente. Infelizmente o povo, e o governo brasileiros sao um tanto quanto passionais ao defender os direitos de seus con-cidadaos, e as declaracoes dadas preciptadamente nao serao esquecidas ou desculpadas rapidamente pela midia ou povo suicos. A sra. Paula ainda tem o beneficio da duvida e penso que o melhor no momento eh esperar a apuracao dos fatos e suas comprovacoes antes de qualquer outra conclusao, de ambas as partes.
Sempre confiei na ý, este acontecimeno reafirmou isso. Desde dos meus 19 anos de idade todos os dias entro no site da ý. Pra mim a um dos melhores sites de noticias. Abraços
Celso Amorim,
Peça para sair! Sua postura é incompatível com o cargo que ocupas. Sem ter ao menos todas as informaçoes sobre o caso, acusou imediatamente a Suiça de xenofobia. Seu principal passatempo é passar a mao na cabeça dos países pobres (e deixar que batam a vontade no Brasil por seus próprios interesses) e jogar pedras nos países ricos. Como se o Brasil pudesse viver sem o enorme volume de comércio com EUA e Europa.
Acorde! Está na hora de começar uma política externa de acordo com os interesses brasileiros e nao baseada em sua míope e tola ideologia.
Peça para sair!
O texto é uma verdadeira lição de jornalismo.Do jornalismo praticado com isenção e responsabilidade. O caso e sua cobertura serão alvo de análise pelos estudantes de Marketing e Políticas de Comunicação da Universidade do Algarve.
Provavelmente devido ao vexame que brasileiros vem passando nos aeroportos espanhois, a imprensa se precipitou, nao checou fontes e acabou errando. Agora, gostaria de ver uma materia sobre xenofobia e preconceito dentro do Brasil. Os brasileiros adoram reclamar que sao maltratados no exterior. Mas morei 15 anos na conservadora Sao Paulo e presenciei pessoas falando coisas horrorosas de imigrantes de paises em desenvolvimento como China, Bolivia e Nigeria. Sem contar do preconceito interno contra imigrantes da regiao nordeste. Acho que ta na hora de os brasileiros se olharem para si tambem e deixarem fazer papel de vitima.
O grande problema por trás desta pseudo-independência que os Srs. fazem questão de nos lembrar, está arrogância natural de países que ainda teimam em querer/continuar a ser referência no mundo, como se seus cidadãos todos fossem "louros dinarmaqueses", citando um certo programa humorístico da televisão, quando uma das personagems queria falar de "superioridade". Mas será que podemos falar de independência ou "pagos para duvidar" de órgãos de imprensa que, querendo ou não, é obrigado a defender os interesses de seu país? Não creio que a ý seja tão isenta assim. Aliás, olho sempre a ý com as lentes de como entendo a cultura inglesa, e só assim posso filtrar a informação, e um caso que serve de filtro emblemático é o do tempo do Império, quando conseguiram de um débil mental portugues que nos governava, que os ingleses que cometessem crimes no Brasil fossem julgados de acordo com as leis inglesas. A Inglaterra não mudou nada nestes últimos 200 anos. Como? Basta olhar as mentiras alimentadas, INCLUSIVE por vocês, sobre o Iraque, Afeganistão, e meu Deus, quantos mais. Mais: a hipocrisia cultural no caso dos escravos. Por outro lado, já perceberam o filtro que colocam em nossos comentários? Forum mediado? Não, forum censurado, no sentido mesmo de não permitir a liberdade de imprensa/opinião. Portanto, no caso de nossa cidadã agredida pelos "louros dinarmaqueses" suíços, vale lembrar: 1) A Suíça é o pais mais hipócrita do mundo, com sua pseudo-neutralidade; 2) Seus cidadãos quando deixam aquele país todo controlado e "certinho" (alguém ja disse, um cemitério....), nos outros lugares deixam se dominar pela sua natural agressividade, ou será que o criminoso Suíço aqui no Brasil (Lembram-se?) realmente teve um justo julgamento lá naquele país? (não foi extraditado, ao contrário de nossa cidadão que teve seu passaporte apreendido, e olha que isto é propriedade da República Federativa do Brasil!); 3) A suposta neutralidade Suiça não impediu que este país fosse sede de depósitos de fundos provenientes de lavagem de dinheiro (só Deus sabe de que origem), com contas simplesmentes "numeradas" e sem identificação (quanta morte de pessoas no mundo esse dinheiro pode ter representado?); 4) A suposta neutralidade Suíça não impediu de receber o ouro dos imigrantes judeus durante a segunda guerra e a sua apropriação como bem de seus veneráveis banqueiros (aliás quebradinhos como de todos os países ditos desenvolvidos ou "diretores" conforme classificação do Prof. Darcy Ribeiro). PORTANTO, qualquer notícia daquele país tem que passar pelo filtro do carater, coisa que não parece ser o forte daquela belezoca de lugar. (Ah! desculpem-me, esqueci de falar da poderosa indústria farmaceutica suiça....).
