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Maria Luisa Cavalcanti | 2007-08-30, 20:36

"Redevelopment" parece ser a palavra de ordem hoje em Londres. A cidade virou um canteiro de obras. No centro, prédios antigos são derrubados sem pena para darem lugar a construções envidraçadas e metalizadas. Nos bairros mais afastados, qualquer terreno está ocupado por guindastes e tratores.
A pior face dessa onda de modernização e especulação imobiliária é, para mim, a descaracterização de pontos interessantes da cidade. Recentemente, o mercado de Spitalfields foi reduzido pela metade para dar espaço a um minishopping. Os artistas e designers que vendiam suas coisas ali foram espremidos e ganharam a concorrência de lojas de grife. O público também mudou, e o que era um ótimo programa de domingo virou uma chatice.
Agora, quem está ameaçado do mesmo mal é o Stables Market, em Camden. Esta semana, dezenas de comerciantes locais fecharam seus pontos e foram realocados em outro mercado próximo. Muitos reclamam que perderam espaço e posições estratégicas. Mas o maior impacto virá mesmo quando o local virar outro shopping center, com suas Body Shops, H&Ms, Accesorizes, Offices, Gaps etc. Os admnistradores garantem que as obras são só para melhorar o local e que essa invasão não vai acontecer, mas moradores e freqüentadores já trataram de criar uma para tentar fazer frente à modernização desgovernada.
Eu já assinei.

dzԳáDzDeixe seu comentário

  • 1. à 03:11 AM em 01 set 2007, Mig uel Lenz escreveu:

    䲹í

    É o capitalismo em sua plenitude, onde tudo é transformado em dinheiro ou instrumento de produção do mesmo.A desvalorização do homem e de sua cultura avança em razão direta com a valorização das coisas. E o pior: essas “coisas” são factóides produzidos pela máquina de produzir dinheiro capitalista.Assim temos “edifícios moderníssimos”, shoppings de “ultima geração”, centros de “lazer futuristas”, etc., que nada mais são do que pitonisas que nos enfeitiçam e nos hipnotizam, transformando-nos em escravos de um consumismo sem razão nenhuma do que a de encher os bolsos do capitalista
    de dinheiro. E o pior que nós também somos culpados, afinal, como consumidores afinados com o discurso capitalista da modernidade, acabamos optando pelo valor cultural imposto em detrimento do valor cultural objetivado pela relação do tempo e pela sedimentação dos costumes.Hoje, vivemos a ditadura do novo, da moda, do “necessário que não existe”.Este homem do século XX, possue todas características de uma alienação maior: sua própria individualidade, substituída pelo que o “outro quer de mim”.E este outro, o “fazedor de dinheiro”, tudo muda, tudo transforma sempre em beneficio próprio.E nós, copitados, acabamos engolindo essa "modernidade" para não ficarmos caretas ou ultrapassados

  • 2. à 08:55 PM em 01 set 2007, Rodrigo escreveu:

    Boa. Assinei também.

  • 3. à 01:21 PM em 03 set 2007, Antonio Carlos escreveu:

    Quando o homem ver que o mundo não foi ele quem fez. Então, descobrirá que o mundo que o fez. Não se faz o mundo mudar, porque ele mudo por se só. É como o filho matar a mãe. O homem está matando a mãe Natureza, pelo prazer de ter (dinheiro) poder que ele mesmo tira da Natureza, dizendo que é melhor, moderno e lucrativo. Destruir em nome do progresso, dizendo que vai melhorar a vida das pessoas, mas só daqueles que se dizem homens de negócios.

