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Arquivo para junho 2009

Notting Hill, muito além do sábado

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Maria Luisa Cavalcanti | 12:45, terça-feira, 16 junho 2009

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No último fim-de-semana, satisfiz uma das minhas maiores curiosidades desde que vim morar em Londres, há sete anos: conheci o jardim que serviu de cenário para o romance de Julia Roberts e Hugh Grant no filme Um Lugar Chamado Notting Hill.

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Graças ao , uma iniciativa que uma vez por ano abre aos simples mortais vários desses jardins particulares e secretos de Londres, pude ver de verdade o portão que Anna Scott e William Thacker pulam em seu primeiro encontro, o cantinho em que se beijam, o banco em que namoram pacificamente à espera do primeiro bebê.

Procurei o local por anos e anos, e cheguei até a acreditar em um boato internético de que ele não exisitiria, e que cada cena teria sido feita em um jardim diferente da cidade. Mas uma representante do Open Garden me garantiu: foi tudo filmado no Lansdowne and Elgin Crescent Gardens.

Notting Hill, o filme, e Notting Hill, o bairro, têm o poder de me fazer sonhar com uma vida perfeita, onde minha casa seria enorme e linda, onde eu teria grana para frequentar sem culpa os restaurantezinhos, as livrarias e as lojas fofas da região, onde haveria flores e romance a cada esquina e onde Londres seria eternamente ensolarada.

nottinghill226.jpg

Mas mesmo com os pés no chão e apenas alguns trocados na carteira, há muito o que se ver e curtir por ali.

O grande atrativo do bairro ainda é o mercado de Portobello Road, que acontece todos os sábados. Confesso que cansei um pouco deste programa, talvez pelo excesso de visitantes e também por ele parecer ter virado um grande "camelódromo".

Mas Notting Hill vai muito além do sábado: a feira de produtos orgânicos às quintas, os agitos às sextas, as matinês no Electric Cinema aos domingos - o melhor dia também para quem quer explorar as lojas com calma e silêncio.

E se você não quer esperar até 12 e 13 de junho do ano que vem para o novo Open Garden, pode olhar os jardins do alto dos ônibus 7, 23 e 52.

Ou fazer como Anna e Will e entrar sem ser convidado. Às vezes algum morador acaba esquecendo o portão aberto - o que já aconteceu comigo, by the way.

Caça aos esquilos

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Fernanda Nidecker | 12:04, sexta-feira, 12 junho 2009

Comentários (21)

Uma das minhas surpresas quando vim morar em Londres foi descobrir que os ingleses detestam esquilos.

Para tentar explicar melhor, diria que o mesmo sentimento de nojo e raiva que os brasileiros têm por ratos e baratas, os ingleses expressam pelos pequenos roedores.

Lembro que a primeira vez que vi um esquilo cinza achei lindo e fui logo querendo passar a mão.

esquilo300.jpg
Para meu espanto, meu marido inglês me repreendeu e começou a "dar uma aula" sobre como os esquilos cinzas tinham sido importados no século 19 da América do Norte e exterminado os nativos de cor vermelha.

E que, além disso, eles se reproduzem como uma praga, vivem fuçando o lixo e espalham doenças que podem matar as árvores.

Eu nunca levei o papo do meu marido muito a sério até perceber que o discurso dele refletia um fenômeno na sociedade britânica.

Prova disso foi o envolvimento do príncipe Charles no assunto, ao virar patrono da recém-criada Red Squirrel Survival Trust (Fundação pela Sobrevivência dos Esquilos Vermelhos), que defende o extermínio de toda a população de esquilos cinzas.

E parece que o príncipe está praticando o que prega. Segundo alguns jornais daqui da Grã-Bretanha, qualquer esquilo que dê bobeira na sua casa de campo acaba morrendo.

A notícia provocou a indignação de grupos de defesas dos animais e levou os assessores de Charles a emitirem um comunicado dizendo que os roedores morrem "humanamente". O documento não revela que métodos são aplicados para dar fim à vida dos bichinhos, limitando-se a dizer que "não é por envenenamento".

Eu ainda continuo achando os esquilos uma graça. Não me incomoda em nada chegar ao meu prédio e ver vários deles subindo e descendo das árvores atrás de nozes e frutinhas. Lá perto de casa tem tanto esquilo, que a rua embaixo da minha, que também dá nome a um ponto de ônibus, se chama "The Squirrels" (Os Esquilos).

Nunca fizeram mal a ninguém. Às vezes eles até vêm pegar comida na mão. Se depender de mim (e de vários outros brasileiros que pensam como eu), os esquilos vão continuar por aí, soltos pelos parques e ruas, correndo de um lado para o outro.

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