POR OUTRO LADO, É REPUGNANTE O TEXTO ACIMA: "Mas pouco depois peritos suíços comprovaram que Paula não estava grávida no dia em que disse ter sido agredida e que os cortes podem ter sido infligidos por ela mesma'.
QUER DIZER: Vocês são pagos para duvidar é de nós sul-americanos,por que somos naturalmente mentirosos; Acreditam nos peritos suiços só porque são "louros dinamarqueses europeus" e portanto, superiores. Ela não estava grávida no dia que sofreu os cortes, porque com certeza os "supostos peritos" fizeram uma autopsia nela e ela continua viva pela mágica da ciência superior suiça. PORTANTO, o post acima é ridículo, imbecil e preconceituoso. DUVIDEM das raízes das sua cultura, isto sim. Aprendam o julgamento romano sobre a dúvida, cultura essa que um dia realmente tentou civilizar essa ilha idiota chamada Inglaterra. E meu caro escritor, leia um pouco sobre a participação da Inglaterra na chamada "Guerra do Ópio na China" e tenha mais um pouco de respeito pelas outras pessoas do mundo.
Eu não culpo a imprensa ou o governo brasileiro. Quem poderia imaginar que um ato tão barbarie poderia ter sido feito pela própria vitima? Foi muita crueldade todos nós ficamos chocados. Certamente de agora em diante começaremos a tratar esses assuntos com mais cautela. Muita gente fala que é necessário o governo brasileiro pedir desculpas a Suiça, acho que cabe desculpas ao povo suiço e o governo brasileiro deve exigir explicações dessa cidadã que colocou nosso povo em exposição lá fora, fomos humilhados. Nosso país já não tem boa fama lá fora quem diria agora com esse episódio. Agora não adiante ficar lamentando, temos de ficar vigilantes para que episódios como este não venham a acontecer novamente.
Gostaria de chamar a atencao, para um determinado ponto deste caso: a reacao do Itamarati.
Quem acompanha o dia a dia, e as agruras dos brasileiros pela Europa, vai concordar que as manifestacoes do MRE foram totalmente fora do normal. Via de regra, a reacao dos consulados e do ministerio e o classico: " Nao podemos intervir em assuntos internos". Nesse caso o Itamarati, foi veemente, apressado e parece-me um pouco desastrado.
E por que o Itamarati foi tao expedito?
Ora! O pai da moca e acessor de um deputado em Brasilia. Que acionou seu deputado, um senador que pressionaram o governo brasileiro.
Nao questiono a atitude do pai, provavelmente na sua posicao faria o mesmo.
Questiono o Itamarati, que deveria sair do seu comodo imobilismo e defender mais brasileiros. Nao so os do andar superior.
Não sou profissional da notícia nem diplomata. Sou advogado. Mas desde o primeiro contato que tive com o caso, duvidei. Por diversos aspectos a história parecia inverossímel. Não eram fornecidos muitos dados, tais como as circunstâncias em que ela havia sido encontrada, autoria, testemunhas, etc. A reação das autoridades brasileiras me pareceu exagerada. Principalmente quando sabemos que turistas são assassinados nas calçadas de copacabana sem causar indignação alguma. Conclusão: falta preparo à nossas autoridades. Os brasileiros parecem ter perdido a autocrítica. Antes de acusar é preciso ter conhecimento absoluto dos fatos. A diplomacia brasileira é um desastre. Sobre a imprensa penso apenas que a notícia é para ser interpretada e não engolida como pílula. Vc acredita se quiser.
concordo com o editor da ý: houve pressa e pressão na nossa imprensa para noticiar o fato e com os ingredientes digbnos de filme: a neutra Suíça, uma estrangeira, estupro, neonazistas, estilete e morte de bebês.
Ao repórte compete checar(e checar) as evidências, duvidando de tudo até ter confirmadas cada pedaço das informações.
É ingenuidade nossa acreditar em informações que circulam em blogs.
Faltou sensatez na maioria da mídia brasileira.A TV Globo se deu ao trabalho de checar a gravidez junto ao RH da empresa onde a brasileira trabalha; não houve confirmação e não se deu continuidade ao caso.
Demos um furo no queijo suíço.
Alguns setores da imprensa brasileira costumam colocar a emocao antes da razao, o que considero um erro grave no jornalismo.
Acho que faltou imparcialidade e profissionalismo, alem eh claro da checagem das fontes.
Prezados amigos e amigas,
como suiço-brasileiro que ha dois anos mora no Brasil, conhecendo profundamente ambos os paises, desconfiei imediatamente dessa noticia. O fato da suposta vitima ter iscrito o simbolo do SVP (que nao è um partido neonazista) e a falta de vestigios do suposto aborto, alertaram-me. Tendo afirmado esta minha opiniao em familia, todos os parentes brasileiros me atacaram acusando-me de ser "nazista".
Pouco me importou mas mais grave de toda esta historia foi o comportamento de Seu Lula e de seu gerarca Celso Amorim. Sempre achei que eles sao uns improvisados incompetentes mas agora desconfio que a postura brutal e aggressiva contra um pais como Suiça, seja bem calculada.
