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Arquivo para setembro 2007

Elas moraram com Jimi Hendrix

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Thomas Pappon | 16:22, sexta-feira, 28 setembro 2007

Coment谩rios (6)

Elas me perseguem, aos gritos, no caminho do trabalho aqui em Londres. Abusadas, invadiram o jardim de casa. E me deixaram paran贸ico, quando, por alguns instantes, nas f茅rias de julho em S茫o Paulo, tive a impress茫o de que elas atravessaram o Atl芒ntico para me acordar de manh茫 com seu barulho infernal.
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A invas茫o das maritacas 茅, pelo visto, um fen么meno compartilhado por moradores de Londres e S茫o Paulo. A revista Time Out, h谩 duas semanas, destacou os 鈥榩arakeets鈥 como uma das principais evid锚ncias de vida selvagem no maior centro urbano do pa铆s.

O sul de Londres est谩 cheio delas. Voam em bandos de at茅 sete ou oito, sempre estridentes, disputando os frutos nas copas das 谩rvores. Um estudo da Universidade de Oxford diz que sua popula莽茫o cresce 30% ao ano na Inglaterra.

Mas curioso mesmo, al茅m da mera presen莽a, em plena metr贸pole, de um bicho t茫o ligado ao nosso imagin谩rio de mato e selva, s茫o as teorias que tentam explicar sua chegada aos parques da cidade. Uma diz que elas escaparam de avi谩rios danificados por uma tempestade em 1987, outra, que fugiram do set de um filme e, a mais legal, que elas s茫o os descendentes de um casal de aves que pertencia a Jimi Hendrix e que teria sido solto pelo m煤sico de seu apartamento no centro da cidade - provavelmente para que pudessem, a exemplo de Hendrix, beijar o c茅u.

Hendrix morou em Mayfair, perto do Hyde Park e do agito da swinging London do final dos anos 60. O casal que saiu voando da janela desse ap锚 testemunhou a vida hippie do grande 铆cone da contra-cultura e do psicodelismo, e tamb茅m os momentos de inspira莽茫o e cria莽茫o de coisas como Little Wing e Purple Haze('Excuse me/while I kiss the sky'). Ou pode at茅 ter inspirado Hendrix, quem sabe, com seus trinados de amor.

Tor莽o para que haja uma est贸ria como essa explicando o surgimento das maritacas em S茫o Paulo.

Ser ou n茫o ser politicamente correto?

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M谩rcia Freitas | 12:48, sexta-feira, 28 setembro 2007

Coment谩rios (23)

Venhamos e convenhamos, mas gente politicamente correta 茅 pr谩 l谩 de chata.

Os ciclistas, por exemplo. Parecem crer que est茫o - e podem at茅 estar - ajudando a salvar o planeta. O problema 茅 que muitos aqui em Londres parecem tamb茅m pensar que por estarem fazendo tal bem 脿 humanidade, n茫o precisam obedecer as leis de tr芒nsito. E eu n茫o vou nem come莽ar a falar dos n茫o-fumantes.

Mas essa coisa de ser ou n茫o politicamente correto acaba sempre se invertendo. Outro dia, no pub, ouvi um amigo meu dizer que homens que usam maquiagem n茫o s茫o 'normais'. Torci o nariz, indignada, em defesa dos amigos drag queens que, infelizmente, n茫o tenho.

E fica ainda mais complicado. Na semana passada, a loja Zara retirou de suas lojas aqui na Gr茫-Bretanha bolsas que levavam su谩sticas estampadas ao lado de flores, depois de reclama莽玫es de consumidores. Apesar de ser um s铆mbolo de paz para os budistas e hindus, depois que foi seq眉estrada pelas nazistas e veio a representar os horrores que representa, a su谩stica foi condenada para sempre. Defend锚-la n茫o 茅 apenas politicamente incorreto, mas tamb茅m potencialmente perigoso e ningu茅m ir谩 se arriscar a faz锚-lo.

