Ficou mais difÃcil ser imparcial?
A pulverização das fontes de informação, proporcionada pelas novas tecnologias, faz com que, cada vez mais, os acontecimentos sejam divulgados com doses de interpretação, pontos de vista, opinião, participação etc. Em canais de notÃcias 24 horas, programas de rádio, jornais ou blogs, a informação vem hoje regularmente carregada de cores diferenciadas, muitas vezes berrantes. Será que está mais difÃcil ser verdadeiramente imparcial?
Hoje inúmeros jornais e canais de TV continuam se dizendo imparciais, mesmo quando claramente não são, indicando que, ao menos como instrumento publicitário, o conceito continua com forte valor de mercado. Aqui na ´óÏó´«Ã½ imparcialidade é um objetivo diário. Não que a ´óÏó´«Ã½ reúna os melhores jornalistas do mundo ou possua valores inexistentes em outros veÃculos, mas simplesmente se trata de uma obrigação. Sendo um serviço público, financiado pelo contribuinte, a ´óÏó´«Ã½ não pode ter opinião e precisa, em toda e qualquer cobertura jornalÃstica, apresentar os fatos de maneira correta e equilibrada, dando espaço para os mais diferentes pontos de vista.
Há pouco mais de uma semana, o ´óÏó´«Ã½ Trust, órgão regulador das atividades da ´óÏó´«Ã½, divulgou um relatório sobre a aplicação do conceito de imparcialidade na empresa. A avaliação foi em geral bastante positiva, mas a conclusão é de que ainda há muito a fazer. Não necessariamente no jornalismo, mas especialmente em programas especiais cobertos pela ´óÏó´«Ã½ e que, mesmo com as melhores das intenções, representam pontos de vista especÃficos. Como exemplo, o relatório citou a campanha "Make Poverty History" (Faça da Pobreza História), cujo show Live 8, em 2005 em Londres, foi transmitido pela ´óÏó´«Ã½. Sem exatamente criticar a cobertura da ´óÏó´«Ã½ na época, o Trust alerta que, mesmo em campanhas vistas como justas ou que sejam apoiadas por todos os lados do campo polÃtico, a ´óÏó´«Ã½ precisa manter um claro distanciamento, questionando seus preceitos, intenções, financiamento e estratégias.
No jornalismo, essa preocupação é vista mais facilmente em coberturas claramente polêmicas, como em conflitos no Oriente Médio, em que os lados israelense e palestino, por exemplo, precisam estar sempre contemplados. Mas ela atinge também uma das mais importantes e novas coberturas atuais, a do aquecimento global. Mesmo com uma esmagadora maioria da comunidade cientÃfica em acordo sobre as prováveis causas do fenômeno (a atividade humana, ou seja, as emissões de gás carbônico), a ´óÏó´«Ã½ precisa continuar registrando outras opiniões e as mais diferentes sugestões sobre como lidar com o problema. Essa foi uma das maiores preocupações do comando editorial da ´óÏó´«Ã½ durante as coberturas dos relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), afinal ONU, Greenpeace, WWF, cientistas, EUA, China, Brasil, entre tantos outros atores, têm todos seus próprios argumentos e propostas sobre o assunto.
O desafio da ´óÏó´«Ã½, assim como de qualquer outro veÃculo de comunicação que trate o tema com verdadeira imparcialidade, é trazer ao leitor/ouvinte/espectador todos os lados do debate, todos os argumentos, a favor, contra ou muito pelo contrário. Em um mundo cada vez mais opinativo e em que a informação circula de todas as formas, com governos, empresários, ONGs, partidos polÃticos e celebridades tentando usar a mÃdia em seu benefÃcio, a imparcialidade na cobertura jornalÃstica continua sendo um valor insubstituÃvel.