Hà tempo que este governo (e seus omologos do Foro de Sao Paulo) andam cutucando os complexos e sentimentos de uma certa parte da populaçao. Começaram atacando os Espanhois, depois o triste e vergonhoso caso Battisti com Italia, e agora este penoso caso na Suiça. Nao interessa as consequencias das relaçoes diplomaticas, o que interessa è o resultado em politica interior.
Se assim fosse, seria tristissimo.
Os jornais hoje nao informam mais noticias, eles construem mitos. Por enquanto (ainda) existe Internet...
Boa sorte para todos!
A imprensa reporta no Brasil supostos crimes com muito emocionalismo e sensacionalismo, principalmente os políticos, vivo na Republica Popular da China e vejo como é reportada a China, para mais ou para menos ela ou é uma Disney ou é a nação comunista maluca. No caso da brasileira Paula, não queríamos dar a chance da policia suíça de duvidar, criamos que isso só iria servir para ela defender os interesses suíços, como acontece muito no Brasil, no caso a imprensa e o Itamaraty agiram como um espelho do brasileiro e com pouco profissionalismo, eu julgo. Julgo também que a imprensa suíça exagerou na resposta, ao colocar o Brasil como um país xenofobico e antisemita, 75% da população rejeita o estrangeiro? 99% da população nem sabe diferenciar um judeu de um alemão ou um inglês, como iríamos ser antisemitas? rsrs. Conheço uma colônia chinesa em Ctba que me disse que antes de irem para o Brasil residiam na Argentina, mas eram tratados como lixo, dai se mudaram para o Brasil, onde foram "melhor aceitos", conheço dezenas (literalmente) de gringos que viveram no mínimo meses no Brasil e nenhum se sentiu rejeitado, o que pega realmente é a sensação de insegurança, mas 75% dos brasileiros (+ de 100 milhões de pessoas) rejeitam os estrangeiros? fala sério!!! deveriam vir morar aqui na China, onde o povo literalmente para na rua para apontar o dedo e rir de você, adultos, rsrs
Sobre a atitude do Itamaraty, sem comentários, totalmente previsível, com sua habitual demagogia e incompetência.
Sobre a "tranqueira", mais uma tentativa de golpe, Lei de Gérson, símbolo mais explícito da nossa ética ou falta de ética...
Ainda nos perguntamos o porque que somos mal visto lá fora...
abs
Devemos também observar o contexto da situação xenófoba da Europa de hoje que, por ter seu índice de desemprego em elevação, culpa os estrangeiros que trabalham lá. E este é apenas um fator.
A revista Carta Capital desta semana conta que a polícia teria tentado intimidar a Paula Oliveira e que a cônsul do Brasil teria sido destratada por eles que lhe disseram (ou teriam dito) que fosse falar com a vítima se quisesse informações.
No mínimo cabe um questionamento ao Itamaraty se foi essa a atitude da polícia suíca com uma representante do governo brasileiro.
E há nessa mesma revista menção sobre o caso em que três italianos espancaram e queimaram um mendigo indiano. Os jornais na ocasião dsseram que eles fizeram isso para "divertir-se".
Seguindo isso tudo (e causando boa parte) vem as leis de imigração do Berlusconi.
Tem mais coisa aí.
Um governo açodado e sempre pronto a rebater tudo que venha à direita; que tem uma língua maior que a boca sempre pronta para chicotear. Tudo isso acompanhado de uma imprensa subserviente, gentil repleta de astros e estrelas merece o ditado de que a "lingua é o chicote do rabo".
Se a Paula pretendia indenização, o que pretenderia a nossa diplomacia contra a Democrática Suiça? Alguns opinam que a Paula deveria ser condenada e presa – ora, então para esses, qual deveria ser a condenação para a nossa “emotiva” diplomacia canhota? O Lula deveria enfiar o rabo entre as pernas e pedir desculpas à Suíça, mesmo que fosse sussurrando? A imprensa pró “fracos e oprimidos profissionais” deveria ser re-adestrada? Os “emotivos” jornalistas, ministro, consulesa e leitores brasileiros deveriam fazer uma “caixinha” para pagar o “mico”? Somos uma nação jovem" e temos muito a aprender, ou somos para sempre uma “república bananeira terceiro-mundista”?
Na verdade, o que vimos acontecer na imprensa brasileira, mais uma vez, foi o caso da Escola de Base à avessas. Divulgou-se o que se queria crer como verdade e não o fato investigado corretamente. É lamentável. Quanto ao governo, já esta acostumado a passar por este tipo de vexame. Nós, brasileiros, é que precisamos aprender a escolher melhor nossos governantes para, no futuro, não passarmos novamente por este tipo de humilhação.
á,
Grande e clássico caso da falta de cuidado da imprensa brasileira. Sou jornalista e me lembro muito do caso da Escola Base, de São Paulo, cujos donos foram linchados publicamente pela imprensa como abusadores sexuais. Descobriu-se que era tudo mentira, mas os acusados tiveram suas vidas destruídas.