Mas h谩 tend锚ncias bem mais simples e, na minha opini茫o, um tanto rid铆culas. Muitos j谩 devem saber o que aconteceu com a can莽茫o de roda Atirei o pau no gato, que virou, na vers茫o politicamente correta:

N茫o atire o pau no gato-t么-t么
Por que isso-s么
N茫o se faz-faz-faz
O gati-nh么-nh么
脡 nosso ami-g么-g么
N茫o se deve
Maltratar os animais
Miau!.

Eu - que perten莽o a uma gera莽茫o que cresceu cantando a vers茫o original de Atirei o pau no gato e nem por isso se transformou em um bando de monstros que maltratam os animais - n茫o estou inteiramente convencida da utilidade desse palavr贸rio politicamente correto.

Europa saud谩vel

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Maria Luisa Cavalcanti | 15:06, quarta-feira, 26 setembro 2007

Coment谩rios (4)

Recentemente, atrav茅s de uma colega inglesa/francesa, descobri o Cart茫o Europeu de Sa煤de (European Health Insurance Card, ou EHIC).
A id茅ia 茅 simples: se voc锚 est谩 visitando algum pa铆s da Uni茫o Europ茅ia e precisa de um atendimento m茅dico, procura a rede p煤blica local, apresenta o cart茫o, paga e depois 茅 parcialmente ou totalmente reembolsado pelo servi莽o p煤blico do pa铆s onde mora.
O cart茫o, no entanto, s贸 vale se voc锚 茅 residente permanente ou tem o passaporte de alguma na莽茫o europ茅ia. Aqui na Gr茫-Bretanha, pedir o cart茫o foi muito f谩cil: entrei no e quatro dias depois recebi em casa.
Eles advertem, no entanto, que o cart茫o n茫o substitui o seguro de sa煤de privado, pois n茫o cobre alguns custos. Ele tamb茅m n茫o vale se voc锚 viaja com a inten莽茫o de receber tratamento m茅dico no exterior.

Vi煤vas do cricket

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Fernanda Nidecker | 16:32, sexta-feira, 21 setembro 2007

Coment谩rios (6)

Como tudo na vida tem dois lados, n茫o posso negar que, de certa forma, fui beneficiada pelo ver茫o chuvoso de Londres, principalmente aos domingos. 脡 que na Inglaterra, domingo 茅 dia de jogar cricket, esporte criado pelos ingleses e que, fora daqui, 茅 difundido nas ex-col么nias brit芒nicas.

Namoradas e esposas deixam de ser prioridade nesses dias, a menos que sejam formalmente convidadas para participar do 鈥淟adies day鈥. Mas como nada 茅 de gra莽a, fica por conta das 鈥渓adies鈥, a confec莽茫o do famoso 鈥渁fternoon tea鈥, com ch谩 preto e sandu铆ches para alimentar os jogadores no intervalo do jogo.

Os expectadores se servem depois. J谩 se criou at茅 uma categoria para as mulheres dos jogadores, na qual me incluo: 鈥渃ricket widow鈥, o equivalente a 鈥渧i煤vas do cricket鈥 em portugu锚s, para designar aquelas que n茫o t锚m o prazer da companhia de seus maridos ou namorados durante os domingos ensolarados de ver茫o.

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No meu caso ainda 茅 pior porque, al茅m de jogador, meu marido ainda 茅 o capit茫o! Isto requer telefonemas durante a semana (que se acentuam no s谩bado 脿 noite) para montar o time, e a anota莽茫o, num livro de capa dura, de todas as informa莽玫es da partida ap贸s o seu t茅rmino.

Os ingleses, em geral, s茫o apaixonados por cricket. Basta come莽ar a temporada, l谩 pra meados de abril, eles se re煤nem nos pubs ou em casa e passam cerca de cinco horas e meia (em m茅dia, 茅 esta a dura莽茫o da partida) regadas a cerveja em frente 脿 televis茫o.

Al茅m de atrair milhares de expectadores, o esporte tamb茅m motivou a forma莽茫o de v谩rias equipes amadoras, que dedicam o domingo ou o s谩bado (inteiros) a sua pr谩tica.

