Racionamento de carne, vegetarianos e o meio ambiente
Um dos mais abrangentes relatórios sobre o efeito dos alimentos na mudança climática acaba de ser publicado aqui na Grã-Bretanha e o veredicto é o seguinte: as pessoas devem ser proibidas de comer mais do que quatro pequenas porções de carne (um total de 500g) e o equivalente a um litro de leite em laticÃnios por semana.
Minha reação quando li a notÃcia no jornal 'The Guardian' foi de choque. Tudo bem pedir moderação na dieta, pelo bem da natureza, ou explicar didaticamente como o arroto das vacas, cheio de metano, é danoso para o meio ambiente. Mas racionamento passa um pouco dos limites, para o meu gosto.
Além do corte de carne (e não é só carne vermelha, vejam bem) e de laticÃnios, o estudo da "Food Climate Research Network", da Universidade de Surrey, também sugeriu que deve haver uma redução no consumo de comidas "de baixo valor nutricional", como bebidas alcoólicas, doces e chocolates.
Tudo que é bom aparentemente aumenta a emissão de gases do efeito estufa. O lado bom da história é que eles desistiram de tentar convencer todo mundo a virar vegetariano. Nada contra quem opta por se abster dos prazeres da carne (no sentido literal), mas livre arbÃtrio é bom e eu gosto.
Estou mais para a sugestão do chefe do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, Rajendra Pachauri: podÃamos todos ter pelo menos um dia por semana sem carne nenhuma. Isso eu acho que agüento...