Morro de vergonha de os jornais suíços dizerem a verdade no que falam do Brasil: 1. que a imprensa destrói a vida das pessoas, 2. que as mulheres usam a gravidez como tática para segurar o homem. Eu vi isso muitas vezes eu mesmo, aqui em São Paulo.
Mas como dizia um grande professor meu na PUC: a verdade nunca está numa pasta em cima da mesa. O que dizer de um blog! Como diria ele também, entrevistaram o relatório, ou no caso, o blog. Triste!!
E depois dessa minha admiração pela ý cresceu ainda mais. Parabéns pelo trabalho de vcs.
ç
Infelizmente a imprensa brasileira é sensacionalista,não procura pesquisar a realidade dos fatos seu problema é vender a matéria /informação.
Isso o que aconteceu e muito grave para nossa sociedade, pois duas instituições que são o alicerce da de um pais, ( Governo e Impressa) erraram e feio, não que não possam cometer erros mas o que preocupa que foi coletivo e grosseiro! Acho que o governo tem que ter muito cuidado antes de manifestar sobre qualquer assunto, seja ele qual for, neste caso fez com que toda uma nação passasse um vexame. Agora a impressa brasileira esta definidamente precisando de fazer uma reflexão, recentemente vimos o crime que os grandes canais de tv cometeram no caso Elóa, Aquela foi uma intromissão absurda que deveria ter sido investigada e os culpados punidos. Agora esse caso vergonhoso. Desta forma perdemos todos, os brasileiros a confiança na sua impressa e a impressa a sua credibilidade. Parabéns ao Rogério Simões pela honestidade, e parabéns a ý por adotar estes métodos, não e atoa que a ý e sinonimo de Credibilidade em todo o mundo.
Eu sempre disse que "Achologia" é uma ciência muito pouco exata.
1) Todo mundo aqui no Brasil tende a acreditar em conspirações de todo tipo sem se preocupar com os fatos. Levar o caso a ONU ? Só pode ser piada ! Grave erro !
2) A polícia Suiça é altamente técnica e competente. Não iriam divulgar o que falaram sem estar muito bem embasados quanto a isso.
3) O fato do governo brasileiro, principalmente o Presidente e o Chanceller terem agido da maneira que o fizeram foi lastimável. Preferiram fazer estardalhaço sem nem ao menos esperarem o final das investigações. Lamentável.
4) A Imprensa brasileira gosta de um agito (qual não gosta? vide o Sun..) mas apoiar incondicionalmente sem ter embasamento é leviano. Pega muito mal. Fazem isso tanto protegendo quanto atacando alguém. O que for mais conveninete na situação.
5) Se o fato for comprovado, cabe ao governo brasileiro enviar um pedido de desculpas formal à Suiça.
6) Se o caso fosse verdade, a Suiça teria muito mais a ganhar prendendo os agressores e punindo exemplarmente, e assim brilhando aos olhos do mundo, do que a ridícula hipótese de negar e abafar tudo. Questão de mera inteligência.
Imprensa e Governo brasileiro: ZERO !
Suiça: DEZ !
Entendido Rogério. Perdoo também pelas frustrações que tive em algumas vezes ter acessado a página da ý e não ter encontrado informações sobre uma notícia já amplamente divulgada nos noticiários mais assistidos do Brasil. Agora compreendo motivo.
Mas veja, aqui o brasileiro parece já acostumado à falsas notícias divulgadas na imprensa!! Pasmem: aqui, já elegeram (ou ainda elegem?) presidentes à custas da falsa propaganda e do sensacionalismo... se aproveitam da "boa fé" do brasileiro!
Tão acostumados estamos quanto tão desiludidos. Faço parte deste povo já cansado de ouvir tantas falácias em nossos jornais!!
Agradeço à ý pelo excelente serviço prestado ao Brasil! Acidentes de trabalho acontecem, e pode deixar certo que as próximas notícias serão divulgadas com ainda mais qualidade.
O Governo e a imprensa brasileira deveriam ter lembrado do velhíssimo ditado popular, que : " Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém" !!! Se precipitaram e deu no que deu!!! Estão aprendendo da pior forma: dando cabeçada na parede. Bem feito !!!
Realmente, prudência é muito importante. A precipitação é sempre muito perigosa. Felizmente, não é a maioria, mas tem muito jornalista e veículo de comunicação por aí pecando pela precipitação. Em muitos casos, julgam e condenam sem ter certeza do que realmente aconteceu.
Se ao menos tivesse perdido a língua ao invés do dedo...
Seria muito oportuno -talvez até indispensavel- informar alguns dados basicos, uma especie de background para casos como este que envolvem brasileiros no exterior, e especialmente em paises da UE.
populaçao da Suiça: aprox. 7,5 milhoes
estrangeiros: 1,6 milhoes = 21%
populaçao do BR: aprox. 190 milhoes
estrangeiros: est. 400-500 mil
Imagine se no n/querido BR tivesse a mesma proporção de estrangeiros que tem a Suíça: seriam aprox. 40 milhoes !!!!!