O cricket 茅 jogado ao ar livre e requer que o campo esteja seco para que a bolinha d锚 uma 鈥渜uicada鈥 perfeita ao ser lan莽ada pelo 鈥渂owler鈥 (o arremessador). Portanto, domingo de chuva n茫o tem cricket.

Se est谩 chovendo eles ficam em casa, e eis o grande paradoxo, j谩 que o mau tempo n茫o permite o melhor programa do ver茫o ingl锚s: piquenique no parque e passeios 脿 beira do T芒misa. Ent茫o o jeito 茅 ficar em casa e rezar para ele conceder umas horinhas da TV antes ou depois da transmiss茫o do cricket come莽ar.

Com o fim do ver茫o, a temporada do cricket se encerra neste domingo, dando in铆cio 脿 do rugby e do futebol. A disputa pela TV continua.

Basso & Brooke na LFW

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Ilana Rehavia | 16:56, quarta-feira, 19 setembro 2007

Coment谩rios (0)

A dupla de designers Basso & Brooke (do brasileiro Bruno Basso e do ingl锚s Christopher Brooke) mais uma vez inundou a Semana de Moda de Londres com uma infinidade de cores fortes. E mais uma vez funcionou.

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O desfile foi concorrid铆ssimo e atraiu nomes importantes da ind煤stria da moda, como a italiana Anna Piaggi e Natalie Massenet, criadora do site Net-a-Porter.com.

Como 茅 de praxe nas semanas de moda mundo afora, o povo se aglomerou na porta, tremendo de frio no que pareceu ser o in铆cio do outono por aqui, enquanto os portadores do invejado convite "Primeira e Segunda Fila" iam entrando na frente da casa que serviu de loca莽茫o.

Mas o clima esquentou j谩 com a primeira modelo. Da铆 para frente, a dupla lan莽ou na passarela uma sucess茫o de estampas geom茅tricas em vestidos, boleros e jaquetas. A vis茫o de Basso & Brooke para a primavera/ver茫o 2008 pareceu convencer a plat茅ia e certamente agradou a rep贸rter que vos fala!

Para ver mais fotos da Semana de Moda de Londres, cheque o site do jornal .

Uma quest茫o de culpa

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Monica Vasconcelos | 15:25, ter莽a-feira, 11 setembro 2007

Coment谩rios (9)

Um dia desses fui a um churrasco na casa de um casal amigo. Ele, ingl锚s. Ela, brasileira. E ca铆mos naquele debate que n茫o 茅 novo, mas n茫o cansa de me inflamar: at茅 que ponto 茅 justo que os brit芒nicos mudem seus costumes e tradi莽玫es para acomodar os dos imigrantes de outros pa铆ses?

A quest茫o j谩 foi motivo de muito bate-boca na imprensa daqui.

Por exemplo, houve o caso da estudante mu莽ulmana que queria usar o v茅u na escola. A escola tinha consultado entidades isl芒micas moderadas e criado um uniforme opcional para as meninas. A estudante, no entanto, n茫o estava satisfeita e queria usar uma roupa que cobria um pouco mais seu corpo. O caso foi parar no tribunal e a escola perdeu.

A hist贸ria da professora que queria dar aulas vestindo um v茅u que deixava apenas seus olhos 脿 mostra tamb茅m gerou pol锚mica. Nesse caso, a justi莽a deu ganho de causa para a escola, que argumentou que era essencial que as crian莽as - em fase de alfabetiza莽茫o - vissem os l谩bios da professora para poderem aprender direito.

Outro caso que que ganhou espa莽o na imprensa daqui, embora tenha ocorrido na Fran莽a, envolveu uma piscina p煤blica. As autoridades estavam discutindo se deveriam estabelecer hor谩rios de freq眉锚ncia diferentes para homens e mulheres de forma a que as mu莽ulmanas pudessem freq眉entar a piscina.