°ä´Ç³¾±ð²Ô³Ùá°ù¾±´Ç²õDeixe seu comentário
³§¾±³¾Ãµ±ð²õ,
Vc leu a entrevista que o Robert Fisk deu ao Sérgio Dávila na Folha de ontem? Não que eu discorde do que vc escreveu acima, mas veja lá o que ele fala sobre imparcialidade -e o papel do jornalista na sociedade.
abs
Xivas
A verdade é que muitos jornais e jornalistas tem que gerar lucro através de vendas e ibope, isso atrapalha a imparcialidade o que transforma o fato concreto em apenas uma estória de cunho mercenário.
www.kerufe.blig.ig.com.br
Caro Xivas, eu li a entrevista do Sérgio com Robert Fisk sim. E acho que o argumento dele é bastante válido. Eu não acho que ser imparcial implique tratar da mesma forma vÃtimas e autores de atrocidades. Nós podemos destacar o absurdo de uma situação apenas descrevendo os fatos e explicando o contexto. Não é preciso necessariamente tomar partido, colocar-se no lugar das vÃtimas. De qualquer forma, a importância da imparcialidade, na minha opinião, não invalida o jornalismo opinativo, como o feito pela Economist. Desde que a posição do veÃculo esteja clara para o leitor, trata-se de um tipo importante de jornalismo. Não é o que a ´óÏó´«Ã½ faz, mas é o que vários veÃculos de qualidade fazem. O problema é que muitos deles se dizem imparciais, quando deveriam simplesmente assumir que têm uma visão de mundo, numa relação honesta com o seu público. Abraço.
A imparcialidade existe? Já Existiu? Para mim a imparcialidade é o elo perdido do jornalismo. Muito se fala desde a faculdade de comunicação que todo jornalista deve ser imparcial e levar apenas o fato trazendo para o mais próximo da realidade. Porém todo jornalista, por menos que ele queira, ainda é um ser humano regado de opiniões e formado pelo meio no qual vive, e fica impossÃvel não fica isento em seus textos. A partir do momento que põe uma palavra ou deixa de colocar outra já foi embora a sua imparcialidade, pois ali está o que ele pensa ser mais adequado para aquele texto. isto é uma visão micro de parcialidade nos textos, sendo elevada em proporção maiores quando se trata de outros assuntos como polÃtica e econômica, muitas vezes nem sendo a opinião do repórter e sim da linha editorial da empresa na qual trabalha. O limbo da imparcialidade ainda não é real no fantástico mundo da imprensa.
Imparcialidade continua existindo,
sim Senhor! Só depende do jornalista que levanta os dados e produz o texto para publicação. Se ele tiver um pouco de equilÃbrio e ponderação, certamente deixará de cometer injustiças. O importante é ouvir sempre os dois lados da questão e reproduzir as opiniões de ambas as partes. Exercendo seu papel - com equilÃbrio - o jornalista estará cumprindo sua missão de informante. Cada lado tem a sua versão. A opinião do jornalista deve ser de total
imparcialidade. O julgamento fica por conta dos leitores.
Altino Correia - Jornalista Mtb 8.067
Caro ³§¾±³¾Ãµ±ð²õ, muito interessante seu artigo, pois ele condiz não só ao jornalismo, mas à condição humana. Referente ao comentário de Gildcley acima, poderia refazer a pergunta de diferente maneira, ou de maneira mais abrangente: existe imparcialidade no mundo?
Acredito que a resposta para essa pergunta seja bastante óbvia, visto que a história nos providencia evidência suficiente para supormos que não – citamos aqui o mais eminente exemplo, a milenar separação ocidente/oriente.
No que diz respeito ao jornalismo, outra pergunta surgiria: a mÃdia em geral não seria simplesmente o reflexo das sociedades onde ela se encontra? É claro que não tenho provas quantitativas ou qualitativas, mas minha resposta, neste caso simplesmente especulativa, diria que sim.
Sendo assim, no contexto dado, podemos dizer que os meios de comunicação sofrem uma certa, ou total, influência das organizações sociais em que estes se encontram. Afirmo isso porque moro há quase oito anos na Inglaterra e tenho observado (tento fazer isso de um ponto de vista crÃtico) como as principais instituições de poder se organizam por aqui – o parlamento, a Downing Street, os comitês parlamentares, a City, a mÃdia, etc. Isso me deu certa visão introspectiva de como essas instituições são complexamente emaranhadas. Para exemplificar vale citar o Inquérito Hutton – o caso David Kelly – e o seu obscuro desfecho.
