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Arquivo para fevereiro 2011

Visita de Obama ao Brasil pode incluir passeio à praia

Alessandra Correa | 01:15, sexta-feira, 25 fevereiro 2011

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Os detalhes da programação do presidente Barack Obama em sua visita ao Brasil ainda não estão fechados, mas especula-se que entre reuniões com autoridades e empresários, o líder americano talvez encontre tempo de ir à praia.

Em sua passagem por Washington para preparar a visita do presidente americano, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, lembrou que Obama, nascido no Havaí, gosta de praia e tem interesse em conhecer as belezas do Rio.

"Temos que levar em consideração que ele estará durante um domingo no Rio de Janeiro", disse o chanceler em entrevista a jornalistas em Washington.

"Como eu já comentei meio de brincadeira, mas não deixa de ser verdade, ele nasceu e cresceu no Havaí, ele é um praieiro de certa forma, acho que ele tem muito interesse também em conhecer o Rio, pela sua beleza, como futura sede da Copa do Mundo, dos Jogos Olímpicos, e também pelo seu grande interesse em projetos de infra-estrutura."

Obama estará no Brasil nos dias 19 e 20 de março e deve viajar acompanhado da primeira-dama, Michelle, e das filhas, Sasha e Malia.

A ideia é que o presidente americano faça um grande discurso no Rio, ainda sem local definido. Obama também pretende visitar uma favela pacificada.

Em Brasília, o líder americano se reúne com a presidente Dilma Rousseff e fará um discurso de teor mais econômico, voltado para o setor empresarial - que não gostou nem um pouco de o roteiro ter deixado São Paulo de fora.

Depois do Egito, EUA enfrentam novo desafio com crise no Bahrein

Alessandra Correa | 00:26, sexta-feira, 18 fevereiro 2011

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Uma semana depois da queda do presidente egípcio Hosni Mubarak, forçado a renunciar após 18 dias consecutivos de protestos contra seu governo, os Estados Unidos assistem agora a crescentes manifestações populares contra outro aliado importante.

Diante da notícia de que pelo menos quatro manifestantes foram mortos e mais de 300 ficaram feridos na repressão aos protestos no Bahrein nesta quinta-feira - outros dois já haviam morrido ao longo da semana -, o governo americano se encontra novamente na difícil situação de dosar sua resposta aos fatos.

A imprensa americana está repleta de análises sobre como a demora em denunciar os acontecimentos no Bahrein poderá ter um impacto negativo na reputação americana.

O governo já foi criticado por alguns setores por ter demorado a se posicionar claramente sobre a crise no Egito.

"O governo Obama levou muito tempo para encontrar seu tom sobre o Egito. Isso é parcialmente compreensível, devido aos investimentos estratégicos do país no Egito. Mas o custo para a reputação americana pode ser alto", diz um editorial do jornal The New York Times.

Nesta quinta-feira, com as notícias sobre a escalada da violência no Bahrein, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, manifestou "profunda preocupação" em um telefonema ao ministro de Relações Exteriores do país e pediu que as autoridades contenham a violência.

Hillary também pediu "mudanças significativas e reais" no país, descrito por ela como "um amigo e um aliado".

O presidente Barack Obama, porém, ainda não se pronunciou. Alguns analistas chamam a atenção para o contraste entre a rapidez de Obama ao condenar a repressão às manifestações desta semana no Irã, que também deixaram mortos, e o silêncio até agora sobre o Bahrein.

Assim como o Egito de Mubarak, o Bahrein, governado pelo rei Hamad bin Isa al-Khalifa, é um parceiro estratégico do governo americano na conturbada região do Oriente Médio, inclusive nos esforços para conter as ambições do Irã.

O pequeno país do Golfo Pérsico abriga uma base da Quinta Frota Naval dos Estados Unidos e já foi elogiado recentemente por Hillary Clinton "pelo comprometimento do governo com um caminho para a democracia".

No entanto, a população, de maioria xiita, demonstra descontentamento com a monarquia sunita que comanda o país. Os protestos desta semana, impulsionados pelos levantes que derrubaram os governos na Tunísia e no Egito, exigem reformas, empregos, moradia e uma nova Constituição.

Os manifestantes querem um Parlamento mais representativo e um gabinete sem a presença do primeiro-ministro Khalifa bin Salman Al-Khalifa, há 40 anos no poder.

Assim como no caso do Egito, os Estados Unidos voltam a enfrentar o dilema entre apoiar um aliado importante ou os ideais de democracia que defendem.

"A maneira como o governo agir em relação ao Bahrein provavelmente será um indicador de como vai lidar com o equilíbrio entre proteger seus interesses estratégicos e promover a democracia", escreveu o New York Times.

"Um equilíbrio que alguns críticos dizem nunca ter sido propriamente atingido nas por vezes desastrada resposta ao tumulto no Egito", diz o jornal.

O Egito e o dilema de Obama

Alessandra Correa | 01:35, quinta-feira, 3 fevereiro 2011

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A crise no Egito chama a atenção para um dilema presente há muito tempo na política externa americana: como defender os ideais de democracia e, ao mesmo tempo, os interesses do país.

Desde que começaram os protestos pedindo a saída do presidente egípcio, Hosni Mubarak, os Estados Unidos se veem na difícil escolha entre apoiar o clamor dos manifestantes ou um aliado de 30 anos, considerado crucial para os interesses americanos em uma região estratégica.

Em uma entrevista publicada no site do Council on Foreign Relations, o ex-secretário de Estado americano James Baker definiu a situação no Egito como um exemplo de como "é difícil conduzir a política externa".

"Nós temos de considerar princípios e valores, sim. Democracia, direitos humanos, liberdade. Mas nós também temos de considerar o interesse nacional", disse Baker, que ocupou o cargo de 1989 a 1992.

Mubarak teve um papel importante nas negociações de paz entre israelenses e palestinos e tem sido um parceiro fiel do governo americano na luta contra o extremismo islâmico e contra as ambições do Irã.

Muitos nos Estados Unidos temem que sua saída abra caminho para um governo com posições antiamericanas.

Além disso, o Egito é um país importante na região e o desenrolar dos acontecimentos pode influenciar outros países.

Os Estados Unidos fornecem ao Egito mais de US$ 1 bilhão por ano em assistência, grande parte para o setor militar.

No entanto, nos últimos dias, diante da escalada dos protestos, a sensação no governo americano parece ser a de que o líder egípcio deve deixar o poder o mais rápido possível.

No pronunciamento que fez logo após Mubarak anunciar que não pretende concorrer à reeleição em setembro - e depois de uma conversa de meia hora por telefone com o líder egípcio -, Obama não pediu sua saída imediata, mas deixou claro que a transição no Egito deve começar "agora".

Em um artigo publicado na revista Foreign Affairs, o analista Steven Cook disse que ao longo de seu governo Mubarak esteve sempre diante de duas posições "irreconciliáveis".

"Ele poderia ser o homem de Washington ou um homem do povo - mas não ambos", disse Cook.

O analista disse acreditar que "nenhum líder egípcio vai cometer esse erro novamente".

Ainda não se sabe como a crise no Egito vai acabar, mas analistas concordam que, seja quem for o novo governante do Egito, é certo que a relação com os Estados Unidos não será mais tão próxima.

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