At茅 agora s贸 me ocorreram exemplos envolvendo a popula莽茫o mu莽ulmana, talvez porque atraiam mais a aten莽茫o da m铆dia. Mas h谩 outras quest玫es que nada t锚m a ver com religi茫o.

O problema do idioma tamb茅m provoca muito debate. H谩 comunidades inteiras de imigrantes que n茫o falam ingl锚s. As autoridades gastam milhares de libras para pagar tradutores nos tribunais, hospitais ou em qualquer outro servi莽o p煤blico para garantir que todos tenham acesso em p茅 de igualdade.

O foco, no momento, s茫o os imigrantes poloneses. Desde a entrada da Pol么nia na Uni茫o Europ茅ia, centenas de milhares de poloneses imigraram para a Gr茫-Bretanha, muitos deles incapazes de se comunicar.

Eu fico achando que est谩 todo mundo louco. Onde foi parar aquele velho e t茫o sensato ditado, "Estando em Roma, fa莽a como os romanos"?

Quando saio do Brasil, sempre deixo - e n茫o sem sofrimento - uma outra M么nica para tr谩s. Em Londres, tento respeitar os costumes do lugar.

Meu amigo ingl锚s tentou argumentar. "Uma coisa s茫o os costumes. Mas religi茫o 茅 outra hist贸ria", ele disse. Explicou que, como brit芒nico, ele acredita que as pessoas devem ter a liberdade de praticar sua religi茫o.

A铆 me lembrei de uma conversa anterior, tamb茅m sobre esse assunto, que tive com um outro ingl锚s. Ele tinha ouvido meus argumentos e respondido que concordava com tudo. Mas ainda assim, os brit芒nicos n茫o poderiam jamais agir de outra forma. 鈥淓 por que n茫o?鈥 - eu tinha perguntado. 鈥淚t's a guilt thing鈥, foi a resposta. Uma quest茫o de culpa.

A fria do inferninho

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Rodrigo Dur茫o Coelho | 18:57, sexta-feira, 7 setembro 2007

Coment谩rios (11)

Meu amigo Pedro trabalhava em frente a um inferninho - uma casa de strip-tease - do centro de Londres. Em um est煤dio de design gr谩fico descolado (fez at茅 capa de disco do David Bowie), chique, mas no Soho, essa parte da cidade onde a vida pulula e o luxo e o lixo andam de m茫os dadas, com um ar ligeiramente esnobe.
Pedro me disse, certa vez, que quando ele ou outro designer iam 脿 janela fumar um cigarro, frequentemente viam homens ca铆rem em golpes nos tais inferninhos.

A coisa funcionava assim: na cal莽ada, uma bonitinha semi-nua atra铆a as v铆timas com um sorriso e perguntando se eles 鈥渜ueriam ver garotas nuas鈥. Um cartaz na entrada anunciava que a admiss茫o custaria m贸dicas cinco libras. 鈥楾udo bem鈥, pensaria o incauto. L谩 dentro, entrava em um cub铆culo onde se deparava com um longo e exorbitante card谩pio, com drinks custando pre莽os ridiculamente caros, por茅m cr铆veis (tipo 10 ou 15 libras). Como beber 茅 obrigat贸rio, o cidad茫o pede logo qualquer coisa a contra gosto e, quando menos espera, uma cortina se abre e, atrav茅s do vidro, ele v锚 a garota dan莽ando nua para ele.

Quando termina (muito mais r谩pido do que deveria, dizem), o cliente recebe na mesa a conta, que geralmente ultrapassa as 500 libras. Indignado com o erro, ele aponta o mal-entendido para a ger锚ncia, que por sua vez, lhe mostra o card谩pio.

Na 煤ltima linha, est谩 escrito: dan莽a sensual 拢 493, com a ressalva de que 鈥榓 dan莽a come莽ar谩 automaticamente a menos que o cliente se manifeste鈥.

Pedro disse que cansou de ver homens de meia-idade sa铆rem com cara de choramingo, acompanhados por seguran莽as enormes at茅 caixas eletr么nicos para sacar dinheiro.