Os Brazucas mundo a fora estima-se entre 4 e 5 milhoes. As remessas de dinheiro desta brava gente que não fica esperando pelo bolsa-familia passa dos 2 bilhoes de US$/ano.
Mais= a cada 2,5 anos a populaçao de nosso pais cresce o equivalente a uma Suiça. E praticamente tudo nas periferias/favelas. Para incluir este grande contingente de crianças seria necessário constuir 90-100 mil salas de aula - todos os anos. É impressionante como ninguém neste pais fala sobre o tema, parece mesmo um tabu.
Quanto a investigação da policia em Zurich, que foi prontamente atacada pela mídia tupiniquim porque desaforadamente teve a coragem de não acreditar em nossa conterrânea, ora - que absurdo, numé !!! Não é preciso ser investigador profissional para detectar algumas incongruências:
A) Supoe-se que os Skinheads seriam no minimo simpatizantes (ou até talvez membros) do tal partido SVP ultraconservador. Para cometer um crime destes seria pura burrice identificar assim de cara quem o praticou e ainda em dose quadrupla. A sigla do partido aparece 4 vezes no corpo da moça. Bastava uma vez, porque 4. Para mim isto foi feito por alguem que é diametralmente contrario ao tal SVP e queria sim é prejudicar/atingir-o, e nao promove-lo.
B) Ainda existe um outro aspecto muito suspeito no depoimento dela quando diz que os supostos skinheads teriam escutado ela fala português ao telefone celular (com a mãe).
Ora, a aparencia da Paula não tem nada a ver com a tipicamente brasileira (morena ou mulata para os europeus), ela sim tem feições diria tipicamente de mulheres portuguesas. E, portuguesas tem é muito por lá - tanto na Suíça (Hoteleria e Gastronomia) como em Luxemburgo e também na Bélgica. Tem até emissora de radio em português. E estes fazem parte da UE. Só com um carimbo verde-amarelo na testa para adivinhar que é brasileira. Argumentos muito fajutos.
É injustificável as falhas tanto da ý...
Quanto de qualquer outro veículo de comunicação...incompetentes...
E os governantes do Brazil, nada além de irresponsáveis...como sempre...
Já dizia Charles de Gaulle...
"Le Brésil n’est pas um pays sérieux"(O Brasil não é um país sério)...
E o pior é uma Brasileira desqualificada tentar manchar a honra de toda uma nação séria como a suiça...
EDUARDO LOBATO SALLES MOULIN LOUZADA...
lobato.edu@gmail.com
Rogério Simões,
Tivemos recentemente outro caso similar de noticia sensacionalista na mídia brasileira quando foram repatriados alguns turistas brasileiros no aeroporto de Madrid/Espanha. A mídia brasileira fez um bafafá... e tanto sem no entanto entrar no mérito da questão como um todo. Parecia que a Espanha estava é discriminando e hostilizando o Brasil. Foram repatriados um total de 40-50 Brasileiros em 2008.
A estatística mostra que a Espanha recebeu em seu solo um total de 4 milhoes de estrangeiros durante os últimos 8 anos. Meio milhão/ano.
Ora, li dia destes que a Espanha repatriou ao longo do ano de 2008 um total de 46000 estrangeiros em situação irregular. A luz destes dados poderíamos até dizer que os brasileiros teriam razoes para comemorar pois muito poucos foram afetados pelas medidas restritivas adotados na Espanha (apenas 0,1%). Hoje e fácil fazer uma recherche, está tudo na Internet.
Um caso clássico de desinformação. Entortaram uma noticia de caráter benéfica em uma noticia maléfica. Na ocasião o presidente da Republica ainda titubiou. Agora, no caso da Paula em Zurich ele tropeçou feio. Era tudo que essa mídia queria. Prato cheio que “caiu do céu”
O pior da mídia é o sensacionalismo. Em direito existem algumas formas de escrever e/ou falar que o profissional usa por vários motivos. A criatura não classifica a outra parte de "mentirosa" mas que "ela está faltando com a verdade", assim vOcE não fere susceptibilidades e não espanta quem vai ler ou ouvir. No momento, no JN o reporter Marcos Losecam (?) fala da Suiça e chama a brasileira de "MENTIROSA"... E isso é inadmissível.
Esperamos que a colega Paula saia sem mais problemas e quem sabe, possa provar se está certa ou errada. Mais ainda teremos e veremos muita água passar por baixo dessas pontes.
abs,
A ý Brasil falhou porque o Itamaraty também falhou. Penso que esse tipo de erro - manchetes à toque de caixa - não é a primeira e nem será a última que depois de averiguado mais de perto, terá de dilvulgar esclarecimentos disso ou daquilo. A ý errou e admitiu através do Sr. Simões. Parabéns pela postura.
E porque não duvidar da versão suíça? A final de contas a soberania e reputação de um país, sobretudo um país que se diz neutro e guarda do dinheiro do mundo não tem preço. E a Suíça tem muito dinheiro. Dinheiro suficiente para comprar peritos etc. Devemos ter em mente que mentiras servem até para desencadear guerras (fato bem mais amplo e grave): só para relembrar USA e Iraque de nossos tempos. É difícil acreditar que uma jovem instruída e gerada no seio da elite brasileira se arriscaria em um ridículo tão grande.