Portanto, quando você diz que o jornalismo deve ter uma posição ‘correta e equilibrada’, pondero até que ponto jornalismo possui esse viés. Até que ponto o jornalista tem liberdade de apresentar os fatos como eles realmente são? Acredito ser tarefa difÃcil, visto que quando lidamos com linguagem, estamos lidando com um fator social que cada vez mais se adapta a nossos valores e vontades. Por exemplo, a afirmação de que ‘a ´óÏó´«Ã½ reúne os melhores jornalistas do mundo ou porque possui valores inexistentes em outros veÃculos’ – que não duvido que possa ser uma fato – por ela mesma defende um ponto de vista: de que a ´óÏó´«Ã½ funciona sob a égide do mundo livre e democrático e, além do mais, sobe a do mundo competitivo ocidental.
Não duvido que alguns na ´óÏó´«Ã½ se esforcem para trazer ao público os fatos com eles são, mas é importante saber que parcialidade parece ser fator intrÃnseco do ser humano, afinal de contas, nós, desde criança, somos postos sob situações onde temos que escolher entre um ou o outro, se assim não fosse poderÃmos ser taxados de inseguros ou até mesmo rejeitados pela sociedade.
Para encerrar posso dizer que prezo a ´óÏó´«Ã½, afirmo isso pois sou um leitor, ouvinte e telespectador diário. Contudo, o mais importante é estar atento aos fatores que citei acima. Neste contexto posso citar Harold Pinter, com sua declaração no discurso de recebimento do Prêmio Nobel, ‘como um cidadão eu devo perguntar: o que é verdadeiro? O que é falso?' (tradução livre) Acho que essa frase sumariza o que não só os jornalistas devem se perguntar, mas também o público.
Caro Schwarz, só para esclarecer: eu não disse que a ´óÏó´«Ã½ possui os melhores jornalistas do mundo ou valores inexistentes em outras empresas, eu quis dizer exatamente que este NÃO é o caso. Há profissionais admiráveis, extremamente competentes, em muitas outras empresas de comunicação, fazendo um trabalho fundamental em nome do bom jornalismo. Abraço.
Muito obrigado Simões. Foi mesmo falta de atenção da minha parte, mas ainda acho que a ambiguidade da asserção é válida, ou seja, que o conceito da imparcialidade é paradoxal. Contudo, isso não quer dizer que não possa existir parâmetros para o jornalismo sério. Felicidades.
A verdade é transitória, relativa e parcial.
So o fato dos snrs fazerem essa pergunta ja mostra que a imprensa escrita, falada e televisada toma partido e fala o que mais lhe convem. ( até a propria imprensa ja percebeu isso!!!)
dai, comentar o que? está clarissimo a parcialidade e o interesse nas noticias..
sds
Uma questão é a parcialidade inevitavel, pois estamos inseridos em contextos emocionais, educacionais e sociais dos quais não podemos , nem devemos, nos isolar. Outra coisa é a distorção intencional dos fatos, a fim de favorecer determinado lado da questão, seja em texto ou em imagem.
AÃ, o "parti pris" individual se transforma numa atitude formal do respectivo orgão de divulgação, ao qual, nesse momento, serão debitadas todas as suspeições de direcionamento explÃcito, a fim de influenciar o leitor ou teleouvinte, a tomar determinado partido.
Aà entra a diferença entre uma imparcialidade total impossivel e uma postura de equilÃbrio ,ao transmitir um fato, sem distorcê-lo
A imparcialidade é uma ilusão que povoa a mente de jornalistas pelo mundo todo. Mas ainda não sei como um veÃculo sério como a ´óÏó´«Ã½ continua teimando em acreditar nesse ideal inconsistente. Será que é por esse argumento ser um forte instrumento publicitário, como bem lembrou o próprio autor desse texto? Não creio em ingenuidade, principalmente nessa arena. Qualquer jornalista principiante sabe que o ato simples de contar uma história, seja qual for o gênero - conto, jornalismo ou piada - é por si um ato de escolha: escolha das palavras, que reflete o referencial de quem escreveu, escolha do ordenamento da apresentação das "opiniões" diversas, que reflete a subjetividade do autor, enfim... eu pensava que esse assunto já havia morrido no primeiro semestre do meu curso de jornalismo, estudando lÃngua portuguesa, há quinze anos.