Quem parece ter cansado tamb茅m foi a sub-prefeitura da regi茫o, o Council de Westminster, que a partir desse m锚s passou a por em pr谩tica um sistema novo: usando tecnologia Blue Tooth, v茫o ser emitidas mensagens de celulares para pessoas em um raio de 30 metros das casas (dando nome aos bois, Twilights, Illusions e Le Soho Cabaret).

Na mensagem vai estar escrito: 鈥淐uidado! 5 libras para entrar, 500 para sair. Criminosos operam nesse lugar. Certifique-se que voc锚 sabe o que vai receber pelo seu dinheiro鈥.

A pol铆cia diz que n茫o 茅 f谩cil fechar as casas por falta de evid锚ncia. Em todos esses anos, apenas 41 pessoas prestaram queixa. Culpa do jeito ingl锚s de ser, que prefere sofrer calado, estoicamente, do que botar a boca no mundo.

Amy Winehouse, uma diva perdida?

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M谩rcia Freitas | 15:05, quinta-feira, 6 setembro 2007

Coment谩rios (13)

No fim das contas, depois de muita especula莽茫o, apareceu na cerim么nia do pr锚mio Mercury de m煤sica na ter莽a-feira. N茫o levou o pr锚mio, como devem saber, mas se quiserem ler mais vejam nessa reportagem da 大象传媒 Brasil. O tema desse blog 茅, na verdade, o quanto a cantora Amy Winehouse e sua vida supostamente perturbada t锚m dominado os jornais daqui.

Quero dizer logo de in铆cio que sou f茫 de Amy Winehouse. Mas o fato de que ela 茅 uma das grandes revela莽玫es da m煤sica brit芒nica nos 煤ltimos tempos 茅 quase indiscut铆vel. O problema 茅 outro. No come莽o do m锚s, Amy foi levada ao hospital por causa de 'exaust茫o profunda', quase um trocadilho por aqui para abuso de drogas. Amy teria, segundo os tabl贸ides - como s茫o chamados os jornais populares daqui - tido uma overdose de crack e hero铆na. Tudo tomou uma propor莽茫o incr铆vel quando o padrasto de Blake Fielder-Civil, o marido de Amy, e a m茫e dele falaram 脿 大象传媒 e defenderam que os f茫s boicotassem o trabalho da cantora at茅 o casal tomar um rumo. Depois, o pai da 'diva' tamb茅m veio a p煤blico chamando a id茅ia de absurda, e os jornais do fim de semana se encheram de artigos sobre o destino de Amy e seu marido. O Financial Times resumiu o tom na sua chamada de capa : 'Amy Winehouse - Can anyone save this fallen diva?', algo como 'Algu茅m pode salvar essa diva perdida?'. Houve tamb茅m reportagens sobre outros artistas famosos que tiveram uma vida curta por causa do abuso de drogas e outros artigos do tipo.

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脡 dif铆cil dizer o qu茫o perturbada est谩 a vida de Amy Winehouse j谩 que os tabl贸ides brit芒nicos parecem apelar para o mundo da fic莽茫o de vez em quando, mas o fato de que os pr贸prios pais de Fielder-Civil se dizem muito preocupados pode ser um sinal de que o problema 茅 mesmo verdadeiro. Mas a quest茫o 茅: por que nos importamos tanto? Eu, como f茫, espero que Amy Winehouse viva muitos anos e grave muitos discos, com drogas, sem drogas, com certeza n茫o cabe a mim dizer. Mas de onde veio essa parafern谩lia toda?

Um jornalista do Guardian, , disse que toda sociedade precisa de um totem, algu茅m que v谩 a extremos que n贸s n茫o temos coragem de seguir. J谩 na reportagem do Financial Times citada acima, diz que a cantora 茅 como uma participante do Big Brother - que n茫o tem vergonha da contempla莽茫o faminta do p煤blico - mas com talento. Acho que essa teoria faz at茅 sentido, n茫o sei direito. Mas sei que n茫o deixarei de comprar os CDs de Amy Winehouse.

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