A reacao do gov foi ridicula;mesmo se o caso realmente tivesse acontecido,nao era necessario mencionar holocausto,ONU,xenofobia contra uma brasileira etc.Um pais que se preza nao inicia uma crise diplomatica com outro por causa de um fato isolado.So ficaram quietinhos apos o resultado do teste de gravidez.A reacao teve tudo a ver com um certo complexo de inferioridade;Mostrar que somos fortes.O mais engracado e que para os vizinhos nao ha rompantes de furia.Ja a midia brasileira pisou na bola de novo.Um jornalista brasileiro na Suica foi perguntado se a midia brasileira sempre agia assim.Ele respondeu que no Brasil sempre tomam o lado do mais fraco.E eu respondo que jornalismo serio so e feito com investigacao.Essa hist de mais fraco nao e preocupacao,e interesse.Sensacionalismo e comocao dao mais audiencia e vende mais.Nada como uma hist de forte X fraco.
A parcialidade no jornalismo e horrivel.Dia desses a manchete de um jornal do Rio era: "Soldado israelense mata palestino". Bom, a verdade e que o miliciano palestino ia jogar uma granada na cabeca do soldado que estava do outro lado da fronteira, este se defendeu. Enfim...
Nada de anormal, afinal vivemos no pais da mentira e ela como boa brasileira ...
Ainda tenho minhas dúvidas.Quem que teria coragem se se mutilar?? que eu saiba só uma pessoa com transtornos mentais
Foi a primeira coisa em que pensei quando depois li que a "moça" não tinha sido atacada... como é que a imprensa publica uma notícia, assim, rapidamente, sem checar minimamente a veracidade dos fatos???!!!
Boa memória tem o leitor Sr. Jorge Generoso, que lembra de fatos,(quem tem memória lembra, do crime monstruoso cometido por um suiço-alemão e que sequer foi extraditado)para essa nova geração desconhecedora de certos fatos do passado (alguns não eram nascidos, dá para entender). No primeiro instante quando a notícia do ataque dos "skinhead" à Sra. Paula Oliveira eclodiu, em nenhum momento, duvidei da veraciade do ataque, pois não é nenhum segredo e tampouco qualquer um que vive há décadas na Europa, pode perfeitamente afirmar que a maioria dos países europeus são xenófobos. O Sr. Celso Amorim agiu corretamente em defesa de uma cidadã brasileira (afinal ele é pago para isso, e honrou a sua função em cuprimento do seu dever: errando ou acertando) ameaçando e colocando pressão em cima das autoridades suiças (afinal já estamos de "sacos-cheios" de sermos tratados como cidadãos de 3ª classe). Porque o Ministro deveria duvidar das afirmações da brasileira? As investigações da polícia deu os seus frutos, justamente porque ouve essa pressão. Agora se o Ministro não se pronunciasse, e adotasse aquela velha postura preconceituosa de algumas décadas atrás, (que o Sr. Rogério Simões bem ilustrou, ou seja duvidar sempre, sobretudo quando estiver envolvido, "brasileiro-mentiroso-sul-americano)de só dar credibilidade à estrangeiros-europeus-que-não-mentem-jamais-e-não-são-oportunistas-aproveitadores-como-os-brasileiros-o-são. Tudo isso me fez lembrar, juntamente com a reflexão do leitor, Sr. Jorge Generoso, do episódio corriqueiro que o Sr. Ivo Rapôso (brilhante delegado de polícia da 13ª DP - Ipanema)presenciou e relatou nos jornais, na ocasião, o fato de estrangeiros que vinham sempre registrar queixa de furto/roubo de máquinas-fotográficas. Todas as suposatas vítimas, registravam queixa e a seguir chegavam em seu país de origem relatando que foram vítimas de furto/roubo no Rio de Janeiro. Ninguém nunca duvidou da veracidade, afinal RJ só tem ladrão e mortos-de-fomes que atacam mesmo, isso ninguém duvidou, sobretudo, porque havia o registro da queixa na polícia. Anos mais tarde, a polícia parou de registrar as queixas dadas pelos "europeus-que-não-mentem", e descobriu que havia um "boca-a-boca" ou "networking" na linguagem de hoje, (ainda não existia internet) perfeito que funcionava em favor das falsas vítimas-européias. Era o próprio preconceito do brasileiro em relação ao seu povo, que ensejou o golpe dos falsários, sabedores que a sua palavra tem mais peso e valor do que um próprio brasileiro em seu país. Quem lê jornal e tem memória lembra muitíssimo bem desse episódio. Inclusive quem duvidar do relato acima, pode procurar o delegado, que continua até hoje, lá na mesma DP de Ipanema.
Interessante o fato de vcs explicarem como funciona o jornalismo de vcs.
