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Arquivo para dezembro 2008

A 'xepa' do inverno

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Maria Luisa Cavalcanti | 18:20, sexta-feira, 26 dezembro 2008

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Se tem uma coisa boa de passar o Natal em Londres é que no dia 26 de dezembro as lojas começam a fazer a liqüidação de inverno - a maior do ano.

Há sete anos aqui, praticamente não perdi nenhuma. E posso dizer que ganhei algumas "manhas" para atravessar a temporada sem grandes dramas:

sale203.jpg
- A primeira regra é não criar grandes expectativas. Itens de marcas caras vão sempre ser caros, ainda mais porque o desconto dado em geral não passa dos 30%. Muitas lojas mais populares também não colocam na liqüidação roupas que atravessam as estações, como jeans, camisas, acessórios etc..

- A segunda regra é sair de casa cedo, com sapatos confortáveis e sem hora marcada para voltar. Para aproveitar bem a liqüidação, é preciso fuçar e ter paciência para enfrentar filas, ruas lotadas, chuva e outros perrengues.

- Eu costumo dar uma xeretada nas lojas lá por fins de novembro, para já ir vendo o que me interessa e se realmente vale a pena esperar para comprar na liqüidação. Muitas vezes, se aquele item já está se esgotando em novembro, não vai sobrar para dezembro.

- Na dúvida entre comprar ou não comprar, compre. A maioria das lojas aceita devolução ou troca até 28 dias depois, desde que você guarde o recibo. Melhor levar para casa e resolver lá do que correr o risco de não encontrar mais o que você queria.

- Guardar o recibo, aliás, é sempre uma boa. No meio de janeiro, algumas lojas baixam ainda mais os preços e várias aceitam reembolsar o valor que você pagou a mais por ter comprado alguns dias antes.

- Esta também é uma ótima época para investir em artigos que não baixam muito de preço no resto do ano, como móveis, lençóis, toalhas, itens de decoração, eletrônicos, livros, lingerie, artigos de perfumaria e cosméticos.

- Se puder, fuja da Oxford Street. As grandes redes estão por Londres inteira. E a cidade tem áreas comerciais muito mais agradáveis e menos lotadas, como o Covent Garden e a Kensington High Street. Como toda paulistana, adoro a conveniência de um shopping e fiquei satisfeita com o Brent Cross, no noroeste de Londres.

Boas compras!


Londres vazia, finalmente

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Maria Luisa Cavalcanti | 16:02, quarta-feira, 24 dezembro 2008

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Sou de São Paulo, mas nunca vi cidade mais muvucada do que Londres.

A primeira vez que peguei o metrô na hora do rush, fiquei assustada com a fila para conseguir sair da estação. E andar na rua? Dependendo do horário, há congestionamento de gente nas calçadas! Certa vez, em um sábado à tarde, na Oxford Street, a principal rua de comércio da cidade, cheguei a ficar imprensada entre a multidão e uma vitrine.

londoneye203.jpg

Londres praticamente nunca fica vazia. Aquele vazio de Carnaval paulistano, sabe? Uma das poucas ocasiões é na época do Natal. Hoje ao sair de casa, vi que sobrava lugar para estacionar. Às 11h não havia praticamente ninguém nas ruas, nem mesmo na "high street" do bairro. O ônibus fez rapidamente o trajeto que em dias normais pode demorar até uma hora.

Mas é no dia 25 de dezembro que tudo pára. Não há transporte, comércio, farmácia, museu, restaurante, cinema, nada. Na rua, só os turistas desavisados, coitados - obrigados a sair a pé no frio e visitar monumentos fechados para não amargar o dia inteiro enterrados no Bed & Breakfast.

É uma sensação muito estranha para quem, como eu, sempre aproveitou o feriadão natalino para tomar um sol, ir ao cinema ou almoçar fora. Ainda mais em São Paulo, onde praticamente tudo funciona.

Mas agora eu até acho bom esse "blackout" natalino de Londres. Se o tempo estiver bom, espero dar uma volta com a família no parque perto de casa. E depois, me encolher no sofá para assistir à montanha de filmes que os canais colocam no ar nesta época do ano - recarregar as baterias porque dia 26 começam as grandes liquidações. E lá vem a muvuca novamente!

Ano Novo mais caro

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Maria Luisa Cavalcanti | 16:02, segunda-feira, 22 dezembro 2008

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Como é de praxe, o Ano Novo começa com os transportes em Londres custando mais caro.

Também como é de praxe, a Transport for London (TfL) - que administra o metrô, os ônibus, os trens urbanos e trams - inventa maneiras de parecer que não houve aumento.

oyster203.jpg
Alguns anos atrás, eles aumentavam o preço do bilhete para quem comprasse na hora e mantinham a tarifa do ano anterior para quem usasse o Pay As You Go do Oystercard (semelhante ao Bilhete Único de São Paulo). A idéia era incentivar as pessoas a ter o cartão magnético.

Pois bem, agora que praticamente todo mundo tem o Oyster, eles vão manter as tarifas dos bilhetes comprados na hora e vão aumentar as de quem usar o cartão!

Por exemplo, uma viagem de ônibus, que custa 90 centavos pelo Oyster (aproximadamente R$ 3,10), vai passar para 1 libra (cerca de R$ 3,50). No metrô, um trecho entre duas estações da Zona 1, que cobre o centro da cidade, vai passar a 1,60 libra (cerca de R$ 5,65), em vez de 1,50 libra (aproximadamente R$ 5,30).