  • 4. à 06:13 PM em 03 set 2007, Mig uel Lenz escreveu:

    E tem mais: Esse fenômeno também está ocorrendo em sintonia com as previsões de um dos maiores economistas ingleses e um verdadeiro profeta dos novos tempos, tantas vezes atacado por marxistas de todas matizes e liberais de várias cores, Thomaz Robert Malthus

    Malthus, no final do século XVIII, afirmou que diz chegará em que “haverá mais bocas para alimentar do que braços para produzir”.Ora, o que está ocorrendo na Europa atual de mais evidente? A invasão do mundo inteiro que, com justiça, também quer comer n o boquim dos milionários. Ou seja, “ta todo mundo indo pra lá” – como diz meu açougueiro da esquina – quem tem um filho na Irlanda trabalhando em frigorífico e não quer mais voltar para a mesa subdesenvolvida. Ora, se milhões imigram para a Europa e outros milhões nascem anualmente, evidentemente que os espaços estão ficando apertados , há falta de moradias e as cidades estão se agigantando de maneira espetacular. Em tal cenário, velhas paisagens estão sendo coberta por edifícios, cortadas de estradas, etc.É a modernidade necessário destruindo o passado nostálgico.

    O brabo vai ser quando as cidades inglesas se unirem numa gigantesca megalópoles que cobrirá toda ilha, coisa que parece estar acontecendo no Japão.Aí não vai sobrar espaço nem para criação de formigas...Ou então, como ocorre em Hong Kong, as pessoas terão de aprender a viver em gaiolas...

    Malthus deve estar rindo a toa em seu lugar no além!

  • 5. à 01:31 PM em 04 set 2007, Cristiane Benedito escreveu:

    Aqui em minha cidade também está acontecendo a mesma coisa, daqui a pouco se NENHUMA providência for tomada, a historia deixará de existir.
    Triste constatação!!!

  • 6. à 10:38 PM em 04 set 2007, Victor Marassato escreveu:

    Concordo sim com tudo o que foi dito!

    Como grande entusiasta da grande Londres adoraria poder assinar a پçã, mas infelizmente não tenho residência lá.

    Espero que cada vez mais pessoas se unam a favor das tradições culturais, e me alegra muito saber que também há pessoas que pensam como eu.

  • 7. à 10:05 AM em 05 set 2007, Sergio Alcantra escreveu:

    Descordo totalmente. O 'redevelopment' em partes de Londres ja esta ha longo atrasado, e com certeza trara mais beneficios que o previsto. Nao faz sentido mantermos as pequenas lojas locais, sendo que esta sao sempre com preco acima da media, os seus atendentes sao mais que sempre muito grossos com seus clients, e no mais sempre empregam alguem para ficar de olho se os clientes estao roubando. A nossa sociedade e construida na base da confianca e da tolerancia, entao nao acredito que haja lugar para o 'culpado ate que se prove o contrario'. Se eu nao posso olhar as mercadorias sem ser vigiado, nao me sinto confortavel. Os grandes supermercados e redes de loja, na outra mao, nos oferecem preco, variedade, rapidez, qualidade, respeito, consideracao pelo cliente e tudo o mais que uma pessoa vivendo em Londres precisa. Nao acredito nessa peticao, e seria uma pena se fosse levada em consideracao.

  • 8. à 11:52 PM em 10 set 2007, rodrigo escreveu:

    Hummmm...Markets, omg... Pessoal... sem bicho grilismo! Na gde maioria esses Markets são um lixo... um monte de nada e de velharias ( não falei de antiquidades ) e pessoas que se acham bacanas e modernas! Por favor, tirando raríssimos casos, oq não é de qualidade passa e oq é bom fica! Londres de hoje não seria oq é, assim como, Paris não seria oq é hoje se não fosse o 'redevelopment'... Assim desejo que Londres siga seu caminho... como fez several times no passado... Uma coisa é destruir o English National Opera, outra é dar uma limpada nos "markets"... mãos a obra!

  • 9. à 11:52 PM em 10 set 2007, rodrigo escreveu:

    Hummmm...Markets, omg... Pessoal... sem bicho grilismo! Na gde maioria esses Markets são um lixo... um monte de nada e de velharias ( não falei de antiquidades ) e pessoas que se acham bacanas e modernas! Por favor, tirando raríssimos casos, oq não é de qualidade passa e oq é bom fica! Londres de hoje não seria oq é, assim como, Paris não seria oq é hoje se não fosse o 'redevelopment'... Assim desejo que Londres siga seu caminho... como fez several times no passado... Uma coisa é destruir o English National Opera, outra é dar uma limpada nos "markets"... mãos a obra!

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