Eu, quando li em um site do Brasil, também acreditei que era verdade. Não conheço a realidade na Suíça e o termo "neo-nazista" é sempre tão usado... Mas achei interessante que foi no site da ý, antes de todos do Brasil, que foram noticiados os fatos como a impressa suíça via, duvidando do que a advogada tinha dito. Portanto, neste momento, vcs foram mais rápidos ao noticiar.
Parabéns ao jornalismo de vcs, que tenho como um dos mais confiáveis.
A ý Brasil ainda não me convenceu. A manchete de hoje: "cavalo causa caos nas ruas de Paris". O que vi foi um cavalo correndo, sem no entanto, ver o caos provocado que só o jornalista da ý conseguia "enxergar". Voilá, ça c'est la presse bresilienne...c'est tourjour l'exaggère. E o Sr. Rogério Simões, ainda vem falar de dúvidas, dos jornalistas brasileiros, se aqui eles (brasileiros que trabalham em Londres) fazem a mesma coisa. As baboseiras estão em toda à parte e, sobretudo, nos olhos de que vê. Nós o leitores para ficarmos informados temos que "beber em todas as fontes" e ter o senso-crítico sempre em estado de alerta para evitar os enganos induzidos.
Caro Rogério,
Sem DÚVIDA, você tem razão. Como vemos, a verdade apareceu.
a TV Globo quem primeiro deu a noticia,
aqui no Brasil, ate agora não se retratou!
Congratulações pela postura da ý com relação a edição de notícias, pressa em informar um fato, “ Flash Press”
vemos isto diariamente em vários veículos de comunicação que em algumas horas são obrigados a retificar a informação
publicada “ credibilidade “ é a grande diferença entre a ý é outros meios de informação.
á, leitores ý Brasil ... Concordo que foi lamentável o fato de a mídia e o governo ter se antecipado à apurações de veracidade do caso da advogada Paula Oliveira, mas espero que NINGUÉM esqueça que as autoridades suíças demoraram 'uma vida' para responder aos questionamentos aflitos da consulesa do Brasil, logo na alturas dos primeiros rumores acerca da suposta agressão... Sendo assim, tendo em vista a possibilidade (até então crescente) de uma agressão brutal a um nacional no estrangeiro e o silêncio sepulcral das autoridades suíças acerca do fato, não creio que seja erro tão somente do lado brasileiro a repercussão internacional do boato (ou não)da suposta agressão por neonazistas ... De toda sorte, é bom saber que não ficamos totalmente sozinhos (abandonados) no exterior ...
Gente, primeiro temos que entender que o nosso atual governo está tentando assumir ares de uma importância que não tem neste mundo cada vez mais globalizado. Lembram que o MRE brasileiro propôs ser interlocutor entre gaza e Israel? E foi descartado? Lembram das críticas ao modelo neolib euro-americano? Podem acertar uma, mas é como ganhar na loteria. Proponho que o nosso presidente fique mais com a boca fechada e que se cerque de pessoal inteligente e confiável e seja um mero repetidor. Nisso o FHC era um pouco mais sagaz, exceto por ter chamado aos aposentados de vagabundos. O presidente pode até ser passável aqui, mas deveria deixar que pessoas mais sábias tecessem opiniões sobre temas capciosos em assuntos que envolvam outras soberanias. Também creio que a imprensa deveria ser cuidadosa com o que divulga e de que forma divulga. O Ibope momentâneo a meu ver, não paga a perda da respeitabilidade por um "furo" fajuto. Qualquer jornalista que se presa, busca sem demagogia e sem sensacionalismo a notícia, sua fonte, a veracidade e posteriormente a publica, ou deveria procurar ser colunista de fofocas sobre a fútil e parasitária high society brasileira, ou ainda discorrer sobre a moda e somente ela. Em nosso tempo, com a internet, a qualidade da informação se tornou um forte diferencial, haja vista que as notícias são prática e simultaneamente as mesmas em cada canal de informação. Espero que a ý se desvie dessas mazelas e demonstre a respeitabilidade de que é feito o seu nome.
A brasileira Paula Oliveira ainda está em território suíço com todos os documentos retidos e sem poder sair do país, portanto tenhamos prudência antes de condenar seus atos ou notícias veiculadas erroneamente. Somente quando ela retornar ao Brasil, provavelmente saberemos o que realmente aconteceu na Suíça.
Ana Bela
Ótima esta contribuição, reclamando do “silêncio sepulcral das autoridades suíças”.
É um exemplo p.exl. como a mídia influencia (eu diria até domina) a mente do cidadão!
Todos nos vimos que desde o primeiro momento a policia suíça levantou duvidas sobre o depoimento da suposta vitima. Só que não era isto que o leitor/espectador tupiniquim queria ler/ver.
Ali estava pintado como numa obra de arte – o MAL contra o BEM, e de maneira espetacular= neonazistas conta a princesinha inocente. É como nas novelas diárias nas telinhas para o pessoal “da poltrona”. Já estava nascendo uma nova heroína para os assíduas da telinha.
Lembram daquela moça amiginha no caso Eloah em SP? O maior desejo era receber uma visita do Alexandre Pato (certamente o seu herói).