Pertenço à corrente de pensamento que prega que, na verdade, objetividade ou imparcialidade não existe. O que há - e que o jornalista deve procurar alcançar incessantemente, diga-se de passagem - é a isenção, conseguida por meio da multiplicidade de fontes. A partir daÃ, nós, jornalistas, escolhemos então a melhor versão para a matéria prestes a nascer. Não há como redigir um texto jornalÃstico sem colocar nele algo de você e do contexto que o cerca. O fruto mais visÃvel da propagação da objetividade é a trágica fórmula da pirâmide invertida, que passa a noção - errônea, creio eu - de que é possÃvel simplesmente transpor a realidade para o papel. Acho que a interpretação dos fatos é benéfica, visto que interpretar não significa opinar.
Nada fácil de consiliar...
A polÃtica de imparcialidade da ´óÏó´«Ã½ deveria servir de exemplo a outros orgãos da imprensa mundial. É um exemplo tÃpico das dificuldades de estabelecer o balanço ideal da informação imparcial com os interesses da emprêsa. Seja ela uma emprêsa totalmente de capital privado, de capital mixto - ou seja privado e com financiamento de verbas públicas, - ou finalmente com financiamento do governo. Neste último caso, desnecessário estabelecer um parâmetro pois finalmente uma participação de 100% do governo significa submissão completa à ideologia do mesmo, seja ela da esquerda ou da direita.
Aqueles que esperneiam histericamente em defesa de órgãos de comunicação - imprensa, falada ou televisada - operando com 100% de indepedência estão chovendo no molhado. Eles esquecem que entre os poderes que regem as sociedades e os povos, sejam eles impostos nos regimes democráticos (eleições) ou totalitário (com a perda da liberdade), os órgãos de comunicação ocupam o quarto lugar.
Primeiro vem o executivo, depois o legislativo e finalmente o judiciário.
O poder da comunicação disputa com o poder econômico, um lugar proeminente e perigosamente usado com frequência para intimidar - separadamente ou em conluio – os poderes constitucionais. E muitas vezes esses dois poderes mutuamente se degladiam e passam a ser vÃtimas de suas próprias táticas de chantagem.
O importante é reconhecermos que as emprêsas de comunicação representam cada uma delas, milhões de Euros de investimentos criando milhares de postos de trabalho.. Exemplares vendidos de revistas ou jornais, audiência das rádios e das tvs são resultados da polÃtica editorial desses órgãos.
Fugir da realidade, omitindo, dissimulando as notÃcias e a verdade, refletem diretamente na rentabilidade dessas emprêsas. Embora algumas possam sobreviver com leitores inocentes ou radicais de agregamento polÃtico ou ideológico com a linha editorial, o difÃcial mesmo é de contentar gregos e troianos.
Como o disse no inÃcio deste comentário, a ´óÏó´«Ã½ serve de exemplo conciliando a necessidade dos meios de comunicação em sobreviver economicamente e a manutenção do sagrado e imutável direito da livre expresão do pensamento !
JOEL CONRADO VEIGA
Editor do Bilhete da Europa (www)
Provence - France
Boa tarde,
Eu não vejo imparcialidade na ´óÏó´«Ã½Brasil e em quase todos os meios de comunicação no Brasil e mundo, quando o assunto é Evolucionismo e Criacionismo. Não é dado praticamente nenhum espaço ao Criacionismo, somente ao Evolucionismo. Para dizer a verdade, provavelmente este meu comentário nem seja publicado.
´¡²ú°ù²¹Ã§´Ç,
³Ò±ô鳦¾±´Ç.