Quem compra o passe semanal ou mensal também vai sentir a diferença no bolso - o aumento também beira os 10%, em média.

Os bilhetes comprados na hora da viagem terão preço mantido - 2 libras para o ônibus (pouco mais de R$ 7) e 4 libras para o metrô (cerca de R$ 14,10).

Como é de praxe, os londrinos reclamam. Às vezes, a TfL atende. Em tempos de crise, resta ver que lado é que vai abrir mão primeiro..

Rainha na TV, vinho quente e mince pies

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Iracema Sodre | 19:10, quarta-feira, 17 dezembro 2008

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Natal em Londres é feito de:

- Um friozinho com cheiro de vinho quente, castanhas assadas e tangerinas.
castanha.jpg
- A tradicionalíssima mensagem da rainha transmitida pela televisão. Há quem se programe para assistir, há quem decida boicotar abertamente e há quem mude para o Channel 4 para assistir à "mensagem de natal alternativa" de alguma celebridade polêmica, produzida pelo canal desde 1993.

- Apostas para saber quem vai estar no topo das paradas musicais no natal. Este ano, a disputa está sem graça. Todo mundo acha que a vencedora do show de talentos X Factor, Alexandra Burke, vai conquistar a importantíssima posição com a sua versão de "Halleluia". Mas tem gente que nem cantor é e que também está na disputa, entre eles DJs e comediantes.

- Canções de natal. Já que estamos falando de música, posso expressar meu espírito pouco natalino e disser que estou enjoando das versões horrendas das músicas de natal que sou obrigada a ouvir toda vez que entro numa farmácia, supermercado ou mesmo no restaurante da ´óÏó´«Ã½.

- Mince Pies. O nome sugere que se trata de tortas de "mince" ou carne moída, mas na verdade elas são apenas pequenas tortas, do tamanho de empadinhas, recheadas com maçãs, passas e temperos. Bem gostosas. O nome vem da versão medieval da receita. Essas sim tinham pedaços de fígado e outras carnes, misturados com ovos cozidos e gengibre e, às vezes, frutas secas. mincepie.jpg

- Christmas Pudding. Para ficar na gastronomia com séculos de tradição. Quem faz direito começa a preparar quase um mês antes do natal. Na hora do almoço do dia 25, o bolo cheio de frutas e nozes é flambado e trazido para mesa ainda em chamas, muitas vezes sob uma salva de palmas. As receitas de família são secretas e passadas de geração em geração.

- Avalanche de cartões de natal. Minha filha de dois anos já recebeu dezenas e, obviamente, ela não sabe nem ler. Mas vá lá. É simpático saber que os ingleses dedicam seu tempo, artigo raro no fim do ano, a escrever mensagens de boas festas para todo mundo que conhecem.

- Os calendários do advento. São caixinhas com os dias do Advento (o período imediatamente anterior ao nascimento de Jesus, segundo a tradição cristã) que se tornaram a alegria da criançada por aqui. Cada um dos dias que precedem o natal tem uma janelinha e, lá dentro, um chocolate ou um brinquedinho. 24 lembrancinhas! Nada mal...

Boas festas para todos!

Neste Natal, os pacotes chegaram mais cedo

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Neli Pereira | 15:18, segunda-feira, 1 dezembro 2008

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compras203.jpg Embrulhos, sacolas e pacotes de todas as formas, cores e tamanhos são tão relacionados às comemorações de Natal quanto a árvore, o bom velhinho e o peru.

Neste ano, no entanto, os pacotes chegaram antes. E de todas as formas, em vários países e de quantias diversas. Nos Estados Unidos, o pacote foi de US$ 700 bilhões, aqui na Grã-Bretanha o governo decidiu alocar US$ 500 bi e na União Européia a proposta é injetar US$258 bilhões em um pacote para a zona do euro.

Uma boa quantia desse dinheiro todo será investida com um objetivo bem claro: o de estimular o consumo para aquecer a economia, que anda mal das pernas.

Na contramão dessa campanha toda por consumo, a Grã-Bretanha celebrou no último sábado, dia 29, o Buy Nothing Day (Dia sem Compras, em tradução livre).

A idéia é bem simples: passar um dia todo sem comprar nada e bem na época da euforia das compras de Natal. O primeiro Buy Nothing Day foi organizado em Vancouver em 1992 pelo artista canadense Ted Dave e mais tarde continuou sendo promovido pela Adbusters - uma ONG que faz campanhas anti-consumistas.

Na divulgação para a imprensa na época, a organização classificava o BND como "um dia para a sociedade examinar a questão do consumo exagerado".

Eu faço aqui a minha mea culpa. Não saí pelas ruas enlouquecida, consumista inveterada, fazendo compras. Mas confesso que dei um pulo ao supermercado pra garantir o final de semana.

Furei o Buy Nothing Day. Mas também não esperei as portas das lojas aqui de Londres abrirem às sete da manhã para fazer minhas compras de Natal. E prometo não cair na onda das promoções de final de ano quando a gente sempre acaba comprando o que não precisa.

Mas ainda não sei como serão minhas compras nesse Natal. Alguém aí, como eu, anda pensando em gastar menos?

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