Num instante só, enquanto as autoridades de lá prosseguiam nas investigações, nos aqui, incl o presidente Lula já achamos os culpados e os condenamos – incluindo ai a policia suíça, a justiça suíça, o povo suíço e toda a Europa – é claro. Pau neles!!
No futebol seria= Gol neles!!
Mas logo aparece que ninguém queria saber: a Paula mentiu – não estava grávida. E pouco a pouco vai desmoronando a pintura da princesinha heroína. Que tristeza. Estavamos órfãos novamente. Foi sem nunca ter sido.
Veja de quao grande foi a expectativa: ...”mas espero que NINGUÉM esqueça que as autoridades suíças demoraram 'uma vida' para responder...” Foram dois dias se não me engano.
Depois de encarar a realidade o que fazer? “Joga pedra na Geni”!!
Parabéns! Mas era de se esperar dopadrão ý. Ruim, nessa história, sai a imprensa brasileira, que agora se expõe como pouco preparada e provinciana, como seria de esperar com a qualidade das escolas de jornalismo no país. Já o governo, fez o que era esperado dos homens pequenos que o têm povoado recentemente. Nenhuma surpresa aí, infelizmente para nós...
Que texto bobo!
Nada acrescenta...um rame-rame sobre o obvio ululante...Esta na hora dos jornais voltarem a admitir profissionais de outras areas, pois estes foram os grandes jornalistas! A exigencia de graduação em jornalismo deu nesta queda absurda de qualidade de nossa imprensa, pasteurizada na mediocridade!
Agora todo mundo critica a postura do governo brasileiro, mas ninguém assume que caiu na mentira desta cidadã que manchou ainda mais o nosso povo. A culpa de tudo isto é dela. O governo brasileiro só fez a parte de defender um cidadão de uma possivel barbárie cometida por supostos neo-nazistas. Se eu não me engano foi na própria suiça que um outro brasileiro foi atacado por ser negro e morto, e este não foi supostamente, foi morto mesmo.
A Suiça pediu desculpas? Não.
Porque agora o nosso governo tem de pedir desculpas?
Agiu de acordo com os fatos, embora devesse ter esperado e investiado, agiu porque era muita barbarie para ser feita pela propria vitima. O que deve ser feito é repatriar esta cidadã e dar o devido tratamento psicologico a ela. Querendo ou não ela é brasileira.
Definitivamente, a ý não é o tipo de fonte de notícias a que se recorre quando existe pressa. E isso é muito bom, pois costumo me deparar com informações corretas e bem trabalhadas, diferentemente de outros meios, que cobrem os fatos superficialmente. O jornalismo da ý faz a diferença exatamente por isso e, mesmo sendo falível, como qualquer um de nós, é uma fonte que inspira credibilidade.
Então a ý já sabe que foi tudo mentira da Paula?
A versão da Política Suiça já é a oficial de acordo com a ý do Brasil?
Parabéns pela dúvida.
Não há nada ainda na ý inglesa.
O furor sobre o caso já está silenciado. Mesmo assim, este post continua atual.
Atitude irrepreensível e louvável, a de vocês. Vejo nobreza na cautela, com o propósito de se apurar a verdade e oferecer um trabalho sério, confiável. Valorizo muito mais isso do que um furo de reportagem.
Mas vasculhando blogues, encontrei o post que Lefebvre de Saboya (aliás, vi, agora, que ele foi o primeiro a comentar este post)escreveu sobre o que acompanhou aqui, na ý.
Rogério, talvez, você já tenha visto. Senão, cá está o link:
Acho que Lefebvre exagera um pouco. Provavelmente, um rigor típico dos teóricos. Mas concordo com ele, em parte. Os erros são mesmo inevitáveis, em tudo na vida, e é sempre difícil assumí-los. Tão difícil que, quem assume surpreende, e tende a se tornar ainda mais confiável do que o outro, que nem errou.
Desde o primeiro dia em que vi os cortes na barriga dela e notei os padrões de escrita feitos e PRINCIPALMENTE a letra "S" invertida, pensei comigo: estes neo-nazistas são muito burros ou ELA mesma fez os cortes...
Não deu outra! Nossos "perítos" jornalistas são muito emocionais mesmo.
Caso semelhante ocorreu também num "sequestro" lá no Sul do Brasil, onde a mãe relatou a delegada (muito emocional) que seu filho havia sido sequestrado, por sujeitos que estavam dentro de um carro parado numa estrada vicinal...
Também não tive dúvidas, mas a delegada não. Logo foi publicado pela Rede Globo os "retratos-falados".
No outro dia mesmo um delegado entrou na parada, as vezes os homens são arrogantes, mas não resta dúvida que para estes tipos de caso, a objetividade masculina tem seu lugar. O delegado pressionou a "mãe chorona" e logo descobriu-se toda a verdade! A mãe tinha planejado o sequestro!
Como já disse o filósofo Descartes, todo mundo acha que tem bom senso!
Precisamos é de certezas baseadas não na narrativa dos outros mas na nossa interpretação direta dos fatos.