Não é que ficou difÃcil ser imparcial, o que ficou fácil é falar qualquer bobagem ou expor propaganda exagerada e mentirosa como no conflito que Israel sofre com os Palestinos. Se formos ver qualquer um poder inverter os fatos, mais perigoso ainda quando a popularidade da emissora em questão é muito alta.
ps: eu duvido que vcs da bbc postem isso
A not´[icia sofre um processo de erosão sem precedentes. Repórteres sequestrados, assassinados, premidos por dificuldades financeiras, pela perda do vÃnculo de trabalho, iso é mais algumas coisas fazem do repórter uma pessoa espremida entre a realidade a seu alcance e a realidade que, traduzida, poderá render mais. O sensacionalismo vende. Com isso, dados, ocorrência reais, posições de fotos, tomadas em filmes , tudo pode ser maniulado para se obter um resultado mais " ao gosto do cliente ". E a informação fica prejudicada. No Brasil, a promiscuidade entre a imprensa e os orgãos de govberno que pagam por inserções publicitárias, faz com que qualquer notÃcia, envolvendo go vernos, seja tomada com desconfiança. Mesmo o que é " ao vivo " é selecionado. Jean Luc Godard dizia que um dado filme, feito e exibido , era documentário. Se editado era apenas uma versão. Na imprensa ocorre que as versões se tornam a verdade a cada dia que passa e de forma mais contundente. E ficamos sem saber, de fato, o que é ou não verdade. E isso mata a informação e, sem ela, a construção da personalidade humana sofre incalculável prejuÃzo...
SE JULGAR SER IMPARCIAL É HIPOCRESIA.
TUDO QUE FALAMOS SOBRE QUAL QUER ASSUNTOS, COMO POR EXEMPLO VAMOS FALAR SOBRE O ACIDENTE DA TAM.
EU FALO TUDO QUE EU TENHO DE INFORMAÇÃO DA TV,E O QUE OUÇO DOS OUTROS, MAS SEMPRE FALAMOS AQUILO QUE ACREDITAMOS QUE SEJA VERDADE. E FAZEMOS NOSSA AVALIACAO EM CIMA DO QUE ACREDITAMOS MESMO QUE ESTEJAMOS ERRADOS.
Lembro-me que o vate LuÃs Borges, dizia: "Escrever é uma certa forma de imprudência." É verdade. Mesmo quando é um simples opinativo. Quantas vezes provoco a ira de muitos, após lavrar, como advogado, um sinóptico opinativo, mesmo que se esteja sabendo poder aceitar, ou não!?
A ´óÏó´«Ã½ está correta. Dizer a notÃcia pelos fatos e fotos, comentanto-a imparcialmente. Esse proceder é o que lhe banha de um caráter personalÃssimo e a faz permanecer Ãntegra.
Durante o regime militar, em seu pior momento (1967-1972), a ´óÏó´«Ã½ foi acusada por setores ligados ao Governo de criar uma imagem negativa do Brasil e da chamada "Revolução", pois era um veiculo mediático que, em determinadas ocasiões, criticava tal governo pelos seus excessos e também porque acolhia vozes dessidentes. Foi um momento grandioso para esta instituição jornalÃstica internacional, demonstrando toda sua imparcialidade e também seu apego aos valores democráticos da Civilização Ocidental, mesmo que isso contrariasse interesses econômicos Britânicos, hávidos para agradarem os militares afim de aumentarem suas exportações.
Imparcialidade é isso!
Não tenho certeza, mas parece que houve um momento que nossas autoridades reclamaram da "perseguição da ´óÏó´«Ã½" em nÃvel diplomático. O que posso recordar era que os comentários da ´óÏó´«Ã½ sobre o Regime Militar contrastavam muito com outros veÃculos de informação a nivel internacional, como Voz da America, DW, entre outros. Não que esses apoiassem os desmandos no Brasil, mas ficavam confortavelmente "em cima do muro" a respeito da Ditadura Militar, naturalmente defendendo interesses governamentais num momento delicado da "Guerra Fria"
A ´óÏó´«Ã½, neste aspecto, foi de uma imparcialidade exemplar, elogiando, inclusive, alguns aspectos positivos do Governo da época, mas sendo implacável com seus desmandos
É sempre bom recordar isso para que as novas gerações possam aquilatar o valor desse meio de comunicação para a democracia e a cidadania, a nivel internacional.
Parabens!